segunda-feira, 4 de abril de 2011

"O capitalismo trouxe a precariedade para ficar"

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18 comentários:

  1. PCP e Bloco de Esquerda reúnem-se sexta-feira
    Direcções dos dois partidos de esquerda realizam encontro na Assembleia da República para consultas mútuas sobre crise política e social.
    4 Abril, 2011 - 16:30

    "A troca de impressões que se vai realizar é muito importante e vem na sequência de múltiplas convergências na recusa da política do FMI."
    As direcções do Partido Comunista Português e do Bloco de Esquerda vão reunir-se na próxima sexta-feira às 11 horas na Assembleia da República. Na agenda do encontro estão consultas mútuas sobre a crise política e social que o país atravessa. A reunião foi proposta pela Comissão Política do Bloco de Esquerda e aceita pela direcção do PCP.

    Para Jorge Costa, dirigente do Bloco, “a troca de impressões que se vai realizar é muito importante e vem na sequência de múltiplas convergências na recusa da política do FMI que já está a ser aplicada em Portugal”.

    Recorde-se que na sexta-feira o coordenador do Bloco, Francisco Louçã, anunciou que vai propor à VII Convenção, de 7 e 8 de Maio, uma estratégia de unidade à esquerda, no sentido de diálogos com o PCP, sindicalistas e socialistas.

    “O caminho que faremos é para desenvolver a capacidade de aproximação entre os distintos sectores da esquerda, sabendo que, no Parlamento e na vida social, nos temos encontrado na recusa da recessão, com o PCP, com sindicalistas, com trabalhadores e activistas sociais que são independentes, com gente que se tem abstido e com muita gente que tem votado no PS não aceitando hoje as políticas de recessão”, disse, acrescentando que defende uma estratégia que promove “todas as pontes necessárias e todos os diálogos possíveis”, de modo a “construir uma alternativa que possa governar, liderar e alterar as regras desta economia que se tem fechado no desastre económico”. Na mesma oportunidade, Louçã observou que “na luta contra as medidas liberais e em defesa dos salários e do emprego, PCP e BE têm tomado posições convergentes”.

    Em resposta, Jerónimo de Sousa disse este domingo que, para as legislativas de 5 de Junho, o PCP mantém a coligação com o Partido Ecologista “Os Verdes”. Mas está disposto a entender-se numa aliança pós-eleitoral com o Bloco de Esquerda. “Há muitos homens e mulheres, portugueses, preocupados com o futuro do país, que procuram dar uma contribuição para travar este rumo. Em relação ao BE, é preciso que clarifique os seus objectivos. Mas não temos nenhum preconceito em considerar que existam portugueses também preocupados com a situação dispostos a fazer um esforço para esse governo patriótico e de esquerda”, disse o secretário-geral dos comunistas, que sublinhou: “A concretização da política necessária à resolução dos problemas nacionais exige a formação de um governo patriótico e de esquerda capaz de assegurar uma nova fase da vida do país marcada pelo desenvolvimento, a justiça e o progresso social, um governo para salvar o país e não um governo dito de salvação nacional”.

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  2. Para um liberal, o FMI não é uma catástrofe
    Sexta-feira, 1 de Abril de 2011


    No dia em que o PSD garantiu ajudar o Governo caso seja necessário pedir ajuda externa, importa constatar que a forma como o partido de Passos tem desdramatizado tal cenário faz grande sentido em termos ideológicos. Dado tratar-se da direcção mais liberal que o PSD alguma vez teve, o FMI ou a ajuda europeia seriam um apoio de peso na implementação da linha política preconizada pela actual direcção: emagrecimento e recuo do Estado, contenção nos salários da função pública, flexibilização do mercado de trabalho, baixas no IRC, etc.


    Como é sabido, as reformas estruturais de tipo FMI correspondem na essência a uma abordagem liberal para o crescimento económico. Assim sendo, estranho seria que este PSD, que se assume como liberal, visse o FMI como uma catástrofe.

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  3. Novas economias - movimento contra a financeirização da sociedade

    NOVAS ECONOMIAS - MOVIMENTO CONTRA A FINANCEIRIZAÇÃO DA SOCIEDADE é o nome do colectivo formado na Assembleia Popular de 19 de Março, no Porto, identificado, na altura, como "banca/contra a financiarização da sociedade".
    O grupo/colectivo tem reunido uma vez por semana na Casa Viva. A próxima reunião é na QUINTA-FEIRA, 07 DE ABRIL, 22.00 h, novamente na Casa Viva, na Pr. Marquês de Pombal, Porto.

