terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A cantiga é uma arma (contra Hosni Mubarak) # 6





"I heard them say the revolution won't be televised. Al Jazeera proved them wrong, Twitter has them paralysed."


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22 comentários:

  1. Praça Tahrir cheia como nunca
    A praça Tahrir registou hoje a sua maior manifestação desde o início dos protestos contra Mubarak. De um espaço de contestação, a praça transformou-se num local de celebração. Clique para visitar o dossiê Crise no Egito
    Margarida Mota e Jorge Simão, enviados ao Egito (www.expresso.pt)
    21:28 Terça feira, 8 de Fevereiro de 2011


    Comparativamente aos dias anteriores, era flagrante a presença de muitas mais mulheres
    Jorge Simão

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  2. Egito: Secretário geral da ONU deixa cair exigência de transição democrática "imediata"
    Lusa
    0:23 Quarta feira, 9 de Fevereiro de 2011


    Nova Iorque, 09 fev (Lusa) -- O secretário geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, deixou hoje cair a exigência de uma "imediata" transição democrática no Egito, preferindo apontar como cruciais mudanças "vigorosas" e um "processo ordeiro e pacífico".

    "Os detalhes desse processo [de transição] -- e mesmo o caminho futuro do seu país -- cabem inteiramente ao povo egípcio", disse hoje à imprensa Ban Ki-moon, após um briefing no Conselho de Segurança sobre as suas recentes visitas ao estrangeiro.

    "É essencial uma transição pacífica e ordeira. Espero que um diálogo genuíno entre os líderes e o povo leve ao começo desse processo", adiantou.

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  3. Egito: Vice-presidente avisa que protestos não serão tolerados por muito mais tempo
    Lusa
    23:55 Terça feira, 8 de Fevereiro de 2011
    Cairo, 08 fev (Lusa) -- O vice-presidente egípcio, Omar Suleiman, avisou hoje que "não é possível tolerar" a continuação dos protestos na praça Tahrir por muito mais tempo.

    Durante um encontro com jornalistas independentes, reportado pela agência noticiosa estatal MENA, Suleiman afirmou que a crise deve acabar o mais depressa possível, o que significa um crescente sinal de impaciência do regime com as manifestações, que duram há 16 dias.

    O vice-presidente assegurou que "o regime não vai acabar" e que o presidente Hosni Mubarak não sairá do poder imediatamente.

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  4. Conheça Frank Wisner Jr, o enviado de Obama para a “transição ordeira” no Egipto
    Terça, 08 Fevereiro 2011 16:37

    Frank Wisner Jr., o principal enviado do presidente dos Estados Unidos ao Cairo, chegou à capital egípcia na noite de 31 de Janeiro, véspera da jornada de luta que juntou mais de um milhão de pessoas na Praça da Liberdade. Diplomata reformado, foi indicado a Obama pelo Conselho de Segurança Nacional, tendo em conta a sua experiência na CIA e o facto de ser amigo pessoal do presidente egípcio Hosni Mubarak. Desde a sua chegada ao Cairo tornou-se claro que os Estados Unidos não defendem a demissão de Mubarak “já”.

    Barack Obama tem outros emissários no Cairo ajudando a preparar a “transição ordeira e pacífica” que garanta a “estabilidade do Egipto”.

    Frank Wisner Jr. é, porém, o enviado de excelência. A sua carreira de diplomata desenvolveu-se em paralelo com a actividade na CIA, sendo difícil distinguir onde começava uma e acabava a outra e vice-versa. Foi embaixador dos Estados Unidos no Cairo de 1986 a 1991, ainda na primeira fase do consulado de Hosni Mubarak, de quem ficou amigo pessoal. Tornou-se administrador do Commercial International Bank, com sede no Cairo, e assumiu o papel de lobista encartado do Egipto nos Estados Unidos.

    Wisner Jr. especializou a sua actividade de diplomata e de espião na vertente energética. Daí o facto de a carreira como embaixador ter sido dominada pela presença em países directamente associados a reservas petrolíferas e de zonas envolventes. Também participou activamente na instalação de refinarias em países onde exerceu cargos diplomáticos – a Índia é o exemplo de maior envergadura.

    A ligação à CIA era de família. O pai, Frank Wisner Sr., foi um dos fundadores da agência com Allan Dulles e, juntamente com este, um dos estrategos da doutrina de intervenção secreta dos Estados Unidos noutros países. Dirigiu os sangrentos golpes de Estado no Irão, em 1952, e na Guatemala, em 1954.

    Reformado como diplomata – um espião nunca se reforma – Frank Wisner Jr. foi depois gestor de uma filial (Enron Oil & Gas) do império Enron, cujo destino se conhece, e vice-presidente do também celebérrimo American Investment Group (AIG), o gigantesco grupo segurador infestado de “produtos tóxicos” na crise de 2008 e uma das tais instituições “que não podia falir” e que perdeu 95 por cento do seu valor, sendo salva pelos contribuintes.

