quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Reviralhos Sound System # 17 (edição especial)



Anouar Brahem – "Kashf" (1998)




Anouar Brahem – "Mazad" (1998)




Anouar Brahem Trio - "Astrakan Café" (2000)




Anouar Brahem Trio – "Halfaouine" (2000)




Anouar Brahem - "Toi Qui Sait" (2002)




Anouar Brahem - "Vague / E La Nave Va" (2006)




Anouar Brahem - "The Astounding Eyes of Rita" (2009)



4 comentários:

  1. Egipto: “Dia da partida” de Mubarak
    Centenas de milhares de egípcios na praça da Libertação, no Cairo, exigem a demissão do presidente. Contra-manifestantes pró-ditadura desapareceram. EUA estariam a negociar transição sem Mubarak.v
    Artigo | 4 Fevereiro, 2011 - 13:09

    Clima na praça é de alegria e confiança na saída de Mubarak. Foto de Iman Mosaad, FlickR
    No final das orações do meio-dia esta sexta-feira, centenas de milhares de pessoas concentradas na Praça da Libertação (Tahrir), no Cairo, gritaram “Não saímos até que ele saia”, referindo-se ao presidente Hosni Mubarak. Os manifestantes anti-Mubarak não encontraram até agora oposição de contra-manifestantes, como ocorrera nos dias anteriores, e as orações decorreram pacificamente. O ambiente mudou com o fim da violência e há alegria e confiança na saída de Mubarak, neste dia que foi baptizado pela oposição como o “Dia da partida”. O Exército ampliou o controlo da acesso à praça, identificando os manifestantes um a um.

    No início da manhã, o ministro da Defesa, Mohamed Husein Tantaui, foi à praça Tahrir e discursou à multidão cercado por soldados, afirmando que tudo estava sob controlo. O ministro reiterou o pedido de um diálogo com a oposição e reafirmou que "Mubarak já disse que não voltará a concorrer às eleições de Setembro".

    Na quinta-feira, Mubarak disse à rede de televisão americana ABC que estava farto do poder, mas que não podia sair porque senão viria o caos.

    Obama negoceia transição

    Mas a administração Obama estaria, segundo o New York Times pela primeira vez a admitir que uma das saídas para a crise é a imediata demissão do presidente. O presidente americano já afirmara que a transição política para a democracia deve "começar já". O jornal afirma agora que uma das propostas discutidas entre a Casa Branca e altos funcionários egípcios seria a de conseguir uma imediata transmissão do poder de Mubarak a um governo provisório encabeçado pelo vice-presidente Omar Suleiman, que foi chefe dos Serviços de Segurança e é tido como muito ligado aos EUA. Mas para aplicar uma tal solução, os EUA teriam necessidade de um acordo com a Irmandade Muçulmana e outros sectores de oposição que, segundo o NYT, são encarados como participantes necessários num tal governo provisório.

    Mas a Irmandade Muçulmana tem até agora recusado qualquer diálogo sem que antes Mubarak saia.

    ResponderEliminar
  2. Comunicação social alemã analisa causas do levantamento no Egipto
    Segundo a comunicação social alemã existem dois factores determinantes para o levantamento. Um primeiro, que está relacionado com a estrutura da sociedade egípcia; e um segundo, com a corrupção nos círculos do poder.
    Artigo | 3 Fevereiro, 2011 - 18:22 | Por João Alexandrino Fernandes

    Foto de Erik, Flickr. Os meios de comunicação social na Alemanha têm dedicado bastante atenção ao esclarecimento das causas que levam à situação vivida actualmente no Egipto. O consenso que se vai formando é de que existem dois factores determinantes. Um primeiro, que está relacionado com a estrutura da sociedade egípcia; e um segundo, com a corrupção nos círculos do poder. A este propósito valerá a pena destacar aqui duas fontes de notícia.

    Num programa de televisão, emitido pelo canal de informação política “Phoenix”, no passado dia 31 de Janeiro, o publicista e especialista em assuntos islâmicos Michael Lüders apontou, entre outros, os seguintes factos: a população egípcia é muito jovem. 50% da população é composta por pessoas com menos de 20 anos de idade, e, se consideramos o universo das pessoas com menos de 30 anos de idade, então são 75% do total da população. Porém, a esmagadora maioria destes jovens não têm qualquer perspectiva de futuro, se não pertencerem à família certa.

    Pertencer à família certa no Egipto significa pertencer à classe alta, que representa 25% da população. Dentro destes 25% incluiu-se um pequeno estrato de 5%, que são os círculos do poder e suas clientelas, onde está instalado o centro da corrupção, e os restantes 20% são a alta burguesia. Se um jovem não pertence a estes 25% da população,- e como é fácil de compreender, a esmagadora maioria dos jovens não pertence - então, por mais dotado que seja e por mais que se esforce, não tem qualquer possibilidade de melhorar o seu nível de vida e o seu estatuto social. Aliás, neste estrato desfavorecido, que é a enorme maioria da população, as pessoas são obrigadas, para poderem sustentar as suas famílias, a terem dois e três empregos diários, e não só os mais pobres dos pobres, ou os que tiveram menos acesso à educação. Lüders destaca que é uma situação geral, que se estende a todos dentro deste estrato, exemplificando inclusivamente com os próprios docentes do ensino superior.

