segunda-feira, 18 de abril de 2011

Para onde caminha a Europa?


A extrema-direita conquistou o terceiro lugar nas eleições legislativas finlandesas, obtendo 19% dos votos (contra os 19,1% do partido social-democrata e os 20,4% que garantiram a vitória dos conservadores).

Face às eleições de 2007, o partido nacionalista de extrema-direita Perussuomalaiset (Verdadeiros Finlandeses) aumentou a  sua votação em 15% e passou de 5 para 39 deputados.

Para onde caminha a Europa?


1 comentário:

  1. Os finlandeses, esses patifes

    E, de repente, o modesto xenófobo que dorme no coração de muitos pequenos portugueses acordou num fim-de-semana de Sol e descobriu que os finlandeses são as piores criaturas da Europa – ou mesmo do hemisfério Norte, como diria o outro. São péssimos e o único objectivo que os guia, neste momento, é tornar-nos a vida infernal.


    Há meia dúzia de anos já foram modelo a imitar (e de que maneira…), é bem provável que lhes devamos em parte a invenção do fenómeno Magalhães, mas...meu deus, onde é que isso já vai! Hoje, são carrascos em potência, que gostaríamos que alguém apagasse do mapa o mais depressa possível.


    É de lamentar, e de temer, a subida assustadora do Perussuomalaiset e o que ela representa como força crescente da extrema-direita? Certamente. Mas as eleições de ontem não foram um acto isolado, mas sim mais uma das consequências do «suicídio europeu» que «resulta do monstro que construímos», sendo verdade que «o egoísmo é o mais estúpido dos instintos perante esta crise europeia» e que «é respondendo a esta irracionalidade que a Europa se está a desgovernar», como escreve hoje o Daniel Oliveira.


    Desta vez, caímos na folha errada do calendário finlandês. Mas estamos longe de ter razões para invejar esse povo da chamada «Zona Cinzenta», com a história recente que tem, parente pobre de alguns vizinhos muito ricos e vítima de outros, terrivelmente dominadores. Há bem pouco tempo, quando nós já beneficiávamos de chorudas benesses europeias.


    E é bom recordar que Helsínquia é uma cidade acinzentada mas bem mais acolhedora do que Reiquiavique (por mais impopular que seja dizê-lo neste momento…), que Alvar Aalto foi um artista excepcionalíssimo e, também, já agora e bem a propósito, que a Finlândia continua a ser a terra do Pai Natal…
    Posted by Joana Lopes

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