    Já temos blogue para reunir todos os testemunhos, protestos, propostas sobre o actual sistema financeiro que nos tritura e sobre um sistema que acolhesse justiça e dignidade ...

    Este é um espaço aberto para todas e todos interessados em demonstrar que esta economia que nos devora, não é a única saída, nem a única solução!

    Através desta economia com a ditadura dos mercados, há a imposição de um novo totalitarismo, a financiarização da sociedade e das nossas vidas.

    Parece que todos e cada qual, somos obrigados a ter uma conta num banco, parece que são os bancos que dizem quem é e não é sério, e, ainda por cima, estamos todos metidos numa imensa base de dados manipulada, usada e abusada pelos mandantes no actual sistema financeiro.

    Neste espaço que é gerido por um grupo de pessoas, de todas as idades e experiências, que participou e participa activamente no movimento da chamada "geração à rasca", cabem os testemunhos e as vontades de todas e todos que acreditam que há outros caminhos, outras experências, outras construções para novas economias.

    Participem, registem-se e façam ouvir a vossa voz!

    Não contribuas para o passivo, torna-te activo!
    http://novaseconomias.blogspot.com/
    posted by viriato

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  4. A tomada de posse de Passos Coelho e Paulo Portas
    4 de Abril de 2011 por Tiago Mota Saraiva
    Cavaco Silva iniciou a campanha eleitoral com uma comunicação ao país na qual apela a que se exclua do debate político todas as alternativas que não passem pela continuação dos sacrifícios e austeridade. Nem cinco minutos passados, Paulo Portas reforçava a ideia acrescentando que não é tempo de avaliar o passado ou apurar culpados. Por sua vez, Passos Coelho em artigo publicado no Wall Street Journal , não hesitava em declarar que o PSD votou contra o PECIV “não porque foram longe demais, mas porque não foram suficientemente longe”.

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  5. Certamente por acaso, no mesmo dia e à mesma hora, foi publicada esta informação nas páginas do PCP e BE:
    4 de Abril de 2011 por Tiago Mota Saraiva
    Na próxima sexta-feira, na Assembleia da República, realiza-se um encontro entre o PCP e o BE, destinado a uma avaliação mútua sobre a situação política, económica e social do país.
    Após os encontros com o Partido Ecologista «Os Verdes» e a ID para a concretização da CDU – Coligação Democrática Unitária, este encontro insere-se no quadro de um normal relacionamento inter-partidário ainda mais justificado pelo agravamento da situação económica e social.
    Este encontro tem lugar ainda num quadro mais alargado de contactos que o PCP terá com diversas organizações económicas e sociais.
    pcp.pt

    As direcções do Partido Comunista Português e do Bloco de Esquerda vão reunir-se na próxima sexta-feira às 11 horas na Assembleia da República. Na agenda do encontro estão consultas mútuas sobre a crise política e social que o país atravessa. A reunião foi proposta pela Comissão Política do Bloco de Esquerda e aceita pela direcção do PCP.
    Para o deputado Jorge Costa, “a troca de impressões que se vai realizar é muito importante e vem na sequência de múltiplas convergências na recusa da política do FMI que já está a ser aplicada em Portugal”.
    Recorde-se que na sexta-feira o coordenador do Bloco, Francisco Louçã, anunciou que vai propor à VII Convenção, de 7 e 8 de Maio, uma estratégia de unidade à esquerda, no sentido de diálogos com o PCP, sindicalistas e socialistas.
    “O caminho que faremos é para desenvolver a capacidade de aproximação entre os distintos sectores da esquerda, sabendo que, no Parlamento e na vida social, nos temos encontrado na recusa da recessão, com o PCP, com sindicalistas, com trabalhadores e activistas sociais que são independentes, com gente que se tem abstido e com muita gente que tem votado no PS não aceitando hoje as políticas de recessão”, disse, acrescentando que defende uma estratégia que promove “todas as pontes necessárias e todos os diálogos possíveis”, de modo a “construir uma alternativa que possa governar, liderar e alterar as regras desta economia que se tem fechado no desastre económico”. Na mesma oportunidade, Louçã observou que “na luta contra as medidas liberais e em defesa dos salários e do emprego, PCP e BE têm tomado posições convergentes”.
    Em resposta, Jerónimo de Sousa disse este domingo que, para as legislativas de 5 de Junho, o PCP mantém a coligação com o Partido Ecologista “Os Verdes”. Mas está disposto a entender-se numa aliança pós-eleitoral com o Bloco de Esquerda. “Há muitos homens e mulheres, portugueses, preocupados com o futuro do país, que procuram dar uma contribuição para travar este rumo. Em relação ao BE, é preciso que clarifique os seus objectivos. Mas não temos nenhum preconceito em considerar que existam portugueses também preocupados com a situação dispostos a fazer um esforço para esse governo patriótico e de esquerda”, disse o secretário-geral dos comunistas, que sublinhou: “A concretização da política necessária à resolução dos problemas nacionais exige a formação de um governo patriótico e de esquerda capaz de assegurar uma nova fase da vida do país marcada pelo desenvolvimento, a justiça e o progresso social, um governo para salvar o país e não um governo dito de salvação nacional”.

