segunda-feira, 30 de julho de 2012

Reviralhos Sound System # 38




Zola Jesus - "Sea Talk" (2010)




The Kills - "The Last Goodbye" (2011)




Sóley - "Smashed Birds" (2011)




Lana Del Rey - "Video Games" (2011)




Alabama Shakes - "Hold On" (2012)

 

domingo, 29 de julho de 2012

sábado, 28 de julho de 2012

terça-feira, 10 de julho de 2012

Somos todos mineiros - concentração em apoio à luta dos mineiros espanhóis

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Em continuidade com as semanas de lutas e greves que têm empreendido desde dia 22 de Junho, os trabalhadores, familiares e amigos dos mineiros de diferentes minas do país iniciaram uma marcha a pé até Madrid, denominada Marcha Negra.

No dia 11 de Julho os mineiros chegarão a Madrid, onde lhes esperam diversas manifestações de apoio. Concentrados em frente ao Consulado de Espanha, queremos expressar-lhes o nosso apoio também. Em solidariedade com estes trabalhadores, pegaremos nas nossas lanternas, nos nossos capacetes de obras e nos nossos coletes. Perante a crise, a União Europeia tem um plano muito concreto que é resgatar bancos, poupar os especuladores e despedir, despedir muito e destruir tudo o que produz riqueza.

O caso das jazidas de carvão em Espanha é flagrante: enquanto a U.E. acaba de aprovar um resgate directo aos bancos e, enquanto o Estado Espanhol injecta 23.500 milhões de euros no Bankia, retiram-se as ajudas à produção de carvão que equivalem a 0,8% do valor cedido a este banco, pondo sem fonte de rendimento cerca de 30.000 famílias.

É somar miséria à miséria.

A vitória dos mineiros será também internacional, será uma vitória de todos os trabalhadores, desempregados, reformados e jovens, e de todo o movimento de indignação que no último ano e meio veio do Norte de África, abrindo e mobilizando as mentes de milhões em toda a Europa.


Somos todos mineiros

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sábado, 7 de julho de 2012

"Entre Línguas"








"Entre Línguas" é um documentário que mostra como ao longo da raia com Portugal existem cinco territórios que, por diversas circunstâncias históricas, decorrentes de feitos políticos, ficaram do lado espanhol da fronteira. Isto provocou que, nas províncias de Zamora, Salamanca, Cáceres e Badajoz, certas vilas, e até concelhos inteiros, conservassem uns dialetos que, apesar da falta de contato com o resto de falares galegoportugueses, conservem uma enorme semelhança com estes e em particular com o galego falado atualmente na Galiza.


No dia 09 de Julho, a cultura sai à rua!

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1
Destruição e perversão do princípio de serviço público; estrangulamento financeiro; desmantelamento, redução e desqualificação de serviços; centralização e agregação burocrática de instituições; mercantilização: as políticas de agressão à Cultura seguidas pelos últimos governos criaram uma situação insustentável. O PRACE do governo PS gerou uma estrutura ineficiente e enfraquecida, em diversos a...
spectos irracional, que colocou serviços e instituições à beira da paralisia e do colapso, situação que os sucessivos PEC’s agravaram brutalmente. Com o governo PSD/CDS, aos cortes cegos seguiu-se a reestruturação cega. O PREMAC vai ainda mais longe nos aspectos negativos do PRACE. Num enunciado de fusões, extinções, criações/fusões/extinções sem qualquer fundamentação séria conhecida, esta reestruturação cega leva ao limite a situação de crise geral existente nas estruturas da administração central com responsabilidades nas diferentes dimensões da actividade cultural.