    O principal enviado de Obama ao Cairo já tem amizades e descendência igualmente activas nos mundos da política e dos negócios. Através de proximidades familiares introduziu nos segredos da CIA um jovem francês ambicioso que vivia em Nova Iorque e depois abriu-lhe as portas da política francesa. De seu nome Nicolas Sarkozy, foi logo baptizado por George W. Bush “como o presidente mais americano da história de França”. Um dos herdeiros de Frank Wisner Jr. chefiou a campanha de Sarkozy nas eleições à Presidência na vertente anglo-saxónica; o outro herdeiro de Wisner é figura de proa no Carlyle Group, um fundo de investimento com uma longa história e clientes sonantes, entre eles as famílias Bush e Bin Laden.

    Reza a história que Frank Wisner Jr. contribuiu igualmente para que o seu também amigo Bernard Kouchner, que foi ministro francês dos Negócios Estrangeiros, arrastasser a União Europeia na criação e reconhecimento do protectorado do Kosovo.

    Como estratego e fundador da CIA, Frank Wisner Sr. comandou a chamada Operação Ajax, que em 1952 derrubou o presidente Mossadegh do Irão quando este nacionalizou o petróleo e assim proporcionou a “transição” para o regime do Xá.

    Quase 50 anos depois, Frank Wisner Jr. participa na “transição ordeira e pacífica” do regime do seu amigo Mubarak.

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  5. Revolução
    Produzido por Miguel Portas
    Sábado, 05 Fevereiro 2011 19:25
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    Partilhar1. Aprendi de pequenino que as revoluções ocorrem quando os de baixo já não aguentam e os de cima deixaram de poder. Parece simples, mas não é. Tais ocasiões não ocorrem todos os dias.

    2. Vários comentários a mensagens que tenho colocado no facebook a propósito do levantamento árabe dizem que “devíamos fazer o mesmo em Portugal”. Este tipo de desabafo terá boas razões, mas não a evidência da dita. No Sul do Mediterrâneo a forma da política é a revolução porque a opressão impedia que a luta contra a injustiça se pudesse manifestar através da palavra e do voto. Não basta um regime autoritário para que ocorra a revolução. É preciso que ele esteja decrépito e que o povo tenha perdido o medo. Mas não há revolução sem opressão e repressão.



    3. Os países têm histórias particulares e estas acabarão por influenciar o destino dos levantamentos populares. Mas esta revolução é árabe e desenvolve-se por contágio. Estamos a assistir a um sismo sem fronteiras e que reabilita um mundo oprimido aos olhos de si próprio e dos outros. Não é o twitter, o facebook ou a internet que marcam o dia e a hora das revoluções. Isso é “conversa florida”. A revolução tunisina e o levantamento egípcio são antigos, do tempo dos regimes autoritários e da pobreza extrema; e são modernos, de um capitalismo que produz desemprego de massa entre os jovens qualificados e por isso mais informados. Esta a força motriz de uma revolta feita revolução.



    4. Há anos, a conselheira de Estado de Bush filho, Condoleezza Rice, referiu-se às dores de parto do nascimento de “um novo Médio Oriente”. Este era o projecto estratégico que os ocupantes do Iraque levaram na bagagem. Não deixa de ser irónico que a promessa democrática dos invasores esteja finalmente a nascer, mas pela vontade dos povos. Se as praças vencem na Tunísia e no Egipto, elas contaminarão, de um modo ou de outro, todos os países árabes. Eis o que está longe de ser uma notícia tranquilizante para a administração norte-americana e para os governos da União Europeia. Ao longo de décadas preferiram os negócios à democracia e os ditadores aos pobres. Agora é tempo de contas à vida.



    5. O Egipto é um país nuclear. Decisivo no conflito israelo-palestiniano, tem ainda peso bastante para influenciar o curso dos preços em mercados estratégicos para o Ocidente. Não é por acaso que a Standard & Poor’s, depois da Moody’s, baixou as notas atribuídas à dívida egípcia, resumindo assim a sua posição: “Do nosso ponto de vista, a instabilidade política e as perturbações vão arrefecer o crescimento económico do Egipto e afectar as suas finanças públicas". Os ditos mercados não têm estados de alma. Para eles, uma ditadura, enquanto dure, é sempre preferível à incerteza democrática.

    Artigo publicado originalmente no semanário "Sol"

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  6. UE não acompanha a passada árabe
    Terça, 08 Fevereiro 2011 16:57

    As sociedades árabes estão a “despertar para a democracia” mas a União Europeia tarda em acordar para as novas realidades. Conclusão de um debate realizado em Bruxelas.



    O “despertar democrático das sociedades árabes” foi o tema do debate realizado terça-feira em Bruxelas pela Delegação para as Relações com o Mashreq do Parlamento Europeu em conjunto com a Comissão dos Assuntos Externos. Vários deputados presentes na sala defenderam, contudo, que os recentes acontecimentos no Egipto e na Tunísia não surgiram de modo independente, são antes consequência de um processo global que tem vindo a desenvolver-se nos últimos amos como resultado da frustração dos povos em relação às suas aspirações na vida social, política e económica. Além disso, de acordo com os eurodeputados, o processo democrático deve prosseguir com o profundo envolvimento da União Europeia e não apenas através de palavras.

