sábado, 13 de outubro de 2012

Depois da Marcha Contra o Desemprego, todos os caminhos irão dar à Praça de Espanha



 
 
 

7 comentários:

  1. todos os caminhos foram mesmo dar à praça de espanha...
    A CULTURA ESTEVE MESMO LÁ!OS QUE QUEREM QUE A TROIKA SE LIXE ESTIVERAM MESMO LÁ!OS QUEREM O PASSOS , GASPAR E PORTAS NA RUA, ESTIVERAM MESMO LÁ!
    foi espantoso ver 70.000 pessoas a vibrar com os DEOLINDA e ficar em silêncio total durante uma composição de John Cage, que não é fácil, durante 4,33 minutos, que era o nome da peça...

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  2. A má educação
    A confissão de Gaspar de que apenas está no governo para repor ao país o enorme investimento que este fez na sua educação é de uma enorme hipocrisia.

    opiniao | 17 Outubro, 2012 - 13:03 | Por João Teixeira Lopes

    A pessoalização da vida política é uma das formas clássicas de manipulação e despolitização. A separação entre o público e o privado, embora não tenha fronteiras universalmente rígidas, é um salutar princípio de higiene da vida coletiva. Por isso, desconfio sempre dos políticos que trazem a família para a ribalta com intuitos de conseguirem uma suposta aproximação ao “homem comum”, assim como detesto desabafos íntimos que como tal deveriam permanecer.

    A confissão de Gaspar de que apenas está no governo para repor ao país o enorme investimento que este fez na sua educação é de uma enorme hipocrisia.

    Em primeiro lugar, porque sugere um grande sacrifício pessoal do abnegado ministro, o qual, imagina-se, receberá um salário consideravelmente inferior ao seu potencial, uma vez que poderia estar numa grande organização internacional ou na administração de reputada empresa.

    Em segundo lugar, coloca a sua figura acima do reino mundano dos interesses e conflitos. Gaspar não defende as visões ultraliberais de um enorme fanatismo ideológico, que usam a violência social como meio sistemático de extorsão, nada disso. É apenas um alto funcionário, detentor de fina educação, que coloca o melhor do seu saber técnico ao serviço do país.

    Em terceiro lugar, a hipocrisia ressalta ainda de que, a coberto do pagamento de um favor ao país que tão bem o educou, Gaspar retira literalmente o direito ao futuro, incluindo o usufruto da educação, a muitos dos jovens portugueses de hoje!

    Perante tal “dádiva”, a única reciprocidade possível, para além de desmascará-lo, é correr com ele.

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  3. FMI reabre o debate sobre o controlo dos fluxos de capital
    Só agora deteta os problemas provocados pela entrada massiva de capitais nos momentos de auge e da fuga repentina nos de queda. Por Marco Antonio Moreno, El Blog Salmón
    Artigo | 16 Outubro, 2012 - 17:17

    A Espanha é o país que lidera a fuga de capitais, dado que nos 12 meses prévios a julho deste ano a retirada chega a um terço do PIB espanhol. As últimas declarações de Christine Lagarde em Tóquio selaram a viragem de 180 graus que deu o FMI nas últimas semanas. Ao reconhecimento de Olivier Blanchard de que o FMI subestimou os multiplicadores da política fiscal, e que os planos de austeridade foram realmente nefastos para a economia, soma-se agora a petição de Christine Lagarde de impor controlos aos fluxos de capital, dado que a enorme volatilidade destes capitais especulativos, que se movem sem controlo pelo planeta, é uma ameaça que socava a estabilidade das economias. Na sua entrada, estes fluxos provocam as bolhas que logo se convertem em fugas de capitais após a crise se desencadear.

    É curioso que algo que ficou perfeitamente claro na crise asiática de 1997 só agora comece a ser reconhecido como um problema grave. Desde finais dos anos 70, e como parte do abandono das políticas keynesianas ocorrido nessa década, o FMI promoveu as políticas de livre mercado, abolindo os controlos de capitais que vinham em curso desde Bretton Woods, no final da Segunda Guerra Mundial. Até 1980, todas as economias adiantadas e emergentes abraçaram estas novas políticas no que ficou conhecido como o Consenso de Washington, doutrina que se manteve de pé durante três décadas até abril de 2009.

    O consenso defendido pelo FMI era que todos os controlos de capital deviam ser evitados porque retiravam dinamismo à economia e reduziam o crescimento. Quer dizer que a maior mobilidade de capitais, como professa o Modelo Mundell-Fleming, traria consigo maior robustez e saúde económica. E apesar de a crise asiática de 1997 ter deitado por terra estas ideias, o FMI manteve-se na linha da livre mobilidade de capitais.

    A crise asiática é também conhecida como a primeira grande crise da globalização, e só nas primeiras duas semanas um milhão de tailandeses e 20 milhões de indonésios passaram a engrossar as fileiras dos oficialmente pobres. A fuga de capitais nestes países provocou a quebra do sistema financeiro e os rácios da dívida elevaram-se a 180% do PIB nos quatro países maiores do sudeste asiático. Apesar de o FMI ser ciente do papel que desempenhou a fuga de capitais nesta crise, negou-se a avaliar mecanismos de controlo que amortecessem crises futuras.

