quinta-feira, 11 de novembro de 2010

A caminho da Greve Geral # 2



Os Precários Inflexíveis não podiam ter escolhido um local mais simbólico para a sua acção de ontem.

Invadir o call center do Banco Espírito Santo (BES), que só no terceiro trimestre deste ano teve um lucro de 405,4 milhões de euros, é atacar directamente aqueles que nos arrastaram para esta crise e que continuam a lucrar com ela.



5 comentários:

  1. segunda-feira, 15 de Novembro de 2010
    A austeridade não resulta?

    …então acrescente-se mais austeridade. Esta é a conclusão das notícias do dia em relação à Irlanda, Portugal, Espanha e Grécia. O mais incrível é que, face aos claros riscos de contágio da crise, produto da amálgama que os mercados financeiros criam, estes países não conseguem articular-se minimamente numa tomada de posição comum. Espanha diz que não é Portugal (o nível da dívida pública é mais baixo). Portugal diz que não é a Irlanda (o nosso défice está a descer e os bancos estão de boa saúde). A Irlanda diz que não é a Grécia (não precisa do recurso ao fundo de estabilização europeu). A Grécia, entretanto, começou a falar de reestruturação da dívida. À porta fechada e sob comando dos credores, como é óbvio. E Portugal? Cá andamos entretidos com coligações, execução do orçamento e a fiar-nos na Virgem para que corra tudo bem. Perceber quem são “os mercados”, tentar refundá-los ou mostrar que cada contrato de dívida pública é um pau de dois bicos, não interessa. É perder tempo diz o presidente. Preocupemo-nos em ser bem comportadinhos. Pode ser que nos dêem uma côdea.

    Há ainda dúvidas quanto à justeza da Greve Geral?


    Publicada por Nuno Teles em 15.11.10 4 comentários

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  2. Domingo, 14 de Novembro de 2010
    Encontro :: As Amas da Segurança Social também estão com a Greve Geral
    A caminho da Greve Geral as trabalhadoras associadas na APRA (Associação das Profissionais de Regime da Amas), os Precários Inflexíveis e as advogadas Mónica Catarino e Sara Oliveira, juntaram-se, com mais alguns amigos e amigas, no Sábado dia 13 de Novembro. Quisemos estar todos juntos para pensar, para debater, para juntar ideias e solidariedades tendo como ponto de partida a luta das amas contra a perseguição levada a cabo pela Segurança Social. Neste encontro manifestaram-se diversas vozes, sobre as suas experiências concretas mas não só, a solidariedade e a necessidade de resposta conjunta por parte da totalidade dos trabalhadores foi também um tema central neste encontro que teve lugar em Chelas, junto ao Bairro do Armador (foto-galeria).


    Nós, Precários Inflexíveis, estamos com a Greve Geral desde o início da sua convocação. E continuaremos a estar, contribuindo com tudo o que estiver ao nosso alcance para a mobilização e fortalecimento da luta da totalidade dos trabalhadores. Sabemos que não estamos sós, somos muitos e diferentes os trabalhadores e as organizações que se estão a mobilizar para parar a produção do país no dia 24 e exigir direitos para quem trabalha ou já trabalhou uma vida inteira. Estamos na rua por uma aderência forte à greve de dia 24 e para sermos ainda mais fortes no combate que seguirá nos dias seguintes

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  3. Querem mesmo imitar a Irlanda?

    Olhem para este gráfico sobre a situação das finanças públicas irlandesas. Será que os moralistas das finanças públicas nacionais têm a lata de dizer que na Irlanda se deu um surto repentino de “despesismo” e tal? Enfim, o crescimento económico, tirado por uma brutal bolha imobiliária e por um modelo fiscal regressivo, assente no aligeiramento da carga fiscal sobre as empresas e sobre as pessoas, parte da famosa concorrência fiscal promovida pela ausência de coordenação na UE a este nível, provou ser ilusório e insustentável: o endividamento privado intenso criou a folga pública até à crise e parte do PIB consistiu em lucros que as multinacionais aí convenientemente registavam. Todo um modelo. Ainda há pouco tempo, todos os economistas neoliberais nacionais que eu ia encontrando por aí olhavam para a Irlanda com enlevo: imitem a Irlanda ou tornem-se um museu, bradava Thomas Friedman, seu herói, o das profecias de um mundo que supostamente seria plano. Viu-se.