    “O primeiro capítulo da Política de Vizinhança da União Europeia coloca a democracia e os direitos humanos como prioridades, mas simplesmente essas questões não têm sido seguidas como deve ser”, declarou o presidente da Comissão do Mashreq

    “Mesmo com o povo ainda nas ruas, há carências estruturais que a União Europeia deve ajudar a resolver imediatamente”, disse Kamel Jendoubi, presidente da Rede Euromediterrânica para os Direitos Humanos, citando como exemplo “o envio de observadores dos direitos humanos para o Egipto, a liberdade de expressão em todo o mundo árabe e a libertação de jornalistas e actores políticos, uma investigação imparcial da situação no país, estabelecimento de autoridades que assegurem efectivamente a transição para eleições livres e também o apoio financeiro à mudança democrática”.

    Hugues Mingarelli, director para o Médio Oriente e a Vizinhança Sul do Serviço Europeu de Acção Externa explicou que uma delegação da União Europeia se avistou já com três representantes do governo interino da Tunísia e está a reunir peritos institucionais que possam ajudar no processo eleitoral; admitiu, contudo, que a União Europeia tem sido ambígua em relação ao Egipto e à Tunísia e que a comunicação do Serviço de Acção Externa falhou. Existem várias questões que não estão a ser claramente abordadas tais como “a necessidade de processos de transição imediatos e a determinação da União Europeia em acompanhar todo o processo”, confessou Mingarelli. Acresce que as reuniões com os actores da sociedade civil e organizações de jovens e mulheres já se deveriam ter realizado e que temas como parceria, mobilidade e políticas de coesão têm ainda que ser desenvolvidas, lembraram eurodeputados.

    “Quando para debater o futuro temos que olhar para o passado e ver como as relações comerciais da União Europeia se sobrepuseram às vontades dos povos é extremamente importante que o movimento popular no Egipto possa ‘contaminar’ de maneira positiva outros Estados árabes, nomeadamente a Palestina”, comentou Marisa Matias, eurodeputada do GUE/NGL eleita pelo Bloco de Esquerda.

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  7. UE adopta recomendações de Washington ao regime egípcio
    Segunda, 07 Fevereiro 2011 19:54

    O Conselho Europeu reunido em Bruxelas adoptou uma declaração sobre os acontecimentos na Tunísia e no Egipto defendendo que neste país deve “começar agora” uma “transição ordeira para um governo de base alargada”.



    A declaração segue, em linhas gerais, que posições que têm sido tomadas pela Administração Obama e condena “a violência e todos os que usam e encorajam a violência” evitando atribuir responsabilidades e nomear responsáveis.

    Os chefes de Estado e de governo dos 27 apelam às “autoridades egípcias” para “acolherem as aspirações do povo do Egipto com reformas políticas e não com repressão”. Saúdam os povos da Tunísia e do Egipto pela “expressão pacífica e digna das suas aspirações legítimas” que “estão de acordo com os valores que a EU promove para si própria e através do mundo” e defendem “o diálogo e reformas políticas com todo o respeito pelos direitos humanos e liberdades fundamentais através de eleições livres”. Afirmam também que a transição deve ser feita em direcção à “governação democrática, pluralismo, desenvolvimento de oportunidades para a prosperidade económica e a inclusão social, reforçando a estabilidade regional”.

    O Conselho Europeu declarou-se “empenhado numa nova parceria” capaz de promover “um apoio mais efectivo no futuro” aos povos da Tunísia e do Egipto através da Política Europeia de Vizinhança e da União para o Mediterrâneo.

    A Alta Representante para a Política Externa foi encarregada pelo Conselho de elaborar um pacote de medidas de apoio à transição e aos processos de transformação. A Alta Representante, juntamente com a Comissão, foram incumbidas de “adaptar os instrumentos da União para fornecer a ajuda humanitária possível, estimular a cooperação, as trocas e o investimento”, incluindo um estatuto avançado para a Tunísia.

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  8. Hague na Tunísia aproveita a “grande oportunidade”
    Terça, 08 Fevereiro 2011 11:54

    O ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, William Hague, está em viagem à Tunísia e outros países árabes porque se vive “um tempo de grande oportunidade”, segundo um dos seus porta-vozes.

    Hague, antigo chefe do Partido Conservador derrotado em eleições, avistou-se em Tunis com o primeiro ministro, Mohammed Ghannouchi, e com o ministro da Cooperação Internacional, Nouri Jouini. O Foreign Office não divulgou a lista de outros países incluídos na viagem ministerial, mas sabe-se que Hague não irá ao Cairo porque “não é o tempo certo para o fazer porque decorrem negociações entre o governo e a oposição”.

    Mohammed Ghannouchi, o primeiro ministro em exercício na Tunísia, foi sempre um colaborador da máxima confiança do presidente deposto Ben Ali e chefiou o governo por 11 vezes. Prometeu que convocará eleições livres dentro de seis meses e que a seguir se afastará da política.

    William Hague considera que a realização desta viagem é oportuna porque se realiza num período de “maior abertura política e desenvolvimento económico”.

    O Reino Unido, a par da generalidade dos países da União Europeia, manteve desde sempre excelentes relações políticas, económicas e militares com vários regimes autocráticas do Norte de África e Médio Oriente.

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  9. Presidente do Iémen recua perante os protestos nas ruas
    Quarta, 02 Fevereiro 2011 16:10
    O presidente do Iémen, Ali Abdullah Saleh declarou na quarta-feira que suspende as mudanças constitucionais que lhe permitiriam exercer o cargo de forma vitalícia.