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  6. Fundos

    Ferreira Leite ao lado de Passos Coelho sobre apoio à vinda do FMI. Apesar dos apelos interesseiros de Cavaco, que já aqui critiquei, para que não se fale de FMI, mas sim de FEEF, os seus camaradas nem sequer se dão ao trabalho de procurar esconder a sua ansiedade pela entrada do fundo – FEEF e/ou FMI, tanto faz –, que é o culminar das desastrosas políticas de austeridade que sempre apoiaram. No meio de tanta insensatez neoliberal, Silva Peneda destaca-se há muito na área do PSD por manter uma certa razoabilidade social-democrata. No colóquio do IDEFF, voltou a alertar para as fragilidades da governação económica da zona euro – “o modelo da União Europeia está esgotado” –, assinalando também que “a criação de emprego nunca se resolveu por via legislativa”. A reafectação dos direitos e obrigações entre patrões e trabalhadores começa por ter impactos distributivos, digo eu. Ainda de acordo com o Negócios, Peneda concluiu que “a disciplina orçamental não pode ir ao ponto de impedir o crescimento económico”. Isto só faz sentido, no actual contexto, se for uma forma diplomática de dizer que, dada a sua natureza recessiva, é preciso repensar as actuais políticas de austeridade, até porque a consolidação orçamental, no essencial, é consequência do crescimento da economia e da geração de emprego. Uma iniciativa diplomática das periferias, que altere os termos do constrangimento europeu, como Peneda bem sabe, é essencial neste contexto.
    Postado por João Rodrigues

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  7. PCP e Bloco de Esquerda reúnem-se sexta-feira
    Publicado por Bruno de Góis


    Direcções dos dois partidos de esquerda realizam encontro na Assembleia da República para consultas mútuas sobre crise política e social.

    As direcções do Partido Comunista Português e do Bloco de Esquerda vão reunir-se na próxim.a sexta-feira às 11 horas na Assembleia da República. (...)

    “O caminho que faremos é para desenvolver a capacidade de aproximação entre os distintos sectores da esquerda, sabendo que, no Parlamento e na vida social, nos temos encontrado na recusa da recessão, com o PCP, com sindicalistas, com trabalhadores e activistas sociais que são independentes, com gente que se tem abstido e com muita gente que tem votado no PS não aceitando hoje as políticas de recessão”, disse, acrescentando que defende uma estratégia que promove “todas as pontes necessárias e todos os diálogos possíveis”, de modo a “construir uma alternativa que possa governar, liderar e alterar as regras desta economia que se tem fechado no desastre económico”. Na mesma oportunidade, Louçã observou que “na luta contra as medidas liberais e em defesa dos salários e do emprego, PCP e BE têm tomado posições convergentes”.

    Em resposta, Jerónimo de Sousa disse este domingo que, para as legislativas de 5 de Junho, o PCP mantém a coligação com o Partido Ecologista “Os Verdes”. Mas está disposto a entender-se numa aliança pós-eleitoral com o Bloco de Esquerda. (...)