    Agora a Irlanda está a ser pressionada a recorrer à “ajuda europeia”, eufemismo para um fundo mal amanhado e destinado a impor mais sacrifícios às populações das periferias. Portugal é arrastado no turbilhão da especulação. O colapso do sector privado, em especial do sector financeiro irlandês, gerou os brutais défices públicos. As políticas de austeridade irlandesas, pioneiras e intensas, tão elogiadas pelos Mira Amarais que quase monopolizam o debate público – “tiraram a Irlanda dos radares dos mercados”, lembram-se? – acentuaram o colapso e deterioraram ainda mais as finanças públicas. O “flexível” mercado de trabalho irlandês, que faz sonhar os economistas seguros do Banco de Portugal, assegura um desemprego que já vai nos 14%. Perfeito.

    Já agora: alguém me explica como é que os cortes dos rendimentos gerados pela austeridade aumentam a poupança? É sempre mais complicado: tudo o resto constante, o esforço do sector privado para reequilibrar os seus balanços gera correspondentes défices públicos e o esforço do sector público para reequilibrar o seu balanço gera correspondentes défices privados. Quem cede quando a economia colapsa? A Irlanda promete continuar a ser uma lição conjuntural e estrutural sobre as consequências da aplicação de todas as utopias neoliberais. Leiam o que Sandro Mendonça e Henry Farrel, a quem roubei o gráfico, escreveram sobre o milagre irlandês antes e depois da crise. Agora, e só para piorar, estamos perante a miopia de Merkel e de uma UE – leia-se o editorial de Helena Garrido – que agem como se só quisessem ver as periferias a arder. Isto vai acabar como sempre acabam as utopias liberais: mal.
    Publicada por João Rodrigues em 15.11.10 2 comentários

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  4. À venda por assinatura no site da Rubra, na Letra Livre ou numa “manifestação” perto de si:
    17, Manif de estudantes
    19, Conversa com Álvaro Bianchi

    20, Manif Anti Nato, na TAP, 14:30
    24, Greve geral – concentração de profs contratados em frente ao ministério, às 14:30
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    _Publicado em cinco dias \ sem comentários

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  5. 17 de Novembro: O início do nosso mini-PREC
    Publicado por Hugo FerreiraDez de Novembro de 2010. Os estudantes de Coimbra, reunidos em Assembleia Magna, aprovam uma moção exigindo que a Direcção Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC) se desvincule publicamente do projecto de normas técnicas das bolsas de estudo, subordinadas ao Decreto-Lei 70/2010, que havia assinado no penúltimo Encontro Nacional de Direcções Associativas. O motivo é simples: aquela DG/AAC estava já vinculada (por anterior decisão de Assembleia Magna) à exigência da revogação daquele diploma legislativo. Um exemplo de coerência que as bases estudantis impõem à sua elite dirigente, provando que o próximo dia 17 de Novembro não será apenas mais um dia para cumprir calendário no processo de luta e contestação, reiniciado à precisamente um ano.Para esse dia 17 de Novembro está convocada uma Manifestação Nacional de Estudantes do Ensino Superior e difícil é sintetizar os motivos pelos quais esta jornada de luta é desencadeada.Em primeiro lugar, os estudantes elevarão a sua voz contra os cortes efectuados na Acção Social, decorrentes da entrada em vigor daquele Decreto-Lei 70/2010, diploma inserido no segundo pacote de austeridade (PEC 2).

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