    Ali Abdullah Saleh recebendo uma aliada

    Numa sessão de emergência do Parlamento e do Conselho Consultivo, o dirigente iemenita anunciou também que exclui a possibilidade de o filho lhe suceder no cargo.

    As decisões do presidente foram anunciadas na véspera do “dia da ira”, manifestações que dirigentes da oposição e grupos da sociedade civil marcaram para quinta-feira. “Rejeito a regra da hereditariedade e a presidência vitalícia”, prometeu Ali Abdullah Saleh pedindo em troca ao Forum Comum, coligação promotora dos protestos, que os suspenda.

    Saleh , de 68 anos, é presidente do Iémen há décadas e termina o mandato actual em 2013. Os seus opositores acusam-no de estar a preparar o filho mais velho, Ahmed, para lhe suceder. Ahmed é o actual comandante da Guarda Republicana, uma unidade de elite do exército.

    A tensão cresceu no país depois de o Parlamento, dominado pelo Congresso Geral do Povo (CGP), ter aprovado uma emenda constitucional que permitiria ao presidente manter-se no cargo durante toda a vida. Reeleito em Setembro de 2006 para um novo mandato de sete anos, Ali Abdullah Saleh anunciou agora no Parlamento que “congela as alterações constitucionais” e adiará as eleições previstas para a Primavera. A oposição boicotou a sessão parlamentar.

    Depois de os protestos terem explodido, na segunda-feira o presidente anunciou aumentos de salários, reduções de impostos, a extensão da segurança social e a criação de um fundo destinado a criar empregos para licenciados universitários. O desemprego é uma questão chave na sociedade iemenita.

    O presidente lançou igualmente um apelo à oposição para reiniciar o diálogo com o objectivo de formar um governo de unidade. O mandato do actual Parlamento fora prorrogado por dois anos, até Abril próximo, de modo a proporcionar o diálogo sobre as reformas políticas.

    As conversações, porém, fracassaram quando as autoridades marcaram eleições gerais para 27 de Abril sem que o processo de diálogo fosse dado por concluído e depois de a comissão especial sobre as reformas políticas se ter reunido apenas uma vez.

    As reformas em discussão prevêem a transição de um regime presidencial para um sistema de representação parlamentar proporcional com descentralização governamental, medidas que ainda não estão prontas para ser aplicadas.

    O regime de Ali Abdullah Saleh enfrenta actualmente uma oposição decidida a alterar o regime, tendências separatistas no Sul, uma rebelião no Norte do país e a presença de grupos armados alegadamente relacionados com a Al-Qaida e que têm levado os Estados Unidos a reforçar o apoio militar ao presidente e à sua ditadura.

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  10. Protestos fazem cair governo da Jordânia
    Terça, 01 Fevereiro 2011 13:57
    O rei da Jordânia demitiu o governo e nomeou Marouf Bakhit como novo primeiro ministro com o objectivo de concretizar “verdadeiras reformas políticas”.



    Milhares de manifestantes têm vindo a exigir durante os últimos dias a mudança de governo e a substituição do primeiro ministro, Samir Rifai, principalmente devido às subidas de preços de bens essenciais e ao desemprego.

    No quadro das manifestações, os grupos islamistas mais poderosos afirmaram que não defendem a substituição da monarquia.

    Um comunicado do palácio real anunciou que o rei Abdullah aceitou a demissão de Rifai e definiu a missão do novo chefe de governo como a de dar “passos rápidos e tangíveis para lançar verdadeiras reformas políticas, proporcionar uma viragem democrática e garantir vidas seguras e decentes para todos os jordanos”.

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  11. Horas de mudança e dúvida no Líbano
    Terça, 25 Janeiro 2011 15:09
    Partilhar O presidente libanês indigitou o dirigente sunita Najib Nikati para formar governo depois de este ter garantido uma maioria parlamentar de 68 deputados em 128, incluindo os representantes do Hezbollah.



    “É um processo democrático, quero salvar o meu país”, afirmou Nikati, um poderoso homem de negócios de Tripoli (norte do Líbano) e antigo primeiro ministro, considerado neutro em relação à linha política sunita tradicional do ex-primeiro ministro Saad Hariri, de origem saudita e apoiado pelos Estados Unidos.

    Nikati afirmou ainda que pretende formar um governo de unidade nacional, a exemplo do seu antecessor. Entre os apoiantes do novo primeiro ministro estão os xiitas do Hezbollah, os sunitas do Amal e independentes, várias facções cristãs, designadamente a do antigo presidente Michel Aoun, e os drusos do Partido Socialista Progressista do histórico Wallid Jumblatt.

    A designação de Najib Nikati segue em absoluto as normas constitucionais, que atribuem o cargo de primeiro ministro a um representante da comunidade sunita. Um porta-voz do Departamento de Estado norte-americano afirmou desde logo que se o novo governo representar um aumento de influência do Hezbollah nos assuntos libaneses o apoio de Washington poderá ser “problemático”.

    Nikati é dado como tendo boas relações com a Síria e também com o ex-primeiro ministro Hariri, que, no entanto, mobilizou imediatamente apoiantes para protestarem violentamente contra a indigitação. O ex-primeiro ministro motiva os seus apoiantes explorando antagonismos em relação à comunidade xiita, pretendendo isolar o Hezbollah, actualmente o mais influente partido libanês.