    Só agora o FMI deteta os problemas provocados pela pandemia financeira da entrada massiva de capitais nos momentos de auge e da fuga repentina nos de queda. A Espanha é o país que lidera a fuga de capitais, dado que nos 12 meses prévios a julho deste ano a retirada chega a um terço do PIB espanhol. Isto faz com que a crise atual não tenha precedentes históricos. A título de exemplo, a fuga de capitais nos momentos mais graves da crise asiática chegou aos 10% do PIB.

    O debate volta ao tapete em pleno estancamento económico europeu devido às novas injeções de liquidez que planearam a Reserva Federal dos Estados Unidos e o Banco Central Europeu. Como este dinheiro é injetado na banca e não flui para a economia real, o seu destino continua a ser a especulação e a acumulação de desequilíbrios financeiros. O risco para países como o Brasil, que viram a sua moeda apreciar-se fortemente num curto espaço de tempo, torna-se evidente.

    16 de outubro de 2012

    Tradução de Luis Leiria para o Esquerda.net

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  4. “Este Orçamento destrói o país”
    Perante o “saque fiscal” do Orçamento de Estado, o Presidente da República deve enviar o documento para o Tribunal Constitucional. Caso contrário, o Bloco “arranjará forma” de o fazer. A deputada Catarina Martins diz que a única preocupação do Governo é “bajular a Troika para tentar ganhar um prémio de empregado do mês”.
    Artigo | 17 Outubro, 2012 - 00:00

    Foto Estela Silva/Lusa "Este Orçamento do Estado não pode ser aplicado, não pode. Este Orçamento do Estado destrói o País e, se ele passar na Assembleia da República, esperamos que o Presidente da República o leve ao Tribunal Constitucional (TC), porque é um Orçamento que aprofunda as desigualdades, as iniquidades, e não pode ser aplicado", anunciou a deputada bloquista Catarina Martins, numa conferência de imprensa no Parlamento.

    O Bloco de Esquerda entende que o Presidente da República deve enviar o Orçamento do Estado para 2013 para o Tribunal Constitucional. Se, como aconteceu com o Orçamento que se encontra em vigor, Cavaco Silva não solicitar a fiscalização preventiva da constitucionalidade, o Bloco “arranjará forma” de o fazer, garante o Bloco de Esquerda.

    Recorde-se que, confrontado com os mais variados sectores que se levantaram para defender que o corte de salários e pensões previstos no Orçamento de 2012 era inconstitucional, Cavaco Silva decidiu não enviar o documento para o TC. Ao invés, foram os deputados do Bloco e um conjunto de deputados do PS que solicitaram a fiscalização sucessiva da constitucionalidade das medidas.

    Catarina Martins acusou ainda os partidos da coligação de estarem a inventar uma manobra de diversão para escamotear as consequências sociais das suas propostas. “Temos ouvido nas últimas horas um discurso sobre as tentativas de minimização deste Orçamento que PSD e CDS estarão a tentar fazer, mas quando falam de minimização estão a falar de cortes na despesa social. São cortes na saúde - o ministério que já cai mais -, na educação, nas prestações sociais; temos já cortes de 5 e 6 por cento no subsídio de desemprego e de doença”, considerou a deputada do Bloco.

    “Não tem qualquer sentido um Governo que está a destruir o país, a bajular uma Troika para tentar ganhar um prémio de empregado do mês. Esta receita não funciona; foi tentada e aprofundá-la não tem sentido. A exaustão fiscal da economia e das pessoas é o pior dos caminhos», concluiu Catarina Martins.

    Já questionada pelos jornalistas sobre as divergências do CDS-PP em relação ao Orçamento apontadas pela comunicação social, Catarina Martins respondeu que os centristas não podem «fazer de conta que são o partido da oposição ao Governo».

    «Essa é uma figura que não existe. Ou se está no Governo ou não se está, o CDS está no Governo que está a programar a maior subida de impostos de sempre», frisou.

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  5. Cultura de Resistência
    O que uniu esta gente toda no dia 13 de Outubro foi um ato político, de resistência. Nunca se assistiu a tal sentimento de revolta e união dos agentes culturais. Texto de Alexandre Oliveira, produtor; Bruno Moraes Cabral, realizador; Carlos Mendes, músico; João Camargo, engenheiro; José Gema, fotógrafo; Paula Nunes, gestora de projetos culturais; Rui Franco, arquiteto, Sofia Nicholson, atriz. Publicado originalmente no Público.
    Artigo | 16 Outubro, 2012 - 14:37

    Os géneros mais diversificados sucederam-se em palcos ao ar livre em 23 cidades, dando lugar aos alinhamentos mais improváveis. Foto de Helena Oliveira Num mês, assistimos às maiores mobilizações da sociedade desde o 25 de Abril. Desde o 15 de Setembro, pessoas de todas as áreas juntam-se, organizam-se, fazem manifestações semanais sem precedentes. A manifestação cultural de 13 de outubro foi outro acontecimento histórico. Milhares de profissionais do palco, do som, da luz, da imagem, da música, da dança, do teatro, do circo, do cinema, da literatura, das artes performativas, das artes plásticas e da produção de espetáculo deram a cara e o seu trabalho contra o Governo, contra a austeridade. Com o apoio material de várias empresas e organizações do sector, construiu-se a maior manifestação cultural desde o 25 de Abril sem meios financeiros e num tempo recorde – dez dias.