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  8. Não podem ser só os partidos dos banqueiros e dos patrões que pertencem ao "arco do poder"!
    Dos partidos que o poder considera do "arco do poder" estamos nós fartos...

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  9. Eles têm força e a democracia?
    “Como é possível que o Banco de Portugal promova uma reunião de banqueiros para obrigar o país a recorrer ao FMI?” Tiago Mota Saraiva não usa a sigla FEEF e talvez por isso à pergunta se sigam outras observações igualmente pertinentes. Assim se revela uma vez mais a natureza deste Banco de Portugal. Uma parte do Estado foi capturada e transformou-se no comité executivo dos negócios do capital financeiro. Na notícia citada diz-se “que os bancos nacionais acudiram recorrentemente o Estado, financiando-o directamente através dos leilões dívida ou como ‘intermediários’ do Banco Central Europeu.” Acudiram? Não há paciência para esta novilíngua que mascara o processo de expropriação financeira em curso. Os bancos portugueses têm ganho o que podem com esta “intermediação”, como se sabe. Depois da desastrosa austeridade que exigiram, anseiam agora pela intervenção externa. Afinal de contas, sabe-se que uma parte do planeado empréstimo europeu, no valor de pelo menos dez mil milhões de euros, seria um presente do Estado bombeiro para os bancos. Até quando é que isto vai durar? Até termos força política para usar a arma da reestruturação da dívida e para disciplinar os bancos, reafirmando o controlo do poder politico democrático sobre esse bem público que dá pelo nome de crédito.
    POSTADO POR JOÃO RODRIGUES ÀS 5.4.11

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  10. Não votar no «menos mau»



    É isso mesmo. Como explica Pedro Tadeu, hoje, no DN.
    «Porque vota o povo, que protesta, que se manifesta, que se indigna, nos mesmos políticos e nas mesmas políticas contra as quais se insurge? Porque é que os resultados eleitorais contradizem, sempre, o aparente sentimento popular? Porque é que o poder executivo é sempre entregue aos protagonistas circunstanciais do chamado "bloco central" ou sedimentados na "coligação de interesses" que gravita e vive do exercício clientelar do poder? Porque, só para dar um exemplo concreto, em classes profissionais como a dos professores, onde será difícil, depois da revolta e do aborto do processo de avaliação, encontrar um docente que diga bem do PS ou do PSD, muitos votarão, no próximo dia 5 de Junho, num desses dois partidos?

    Aos eleitores o sistema eleitoral, na prática (não na letra), só pede isto: a opção entre os partidos que se apresentam a votos para um ciclo de quatro anos de governação. Face a esse pedido, o que pode a maioria das pessoas perspectivar? Esperar eleger alguém, "limpo" dos "pecados" das anteriores governações, perene há 25 anos, e que radicalmente, em quatro anos, liquide a forma institucionalizada de gerir impostos e despesas, de distribuir e investir a riqueza do Estado e, ao mesmo tempo, saiba construir um novo sistema justo e claro? O receio de que uma acção radical desse tipo traga mais prejuízo que benefício é obviamente justificável.

    Resta a esses eleitores receosos optar pelo político ou grupo de políticos "menos mau". Eles sabem que em 1400 dias os eleitos com o seu voto não irão mudar o que é preciso mudar mas, esperam, alguns dos vícios conjunturais serão corrigidos.

    Essa esperança, tão curta na ambição quanto é curta uma legislatura, será absolutamente sensata, nada tem de estúpida, mas criou o vórtice que nos afundou: essas políticas, erradas, foram no essencial, sucessivamente sem cessar, aplicadas com a legitimidade do voto popular. Ao fim de cada ciclo eleitoral tornou-se sempre mais difícil reverter a situação e, perversamente, a posição dos que nos conduziram ao abismo saiu reforçada. E foi assim que chegámos, a votar de quatro em quatro anos, à crise de hoje, à crise filha do voto no "menos mau".

    Quer isto dizer que as eleições são más? Claro que não. O que isto quer dizer é, em primeira linha, que quem tem propostas alternativas para apresentar ao eleitorado tem de perceber este mecanismo e, se quiser ganhar eleições, demonstrar ao povo que, agora, no estado a que isto chegou, sensato mesmo é deixar de votar "no menos mau" e passar a votar no que realmente se acha bom.»
    (O realce é meu.)
    .|
    POSTED BY JOANA LOPES

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  11. Aldrabões
    Hoje o El País fala do sucesso do documentário "Inside Job" (Charles Ferguson) sobre os gangsters que nos governos, nas universidades e nas empresas defraudaram deliberadamente o resto do planeta durante os anos Bush.