    O governo de Saad Hariri caiu porque o primeiro ministro não quis desligar-se do apoio ao tribunal internacional que se prevê vir a acusar dirigentes do Hezbollah como responsáveis pelo assassínio de Rafic Hariri, antigo primeiro ministro e pai de Saad. O grupo xiita garante que não teve envolvimento no crime e que o tribunal não dispõe de quaisquer provas incriminatórias, estando a ser controlado pelos Estados Unidos e Israel.

    Nikati iniciou consultas para a formação do governo.

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  12. ?On the situation in Tunisia and Egypt
    "European authorities seem to have learned from Tunisia and were quicker to condemn violence in Egypt" said Marie-Christine Vergiat MEP (France). "Let us beware of interference and be firm on all violations of human rights. The EU has lost a lot of credibility in many countries in the region. It must be humble while being attentive to the needs of real people."



    According to Willy Meyer MEP (Spain ) "The EU must revisit its neighbourhood policy - we're more concerned with signing free trade agreements than human rights. The problem is that the EU is not stepping up to support the people on the streets and this applies all over the Arab world. People can no longer stand autocracy; we must support them and live up to the expectations placed on us by our neighbourhood policy."



    "We express our strong support for and solidarity with the Egyptian people and their legitimate struggle for freedom and justice" concluded Takis Hadzigeorgiou MEP (Cyprus). "At the same time, we must closely monitor the impact that Muslim fundamentalism could have in Egypt and the Middle East."

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  13. Egipto: protestos cercam o Parlamento
    No 16º dia de mobilização, manifestantes exigem que Mubarak seja julgado pelas responsabilidades sobre a repressão do regime. Suleiman diz que “o Egipto ainda não está preparado para a democracia”.
    Artigo | 9 Fevereiro, 2011 - 16:03

    Manifestante diz que Mubarak é ladrão, ditador e assassino. Foto de Maggie Osama
    As manifestações pelo fim do regime de Mubarak no Egipto ganharam um novo impulso esta quarta-feira, quando milhares de manifestantes se concentraram diante da sede do Parlamento no Cairo, protegidos por tropas e veículos blindados. Os manifestantes bloquearam os acessos, sentando-se no chão. Ali perto, a praça Tahrir continuava cheia de manifestantes, no 16º dia de protestos contra o governo.

    Desta vez, os manifestantes não só pediram a demissão do presidente, como exigiram que ele seja levado a julgamento devido às responsabilidades pela repressão que se abateu sobre o povo egípcio nos últimos 30 anos.

    O governo ofereceu reformas constitucionais e Hosni Mubarak prometeu não se apresentar à reeleição em Setembro ou fazer de seu filho seu sucessor, mas o presidente diz que pretende permanecer no cargo até o final de seu mandato.

    Suleiman: “Egipto ainda não está preparado para a democracia”

    Na noite de segunda-feira, o vice-presidente Omar Suleiman, ex-chefe dos serviços secretos, que coordena as negociações para uma suposta transição, declarou que o Egipto “ainda não está preparado para a democracia” e advertiu que há perigo golpe de Estado se as reformas constitucionais que uma comissão irá discutir não tiverem êxito.

    Suleiman também começou a agitar o fantasma do medo do islamismo radical, em contradição com as iniciativas de negociações com a Irmandade Muçulmana.

    Entretanto, o governo dos Estados Unidos, através do vice-presidente americano, Joe Biden, pediu na terça-feira que o Egipto acelere o processo de reformas democráticas no país e suspenda imediatamente o estado de emergência.

    Biden conversou com Omar Suleiman por telefone, e endureceu o tom nesta última conversa. Para Biden, a transição para um governo mais amplo deveria produzir um progresso “imediato e irreversível”, e o poder do Ministério do Interior deve ser contido imediatamente. A Casa Branca quer também que haja uma política clara de não retaliar contra os manifestantes.

    O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, afirmou que as declarações de Suleiman de que o Egipto ainda não está pronto para a democracia foram “particularmente de pouca ajuda”.

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  14. Táctica revolucionária
    por Pedro Viana

    Ainda não é de todo certo que a revolta em curso no Egipto se transforme numa revolução. Em parte, porque a maioria dos manifestantes parece ainda não ter compreendido que não basta gritar palavras de ordem numa praça para fazer cair um regime oligárquico. É preciso ocupar os assentos simbólicos do Poder. Felizmente, alguns egípcios chegaram a esta mesma conclusão, e resolveram bloquear o acesso à assembleia legislativa egípcia. Pena é que não tivessem logo optado pela sua ocupação. Tal teria finalmente tornado mais claro de que lado está o exército egípcio: iria usar da força para desocupar a assembleia ou nada faria, deslegitimizando de vez todo o regime egípcio? Agora a assembleia está cercada por tropas egípcias, confortáveis no seu papel de árbitro passivo. Entretanto, continua a luta entre diferentes facções oligárquias no seio do regime egípcio, como o Miguel Madeira aqui assinalou. Efectivamente, para já as manifestações tiveram como único efeito o enfraquecimento duma dessas facções (Gamal Mubarak e os seus amigos) relativamente à outra (Soleiman e os seus amigos). A sua continuação levará à queda final de Hosni Mubarak e seus acólitos, mas não mudará a natureza oligárquica do regime. Nem a vassalagem que presta aos EUA e Israel. Para que este não seja o desfecho final, é preciso passar das palavras de ordem no espaço público aos actos de ocupação do espaço privado (controlado pela oligarquia) e sua transformação em espaço público. É preciso efectivar a Revolução.

