domingo, 5 de dezembro de 2010

O regresso do Macartismo



A campanha contra a WikiLeaks, intensificada desde a divulgação de mais de 250.000 mensagens diplomáticas norte-americanas, tem-se revelado uma verdadeira  tentativa de imposição de censura política aos conteúdos difundidos na internet.

Os sucessivos ataques aos servidores da organização, as pressões políticas e a colaboração de empresas como a Amazon (que deixou de alojar nos seus servidores o site fundado por Julian Assange) e a Paypal (site de pagamentos online que deixou de processar doações, feitas através do seu site, à WikiLeaks), são sinais reveladores de uma verdadeira ameaça à liberdade de expressão e de informação.

A forma como os vários governos pactuam com a perseguição censória à WikiLeaks, aliada ao silêncio dos líderes políticos perante apelos à eliminação física de Julian Assange, revelam o ressurgimento de um novo Macartismo, desta vez à escala global.

Perante os acontecimentos destes últimos dias, os cidadãos do mundo terão necessariamente de se começar a questionar sobre o que lhes reserva este mundo orweliano, comandado por um grande censor pronto a eliminar todos aqueles que se recusem a abdicar da liberdade.



Entrevista a Julian Assange, fundador da WikiLeaks, legendada em português


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