    Não sei se já escrevi sobre isto aqui, mas o documentário refere um facto importante: depois de Reagan ter desregulamentado os mercados e provocado a crise das S&Ls, George Bush senior investigou e prendeu milhares de ladrões e de aldrabões. Obama? Nem um! Alguns dos piores criminosos da era Bush estão nesta administração, impunes, com a reputação intacta e protecção directa do presidente.

    Mas na minha opinião a parte melhor deste documentário é um conjunto de entrevistas a economistas de universidades prestigiosas que há várias décadas escrevem e publicam artigos e relatórios PAGOS, a promoverem esquemas e negócios fraudulentos, mentiras e teorias inventadas que depois são usadas pelos colegas no governo para desregulamentar mercados e legalizar os crimes económicos a que temos assistido desde os anos oitenta. Impunemente.

    LinkWithin PUBLICADO POR FILIPE CASTRO

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  12. Bernard Madoff Lives!
    Dizem que o aldrabão Bernie Madoff está preso, mas o espírito dele continua vivo.

    Segundo a banca nacional e o governo, felizmente que temos amigos: a banca internacional vai-nos generosamente emprestar 10.000.000.000 de Euros (a juros altíssimos) para pagarmos os submarinos, a frota de BMWs do governo e dos gestores públicos, e os impostos que os ricos não pagam. Depois, se não pagarmos, partem-nos as pernas.

    Conhecem um livro intitulado "Confessions of an Economic Hit Man"? Os oligarcas de hoje criam os problemas e depois servem-nos as soluções já preparadas - através da rede de sabujos e lambe-botas que hoje se auto-denominam "jornalistas" - como se fossem inevitáveis.

    LinkWithin PUBLICADO POR FILIPE CASTRO

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  13. Devolvam-nos o nosso dinheiro!
    5 de Abril de 2011 por Tiago Mota Saraiva

    Como é possível que o Banco de Portugal promova uma reunião de banqueiros para obrigar o país a recorrer ao FMI? Como é possível que a mesma banca a que o Estado dá avales de loucura se arrogue tentar dominar, desta vez às claras, a política do país sem a devida resposta dos cidadãos? Como é possível que o banco público se negue a emprestar dinheiro ao Estado? Como é possível que o Estado não declare imediatamente que passará a atribuir os fundos de apoio às PME’s ou do QREN sem que as verbas passem (e fiquem) pela banca privada? Como é possível que não se responsabilize esta trupe de cangalheiros pelos buracos do BPN, BPP e BCP, no qual todos tiveram participações? Como é possível que o Estado não retire imediatamente as garantias públicas que oferece à banca privada?

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  14. Isto ainda vai piorar antes de melhorar #3
    A TSF não brinca quando se trata de executar uma linha política.
    A jornalista, durante toda a manhã, no noticiário e no fórum, não se cansa de utilizar por tudo e por nada a extraordinária expressão «ajuda intercalar» para se referir a um pedido de empréstimo ao FMI.
    «Intercalar» porquê? Porque em breve, tanto o FMI, como a banca, como pelos vistos a TSF, sabem que mais empréstimos se seguirão. Sempre acompanhados por juros usurários e mais garantias de privatizações e de desregulação dos mercados.
    Segundo a narrativa da TSF, só uma pessoa parece estar contra a «ajuda intercalar»: José Sócrates. «Contra tudo e todos» afirma a rádio. É uma história que encaixa às mil maravilhas, honra lhe seja feita, com a imagem de arrogância e orgulho que tem o primeiro-ministro.
    Desde que não se dê demasiado tempo de antena ao PCP e ao BE, temos um conto de fadas perfeito em que o país, depois de receber muitas «ajudas», ficou mais pobre e com maiores desigualdades do que tinha antes das «ajudas».