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  15. Mudanças no mundo árabe
    10 de Fevereiro de 2011 | Escrito por Carlos Esperança
    São tão profundas as modificações que se adivinham no mundo árabe que é impossível o regresso ao passado. As alterações da região apanharam o mundo de surpresa. Nem os EUA, nem a Europa, nem os próprios regimes se deram conta da pressão social que teve a primeira explosão em Tunes e percorreu o mundo árabe, com particular veemência no Egipto.

    Os árabes são o único povo que no seu conjunto nunca conheceu a democracia. É difícil saber a dimensão das alterações produzidas pela globalização e a influência do turismo, mas não é difícil adivinhar a revolução dos costumes que o contacto com outros povos e o acesso à Internet vieram provocar.

    A região nunca mais será a mesma. Resta saber se a religião permanece inalterável e as mesquitas e madraças não se sobrepõem ao cosmopolitismo e ao saber universitário. O vice-presidente egípcio já ameaçou pôr termo às manifestações numa tentativa de salvar o regime e o próprio Mubarak, que ainda mantém o poder, com o único sacrifício da herança dinástica que reservava para o filho.

    O facto de ser a primeira vez que cristãos, muçulmanos, livres-pensadores, mulheres e jovens se unem numa aspiração comum – o derrube da ditadura –, pode ser o prenúncio de uma convivência que não seja vigiada pelas mesquitas e pela polícia e converter a Praça Tahrir no símbolo da liberdade árabe.

    Apesar do perigo islâmico, da instabilidade que afectará a própria Europa e da extensão das convulsões árabes, vale a pena apostar nesta revolução de natureza democrática.

    Sabemos que o petróleo e a religião são uma mistura explosiva. Resta saber se vencerá a onda democrática em curso, como a que varreu os países da Europa do Leste, após a queda da URSS, ou o retrocesso violento como o que substituiu o execrável Xá do Irão por uma abominável teocracia.

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  16. The tide is changing for the army
    By Issandr El Amrani February 10, 2011 at 1:20
    When the uprising began in Egypt and tanks deployed on the streets on January 28, the military was initially welcomed. Perhaps many thought it had carried out a coup against Mubarak (in fact it probably partially has), and many more still cherished the myth of the Egyptian army triumphant in 1973 after the defeat of 1967. Things began to turn last week when the army stood and did nothing while pro-Mubarak thugs attacked the crowd in Tahrir. The protestors issued an ultimatum to the army to pick its side: with them, or with Mubarak. The army has still done nothing. Then, over the weekend, military police (and probably military intelligence) were deployed to beef up security on the streets. It then came out that they have been arresting dozens if not hundreds of people, and began raiding the offices of human rights activists and visiting the homes of people asking to poke around their computers.

    The Guardian has two important stories on this today. One is a personal account by one of their correspondent, Robert Tait, about torture taking place in the last few days. The other is a straight news story citing human rights activists about this growing campaign carried out by the military:

    The Egyptian military has secretly detained hundreds and possibly thousands of suspected government opponents since mass protests against President Hosni Mubarak began, and at least some of these detainees have been tortured, according to testimony gathered by the Guardian.

    The military has claimed to be neutral, merely keeping anti-Mubarak protesters and loyalists apart. But human rights campaigners say this is clearly no longer the case, accusing the army of involvement in both disappearances and torture – abuses Egyptians have for years associated with the notorious state security intelligence (SSI) but not the army.

    The Guardian has spoken to detainees who say they have suffered extensive beatings and other abuses at the hands of the military in what appears to be an organised campaign of intimidation. Human rights groups have documented the use of electric shocks on some of those held by the army.

    Word of this is going to spread and will begin to counter the dominant narrative in Egyptian media about the people and the army being one. The longer this crisis persists, the more difficult for the army to continue either playing a double game or sitting on the fence. With Omar Suleiman's threats of coups and the protests spreading to work stoppages across the country, decision time will be coming for the protestors to make up their minds about the army (or launch a more pronounced campaign to persuade commanders), for the army's leadership to decide how it will proceed in a context where it is losing control, and for rank-and-file in the military to decide where they stand in all this.

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  17. Syria and Facebook, cont.
    By Issandr El Amrani February 10, 2011 at 1:15 PM Share
    The Guardian's Ian Black has this important tidbit on Syria post-Facebook unbanning:

    Syrian users have now been blocked from entering the word "proxy" in any search engine and any page with the word "proxy" in the URL address will not open. Syrians, in short, have lost internet anonymity. "Under the guise of lifting restrictions on the internet, the authorities have in fact tightened their control," warns Malik al-Abdeh of London-based Barada TV. "No sane internet user will enter the now unblocked Facebook and visit a page that contains criticisms of the regime, or, worse still, a page that organises demonstrations as the Egyptians and Tunisians have done. The irony is that Syrian internet users are actually better off under the old system. Unblocking Facebook while cracking down on proxies and https, and maintaining the same censorship apparatus run by the secret police, is totally meaningless." Not much sign, then, of a revival of the short-lived Damascus spring of Bashar al-Assad's early days.