    De acordo agora com uma notícia do jornal diário Süddeutsche Zeitung, a família Mubarak tem desviado, ao longo dos anos, verbas gigantescas dos cofres do Estado para contas pessoais. Referindo-se a fontes argelinas e sírias, o Süddeutsche Zeitung informa que a família Mubarak possui uma fortuna no valor de 40 mil milhões de dólares, (note-se, não 40 milhões, mas sim 40 mil milhões de dólares), entre os quais constam imóveis no Egipto e no estrangeiro e activos bancários, principalmente nos Estados Unidos da América e na Suíça. O próprio Mubarak terá obtido grandes ganhos nas comissões encarregadas de encomendas de armamento, bem como no desenvolvimento do turismo em Scharm-el-Scheich, no Sinai, e em Hurghada, no Mar Vermelho. Só a fortuna do filho Gamal é calculada em 17 mil milhões de dólares, toda escondida em bancos na Suíça, na Alemanha, nos Estados Unidos da América e na Grã-Bretanha.

    Segundo a comunicação social alemã, são estas, portanto, as duas principais causas do levantamento, causas já latentes e acumuladas há muito, e que agora, impulsionadas pela revolta na Tunísia, irromperam à superfície da sociedade no Egipto. Por um lado, o facto de a enorme maioria da população não poder, nem querer, continuar a viver nas condições económicas e sociais em que vive, e, portanto, não estar na disposição de continuar a tolerar uma forma de governo que a arrasta para a pobreza e a priva do futuro. Por outro lado, fazer pressão para que o presidente, pessoalmente, abandone imediatamente o poder, em resultado do conhecimento que o povo egípcio tem relativamente ao abuso dos cofres do Estado

    ResponderEliminar
  3. PS e PSD rejeitam voto de solidariedade à luta do povo egípcio
    Voto apresentado pelo Bloco solidarizava‐se
 com
 os
 protestos
 pacíficos
 do
 povo
 egípcio
 e
 com
 as
 suas
 exigências
 de
 fim
 imediato
 da
 ditadura
 e
 de
 marcação 
de 
eleições 
livres. PS acusou-o de “oportunista”.
    Artigo | 4 Fevereiro, 2011 - 17:46

    Ben Ali e Hosni Mubarak eram membros da Internacional Socialista
    PS e PSD juntaram-se para reprovar na Assembleia da República um voto de solidariedade à luta pela democracia do Egipto apresentado pelo Bloco de Esquerda. O voto, na sua parte resolutiva (que é o que realmente é votado), dizia: “A
 Assembleia
 da
 República,
 reunida
 em
 plenário,
 solidariza‐se
 com
 os
 protestos
 pacíficos
 do
 povo
 egípcio
 e
 com
 as
 suas
 exigências
 de
 fim
 imediato
 da
 ditadura
 e
 de
 marcação 
de 
eleições 
livres.” Leia aqui o voto na íntegra.
    O CDS-PP absteve-se, bem como quatro deputados socialistas que não acompanharam a votação da sua bancada (Vera Jardim, Jamila Madeira, Defensor Moura e Manuel Mota). PCP e Verdes juntaram-se ao Bloco e votaram a favor.

    No debate do voto, o líder parlamentar do PS, Francisco Assis, justificou a posição da sua bancada argumentando que o voto era “oportunista” e que o Bloco tentava projectar um “moralismo bacoco” na análise política da situação no Egipto.

    Pelo PSD, o deputado Carlos Gonçalves usou as imagens de violência dos últimos dias no Egipto para argumentar que “não faz sentido aprovar o voto do Bloco de Esquerda num momento de ainda grande incerteza”.

    Na apresentação do voto, o deputado do Bloco Jorge Costa explicou que a iniciativa do seu partido era “um convite à Assembleia da República" para se unir numa "saudação à liberdade”, considerando que o que se está a passar no Egipto é “uma lição para os senhores da guerra” sobre o facto de a “democracia ser uma conquista dos povos”.

    A deputada Paula Santos, do PCP, alinhou na condenação da repressão ao povo egípcio, considerando que o que se está a passar naquele país é indissociável da crise do capitalismo.

    Partido de Mubarak era irmão do PS

    Recorde-se que o ditador Hosni Mubarak é a principal figura do Partido Nacional Democrático (PND), que era membro da Internacional Socialista. Só foi expulso na passada terça-feira. A decisão foi justificada não pelos mais de 30 anos de ditadura imposta por Mubarak, mas porque a organização “esperava uma mensagem de Mubarak ao povo do Egipto que mostrasse um claro caminho para a mudança política, social e económica, que não aconteceu.”

    No dia 18 de Janeiro, a Internacional Socialista expulsara igualmente o partido do já então deposto e fugitivo ex-presidente Ben Ali, a União Constitucional Democrática (RCD) da Tunísia.

    ResponderEliminar
  4. FMI dizia que Tunísia era exemplo
    Dominique Strauss-Kahn, presidente do Fundo, considerava que política económica de Ben Ali era um bom exemplo a seguir para muitos países, e foi mesmo condecorado pelo ditador.
    Artigo | 17 Janeiro, 2011 - 02:19

    Ben Ali condecorou Dominique Strauss-Kahn
    O ditador Ben Ali, derrubado por uma revolta do povo tunisino que durou um mês, era elogiado pelo FMI nos termos mais enfáticos. E retribuiu os elogios, condecorando Strauss-Kahn, presidente do Fundo Monetário Internacional, com o grau de Grande Oficial da Ordem da República, quando este visitou a Tunísia em Novembro de 2008.

    Na altura, Dominique Strauss-Kahn afirmou que “A economia tunisina vai bem, apesar da crise (….) a política económica aplicada é sã, e penso que é um bom exemplo a seguir para muitos países (...)O julgamento que tem o FMI sobre política tunisina é muito positivo (…), as coisas continuarão a funcionar correctamente.”

    ResponderEliminar

Related Posts with Thumbnails