    Os géneros mais diversificados sucederam-se em palcos ao ar livre em 23 cidades, dando lugar aos alinhamentos mais improváveis. Em Lisboa, na Praça de Espanha, foi uma autêntica maratona cultural desde as 17h, com abertura pela orquestra de mais de cinquenta músicos dirigidos pelo maestro Christopher Bochmann e os Toca a Rufar, até à meia-noite e meia, com Deolinda e o coro Acordai.

    Sem tréguas e de forma perfeitamente sincronizada, assistiu-se a tudo um pouco. Entre os Homens da Luta e o Quarteto Lopes Graça, ouviu-se entre outras jazz de Maria Viana e da Jazzafari Unit, Manuel João Vieira e canto lírico de Lúcia Lemos. Maria do Céu Guerra interveio com Essa Gente, poema de Ana Hatherly, entre muitos nomes do teatro, da televisão e do cinema, como Carla Bolito, Álvaro Faria, João Reis, Catarina Wallenstein, André Gago, Rui Morrisson, que leram textos e poesia. Ouviu-se a fadista Gisela João cantando à capela Os Vampiros, de José Afonso, no pôr do Sol, e muito mais tarde a Inquietação, de José Mário Branco, cantada por Camané e musicada pelos Dead Combo. Entretanto, passamos pelo punk-rock dos Peste e Sida, o hip-hop de Chullage, a música dos Balcãs dos Farra Fanfarra e muito pop-rock com Rádio Macau, a Naifa e Diabo na Cruz. A dança esteve também no palco, com Sofia Neuparth, Vera Mantero, Aldara Bizarro e um coletivo contemporâneo que se juntou para a manifestação.

    É impossível descrever tudo o que aconteceu neste dia 13 na Praça de Espanha. A projeção gigante no arco lembrou-nos quão indispensável é o serviço público de televisão e mostrou-nos imagens das mobilizações mais recentes contra o Governo. Dezenas de artistas circenses animaram o local entre as palavras de ordem do público contra a troika e o FMI. Dezenas e dezenas de milhares de pessoas passaram pela Praça de Espanha e puderam descobrir pela primeira vez um género, um autor ou cruzar-se naturalmente com uma personalidade das artes do espetáculo.

    O que uniu esta gente toda no dia 13 de outubro foi um ato político, de resistência. Nunca se assistiu a tal sentimento de revolta e união dos agentes culturais. "Que se lixe a troika - queremos as nossas vidas!" foi o mote, e foi muito mais além, contra o Governo, contra a tirania dos mercados financeiros, as políticas de austeridade e este Orçamento do Estado.

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  6. Pela união de todos os que são de Esquerda
    17 de Outubro de 2012 por Ricardo Santos Pinto

    Mira Amaral, antigo ministro de Cavaco, reformado dourado da Caixa e presidente de um Banco angolano vendido pelo Estado ao preço da uva mijona, veio hoje dizer que pertence à classe média, atacando de permeio todos os que se atreveram a criticar o actual Governo. «Os Governos do dr. Bagão Félix», disse ele.
    Também hoje, Francisco Van-Zeller, ex-presidente dos patrões e a senilidade em pessoa, vem dizer que o problema dos Estaleiros Navais de Viana é o sindicato comunista «violento» e a falta de qualificações dos trabalhadores. Não, o problema não é a falta de contratos, que uma Administração paga a peso de ouro teima em não conseguir. Não, a culpa, como sempre, é de quem trabalha.
    Ainda hoje, a Associação Cais, direccionada para os sem-abrigo, faz mais um apelo dramático nas redes sociais. Se em 2010 18% da população portuguesa estava em risco de pobreza extrema, imagine-se qual será a percentagem actual. Nem de propósito, a manchete de hoje do «Jornal de Notícias» anuncia 3 milhões de pobres em Portugal.
    E como isto é só o princípio – o princípio desta ofensiva contra os mais pobres e contra quem trabalha – está na hora de nos unirmos. Nós, os que somos de Esquerda. Sejamos militantes, votantes ou simpatizantes do Partido Comunista, do Bloco de Esquerda, do PCTP, de outro Partido de Esquerda ou de nenhum deles.
    Há muitas formas de lutarmos e de nos unirmos. Nas instituições políticas, na dita sociedade civil, em todos os palcos da luta. E nos blogues. Sim, nos blogues também. Por isso, deixemo-nos todos de merdas e vamos à luta. Porque o que nos une é sempre mais do que aquilo que nos separa.

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