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  18. Greves alastram pelo Egipto
    Trabalhadores estão a dar uma nova dimensão aos protestos contra o regime de Mubarak, reivindicando melhores salários e condições de trabalho. O vice-presidente Suleiman diz que não vai tolerar desobediência civil.
    Artigo | 10 Fevereiro, 2011 - 15:48

    O vice-presidente Suleiman anunciou que não vai tolerar "nenhuma forma de desobediência civil". Foto de страстная власть, FlickR
    As greves de trabalhadores egípcios estão a espalhar-se pelo país e a dar uma nova dimensão aos protestos contra o regime de Mubarak. Os sindicatos apelaram novamente à greve esta quinta-feira, pelo segundo dia consecutivo, e o 17º de protestos pró-democracia.

    Metalúrgicos e trabalhadores de cinco estaleiros, em empresas estatais e na Egyptian Steel, na região da Autoridade Portuária do Canal de Suez, estão em greve e realizaram manifestações, reivindicando direitos que alegam que lhes são negados.

    Aly Hussein, trabalhador de um dos estaleiros, disse ao Al Ahram que a empresa recusa-se a garantir assistência a trabalhadores que sofrem de doenças cronicas e que, apesar da doença, são obrigados a continuar a trabalhar. Cerca de 1.500 trabalhadores participam da paralisação.

    Na Fábrica Nacional de Aço, os 500 trabalhadores acusam a gerência de não respeitar direitos. “Aqui, trabalhamos há seis anos sob condições ilegais e desumanas, e nada muda. Não continuaremos calados” – disse o metalúrgico Mohammed Sayed, ao mesmo jornal egípcio.

    Por sua vez, os trabalhadores da Egyptian Steel manifestaram-se e bloquearam a estrada que dá acesso à fábrica denunciando que o seu salário é o mais baixo do país, embora trabalhem em condições insalubres, expostos a altos índices de poluição.

    No Cairo, segundo a TV Al Jazira, cerca de 5000 médicos e estudantes de medicina juntam-se esta quinta-feira aos grevistas, exigindo melhores salários.

    Lutar por melhores salários e condições de trabalho

    “Está a aumentar a pressão sobre o governo. É preciso perceber que as greves que estão a acontecer são mais de natureza económica. As pessoas não estão propriamente a entrar de pé juntos para os protestos na Praça Tahrir... muitas delas não estão propriamente a pedir a demissão do Presidente, mas antes a lutar por melhores salários e melhores condições de trabalho”, relatou a repórter Stefanie Dekker.

    Estima-se que cerca de 20 mil operários fabris em todo o Egipto estejam em greve pelo fim das diferenças salariais, e reivindicando os aumentos de 15% que foram prometidos pelo Estado aos funcionários públicos.

    Na quarta-feira, os trabalhadores da empresa estatal de electricidade concentraram-se, exigindo a demissão do director da empresa.

    Suleiman ameaçador

    Entretanto, os militares, com colunas de blindados, tomaram na manhã desta quinta novas posições nos arredores do Cairo, na Cidade Nasr, ameaçando as manifestações que estão convocadas para esta sexta-feira.

    As movimentações ocorreram poucas horas depois de o vice-presidente Omar Suleiman ter dito que há a possibilidade de haver um golpe de Estado, sem especificar quem o daria. Suleiman rejeitou a saída imediata de Mubarak e disse que os protestos constituem uma "absoluta e intolerável falta de respeito" pelo presidente, que os egípcios têm falta de cultura democrática, e anunciou que não vai tolerar "nenhuma forma de desobediência civil".

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  19. Jason N. Parkinson – Blogue de um repórter freelance no Egipto contra o jornalismo pornográfico da Márcia Rodrigues
    10 de Fevereiro de 2011 por Renato Teixeira
    Este é o seu blogue onde poderá ver alguns dos vídeos que revelam os factos mais importantes das últimas duas semanas: a estratégia de terror do regime; a contratação de mercenários; a intimidação aos jornalistas; as sucessivas batalhas da Praça Tahrir e a força incomensurável da revolução em curso. Jason está a trabalhar como independente e pede que quem possa financie a sua continuidade no território. Não vejo outra maneira de se fazer jornalismo num tempo em que as corporações só enviam jornalistas no tempo e na hora dos banhos de sangue e cujo critério não é nem a qualidade como repórter nem o conhecimento do terreno. Se não for o leitor, o ouvinte ou o espectador, em regime cooperativo, a assumir os custos da informação livre, o que nos chega nos canais habituais vai continuar, na esmagadora maioria dos casos, a manter a nossa cabeça limitada aos interesses dos patrocinadores e à masmorra do pensamento único do jornalismo pé-de-microfone ou do jornalismo pornográfico. Lamentavelmente os nossos impostos estão a ser canalizados para que a RTP continue a apostar em pessoas como a Márcia Rodrigues e a financiar a cobertura a revolução a partir do Mena House Hotel incapaz de nos dar mais do que a terceira pessoa do Mubarak ou reportagens sobre as pirâmides do Egipto.