    Que história nos contarão daqui a 2 anos para nos explicar o que se passou? Que "a situação estava ainda pior do que as pessoas pensavam"? Ninguém sabe. Muito menos a malta dos sector financeiro, que está habituada a focalizar-se no (ganho de) curto prazo.
    Publicado por [Saboteur]

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  15. Presidente do Instituto de Segurança Social defende redução de subsídio de desemprego
    Edmundo Martinho, presidente do Instituto de Segurança Social defendeu esta manhã que o valor do subsídio de desemprego deveria ser progressivamente reduzido, para incentivar o regresso ao mercado de trabalho.




    À margem de um encontro organizado pelo Instituto de Direito Económico Financeiro e Fiscal, Edmundo Martinho argumentou que o subsídio de desemprego deve ser reduzido progressivamente como forma de não "reduzir a capacidade de proteger (o desempregado) nos primeiros tempos de desemprego".

    Com a redução dos salários, aumento do desemprego e facilitação dos despedimentos, esta proposta de redução progressiva do subsídio de desemprego é mais uma das chaves necessárias para fechar toda a classe trabalhadora na chantagem dos patrões. Trabalhamos por menos dinheiro ou seremos facilmente despedidos. Estando no desemprego, não teremos outra hipótese que não aceitar a primeira proposta que surgir, com o salário mais baixo possível.

    Os Precários Inflexíveis não aceitam este modelo que nos é imposto e que nos aperta cada vez mais, todos os dias, e por isso exigimos de todos os responsáveis políticos as posições e propostas para que esta chantagem estranguladora não continue.

    Ver notícia:
    Público
    Publicada por Precários Inflexíveis

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  16. "Precisamos de mentiras novas" porque Sócrates contou "história" que "não é convincente"
    A deputada do Bloco Ana Drago considerou que na entrevista da noite de segunda-feira, à RTP, o primeiro-ministro insistiu em contar uma "história" sobre o pacote de austeridade chumbado no Parlamento em Março que "não é convincente".
    ARTIGO | 5 ABRIL, 2011 - 00:43

    Ana Drago: “A cada novo conjunto de medidas de austeridade, José Sócrates tem vindo a dizer que este é o momento em que se consegue colocar um ponto final na crise da dívida pública e hoje repetiu exactamente a mesma história a propósito do pacote que a oposição chumbou no Parlamento, levando à sua demissão”.
    Segundo Ana Drago, o primeiro-ministro, José Sócrates, "veio dizer ao país que se fosse agora aprovado o PEC IV isto era a salvação do país".
    "É altura de dizer ao primeiro-ministro que ou ele aprende alguma coisa com a experiência dos sucessivos pacotes de austeridade, que conduziram ao empobrecimento do país no último ano ou, lamento dizer-lhe, mas precisamos de mentiras novas, porque de facto, esta história que é vendida por José Sócrates aos portugueses não é convincente", declarou a deputada do Bloco aos jornalistas, no Parlamento.
    De acordo com Ana Drago, a cada novo conjunto de medidas de austeridade, como "cortes nos salários, cortes nos abonos de família, cortes nos subsídios de transportes de doentes, congelamento das pensões", José Sócrates "tem vindo a dizer que este é o momento em que se consegue colocar um ponto final na crise da dívida pública" e "hoje repetiu exactamente a mesma história" a propósito do pacote que a oposição chumbou no Parlamento, levando à sua demissão.
    Mas "essa história não bate certo ao longo do último ano" e "a verdade é que o país tem estado a empobrecer, a capacidade de produção de riqueza da nossa economia está a diminuir, entrámos em recessão", acrescentou.
    Por outro lado, Ana Drago considerou que na entrevista à RTP o primeiro-ministro manifestou "uma certa satisfação em atacar o PSD", o que disse compreender, "porque, de facto, o PSD vai dizendo, com alguma alegria, que, não só o PEC IV era pouco, como era necessário ir mais longe nos pacotes de austeridade".
    "E, portanto, é sobre este debate que eu creio que os portugueses têm de reflectir nos próximos tempos porque, de pacote de austeridade e de PEC em PEC, o país tem perdido a sua capacidade de responder a uma crise social e económica gravíssima", concluiu.