2
A situação de estrangulamento financeiro, que já colocara o orçamento para a Cultura muito abaixo do nível da subsistência, agrava-se com novos cortes agora sob a bandeira da “austeridade” imposta pela troika e servilmente aceite por PS, PSD e CDS. Instituições e apoios fundamentais vêem ainda mais reduzidas as verbas com as quais já dificilmente exerciam a sua actividade ou se mantinham em funcionamento. Antes com os PEC’s, agora com o “memorando”, a anterior ministra e o actual secretário de estado justificavam este estrangulamento com o patético argumento de uma distribuição equitativa entre as diferentes áreas de governo. Argumento desonesto e absurdo: o OE/2012 prevê para toda a Cultura cortes que agravam os de 2011, reduzindo todo o financiamento do estado às artes e à Cultura a 6,7% do que até agora o Estado já entregou à banca, nomeadamente para dar cobertura ao buraco do BPN.


3
Para as áreas do Património Edificado, dos Museus, dos Sítios Arqueológicos, das Bibliotecas, dos Arquivos, a catástrofe é iminente. No conjunto, e para além do financiamento indigente, é o condicionamento extremo nas actividades de preservação, investigação, dinamização que está em causa, com uma ainda maior rarefacção e precariedade de pessoal qualificado e técnica e cientificamente especializado, é a centralização e a burocratização da gestão conjunta. E com o cerceamento da iniciativa própria, que para o secretário de estado aparentemente se resumirá à busca de fontes de financiamento exteriores, seja a que preço for. Desenha-se uma radical redução do número de instituições que integram os Museus Nacionais, redução que, sendo previsivelmente conduzida segundo os cegos critérios do PREMAC, nada terá a ver com o reforço, o equilíbrio e a requalificação cultural e científica.


4
“Austeridade” na cultura não destrói só o que existe, destrói o que fica impedido de existir. A criação contemporânea, os apoios aos teatros nacionais e ao cinema encaminham-se para uma ainda maior desresponsabilização do Estado e para a simples entrega aos mecanismos do mercado. O anunciado condicionamento dos apoios aos resultados de bilheteira, a suspensão dos contratos INOV-ART, o cancelamento do protocolo com a AICA, a perda de autonomia financeira do ICA com o corte de 4,4 milhões de euros, a indefinição acerca do futuro e do papel da DGArtes, a drástica redução dos orçamentos dos Teatros Nacionais – bem como a pretensão do secretário de estado de opinar acerca da sua programação – significam o dramático agravamento da situação que já existia: a de, em cada ano, centenas de projectos valiosos serem administrativamente adiados ou inviabilizados, de centenas ou milhares de criadores e outros trabalhadores da cultura verem a sua actividade cerceada e frustrada, a da área cultural ser inteiramente colonizada, sem alternativa, pelos produtos mercantis, rotineiros e homogeneizadores das indústrias culturais.


5
Para o Governo e a troika, a Cultura situa-se no plano de um adereço da sociedade ou de um privilégio das elites. Para nós, que afirmamos que esta crise não tem saída democrática sem a intervenção determinante dos trabalhadores e do povo, a Cultura deve assumir um papel central. A Cultura enquanto serviço público que assegura o direito de todos ao acesso, à criação e à fruição cultural. A Cultura, elemento central na formação da consciência da soberania e da identidade nacional, dialogando, de igual para igual, com toda a cultura de todos os povos do mundo. A Cultura, com o seu imenso potencial de criação, liberdade, transformação e resistência. A Cultura que, tal como a emancipação do trabalho, é parte essencial do património do futuro.


6
É nesses termos que afirmamos: da mesma forma que o programa da troika conduz a economia ao desastre e o país à ruína, a política cultural que agora ainda se agrava ameaça a catástrofe num sector já em profunda crise: com o PREMAC, com a asfixia financeira, com a inteira demissão do Estado em relação aos objectivos de desenvolvimento e democratização de que a Constituição o incumbe. O tempo de pôr fim a este rumo de desastre é o tempo de hoje. Tempo de protesto e de recusa. Tempo de mobilização de toda a inteligência, de toda a criatividade, de toda a liberdade, de toda a cólera contra uma política que chama “austeridade” à imposição de um brutal retrocesso histórico em todas as áreas da vida social. Defender a Cultura é uma das mais inadiáveis formas de fazer ouvir todas as vozes acima do medíocre ruído dos “mercados”. Manifestamo-nos EM DEFESA DA CULTURA. E agiremos em conformidade.
 



 
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