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  20. Mena House Oberoi
    The Mena House Oberoi is one of the most unique hotels in Cairo, with its own rich and colourful history. Surrounded by 40 acres of verdant green gardens, this palatial hotel is located in the shadows of the Great Pyramids of Giza in Cairo.

    The royal history of the hotel is reflected in luxurious interiors that are embellished with exquisite antiques, handcrafted furniture, original work of arts and magnificent antiques that are rarely found in luxury hotels. Mena House Oberoi has played host to kings and emperors, Heads of State and celebrities.

    The Mena House Oberoi located 700 meters from these wonders of the ancient world offers unmatched views of the pyramids. You can gaze upon the magnificence of the pyramids from your rooms at sunrise and sunset. After dinner at one of the many restaurants, you can return to see them lit up for your private viewing pleasure.

    An ideal location for meetings in Cairo, the hotel’s banquets and conference centre offer venues for weddings, receptions and meetings ranging from 50 to 1000 guests.

    Recreation options at the hotel include a heated swimming pool, a fully equipped Fitness Centre and Spa.

    Regarded as one of the leading luxury hotels in Cairo, the hotel combines the magical charm of a bygone era with unrivalled service fit for royalty. Your interlude at the hotel promises to be a journey of discovery, exploring Cairo’s ancient treasures and unravelling the many mysteries of Egypt’s past.

    Note:
    Mena House Oberoi is undergoing a process of renewal as we enhance existing facilities and add new services. Our work schedule ensures minimal impact on your experience. We limit all work between 9:00 a.m. and 7:00 p.m. The Mena House Oberoi Golf Course is set to reopen in the summer of 2011. It is one of the few hotels in Cairo with a golf course. Enthusiasts can tee off at the 9 hole golf course which is located in the shadow of the Great Pyramids

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  21. The Battle For Cairo
    Following three days of peaceful mass protest, which ended in as many as eight million marching across Egypt and President Mubarak announcing he would not stand for re-election in September, Wednesday 2 February became the defining day for the Egyptian revolution.

    Thousands of pro-Mubarak supporters massed outside the heavily defended state television centre. All the video I shot of the pro-demonstration was taken from the bridge due to the hostility of the crowd.

    When we arrived there I was grabbed by one supporter, who tried to force me to pray to Allah. When I refused he accused me of being Israeli. This drew the attention of other supporters around him and it looked like I was about to be lynched, so we made a swift exit.

    And it wasn't long before the pro-Mubarak supporters were lynching people. As their march reached our hotel we tried to exit to start filming. Within seconds a group of 20 protestors started attacking a small group of women. One woman started running for the hotel door. We were pulled inside by the door security and they locked the door. We saw the woman's screaming face smash into the glass. Arms and legs lashed out at her and she went down. The punches and kicks continued. The image of her terrified face is something I will never forget.

    That incident also led to the initial coverage of this event from the hotel room with a barricaded door, as the area surrounding the hotel was swarming with thousands of Mubarak supporters. And we had already been pointed out as anti-Mubarak at the beginning of the protest, by a gang of what we believed were plain clothes police.

    After several hours of fighting the pro-Mubarak protestors were pushed back and the Tahrir Square protestors quickly erected barricades. By nightfall elements, now known to be police, in the pro protestors opened fire with automatic rifles. The all too familiar crackle of AK-47 rounds sounded just 200 metres down the road as the battle went on into the night. More than a thousand were injured. Seven people were beleived to have been killed, all by gunfire.

    (c) Jason N. Parkinson/reportdigital.co.uk

    Please contact Report Digital to access this material and the extensive six-year video archive.
    Posted by Jason Parkinson

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  22. 10/02/11
    O fim de Mubarak?

    por Miguel Madeira



    Al Jazeera Live blog:

    5:39pm: Huge chant, Tahrir Square seemingly in unison, shouting: "The army and the people in one hand - the army and the people are united."

    5:35pm: Ayman Mohyeldin, Al Jazeera's correspondent, reports: "Now, for the first time, we are getting the sense that senior military officers are discussing 'national issues', which is a very significant development indeed."

    5:30pm: "Ambiguous" statement from military confirms its “commitment and responsibility to safeguard the people and to protect the interests of the nation, and its duty to protect the riches and assets of the people and of Egypt”. Mentioned the demands of the people are “lawful and legitimate”. Understood the military council met separately from Mubarak.

    5:23pm: NDP Secretary General Hossam Badrawi says he expects Mubarak to respond to the demands of the people before Friday. An official statement from the military is imminent.

    5:20pm: A senior military commander is reported to have told protesters that all their demands will be met, but no official confirmation is yet available

    5:15pm: Al Jazeera’s Hoda Abdel-Hamid, reporting from Cairo, confirmed the new demands of those in Tahrir Square include the entire administration to resign – not just President Mubarak. They want a one-year transitional period before full parliamentary elections - during which a three-person presidential council should run the country while a panel of experts write a new, permanent constitution – taking advice from opposition groups and senior, high-profile Egyptians, including the Muslim Brotherhood.

    5:09pm: The Supreme Council of Egyptian Armed Forces is meeting to study its position toward the ongoing crisis

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