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  17. “Portugal precisa de um Governo à esquerda para consolidar contas”
    Francisco Louçã espera que PS e PSD sejam responsabilizados pela “política de abismo” que propõem e sugere um “plano de emergência” que responda aos “ataques” das agências de notação, que passa por um pedido de empréstimo de curto prazo ao Banco Central Europeu, “desligado das condições do FMI”.
    ARTIGO | 5 ABRIL, 2011 - 15:50

    Francisco Louçã disse que o Fundo Europeu e o FMI não propõem ajuda, mas sim “consolidar a recessão para destruir a economia portuguesa, retirando aos salários e às pensões o pouco que as pessoas têm para viver, para financiar assim a especulação”. Foto Paulete Matos.
    “Se queremos resistir em nome do país a esta pressão de cairmos num buraco da política do FMI, ou seja, de uma recessão prolongadíssima, precisamos que haja uma resposta de um Governo que à esquerda consiga consolidar as contas, as finanças públicas, em nome das prioridades e em nome de respostas”, disse Francisco Louçã à margem de uma visita à Escola Secundária de Linda-a-Velha, em Oeiras.
    O dirigente bloquista sublinhou ainda que as propostas do PS passam por reduzir as pensões e aumentar a precariedade e as do PSD por aumentar os impostos, soluções que considera conduzirem-nos ao “abismo”.
    “O que eu espero é que PS e PSD, que propõe o abismo como solução, sejam responsabilizados e os portugueses possam sentir que agora é tempo de um Governo à esquerda, de uma resposta política que tome responsabilidade”, frisou.
    Francisco Louçã sugeriu ainda um “plano de emergência” que responda aos “ataques” das agências de notação, que passa por um pedido de empréstimo de curto prazo ao Banco Central Europeu que “deve estar totalmente desligado das condições do FMI”.
    “O que precisamos é de evitar a especulação agora em Abril, tomar as decisões que a democracia precisa para corrigir o défice orçamental e reequilibrar as contas em nome de uma economia que ajude o país a sair da recessão”, sustentou.
    Louçã disse ainda que o Fundo Europeu e o FMI não propõem ajuda, mas sim “consolidar a recessão para destruir a economia portuguesa, retirando aos salários e às pensões o pouco que as pessoas têm para viver, para financiar assim a especulação”.
    Francisco Louçã recusou ainda adiantar pormenores sobre a reunião de sexta feira com o PCP, um encontro que aguarda com “muita expectativa” e que “deve ser levado muito a sério”.
    Questionado sobre a entrevista de segunda-feira à noite dada à RTP pelo primeiro-ministro demissionário, José Sócrates, Louçã disse apenas que “foi mais do mesmo”, recusando tecer mais comentários.

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  18. Progressos à esquerda

    Além da anunciada reunião entre o BE e o PCP na próxima sexta, abrindo assim espaço para a importante concertação de estratégias entre os dois partidos na actual conjunctura, devem ser assinalados os progressos feitos por ambos os partidos no campo da proposta política. De facto, face à gravidade da situação, os dois partidos à esquerda têm que se afirmar como alternativas imediatas de governo, indo além da recusa desta suicidária austeridade. São necessárias soluções de esquerda, não só no campo da crise de financiamento do Estado, mas também nos problemas estruturais (défice externo, endividamento privado) que estão por detrás do primeiro.

    Ao ler as notícias de ontem relativas aos dois partidos, foi com satisfação que identifiquei muitas das propostas que aqui temos defendido: controlo público da banca comercial, renegociação das parcerias público-privadas, reestruturação da dívida pública, aliança das periferias no campo europeu, etc. Outras medidas como a venda de títulos detidos por instituições públicas, defendida pelo PCP, ou empréstimos do BCE, intermediados pela CGD, propostos pelo BE, são propostas originais que respondem às urgências do momento. São interessantes e merecem atenção. A reflexão aqui defendida sobre a União Monetária e o seu futuro é também oportuna.

    Este é, no entanto, um caminho longo em que as propostas têm de ser bem ponderadas, debatidas sem tabus e honestas nas suas implicações. Precisamos de um programa sistémico, de articulação sectorial entre o sistema financeiro, indústria, agricultura e o Estado, que aponte os caminhos para uma economia com crescimento, ambientalmente sustentável, geradora de emprego e de trabalho com qualidade. Não começamos do zero e não precisamos de GPS exacto para um futuro governo. Exigimos esperança, sabendo que o caminho se faz caminhando.
    Postado por Nuno Teles às 6.4.11

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