domingo, 27 de fevereiro de 2011

O odor a liberdade incomoda a ditadura chinesa...

6 comentários:

  1. Governo chinês à beira de um ataque de nervos
    Novo apelo, através da Internet, para que os chineses se manifestem, volta a fazer aumentar o nervosismo da elite governamental. Imprensa aconselhada a não circular nas áreas de prováveis concentrações.
    1 Março, 2011 - 03:20 | Por Tomi Mori

    O presidente Hu Jintao.
    Os finais de semana parecem ter-se tornado os piores dias para a burocracia que dirige a China.

    O motivo é que mais uma vez, neste final de semana, foi feito um apelo, através da Internet, para que os chineses, a maior população do planeta, fizessem manifestações, seguindo o exemplo da poderosa revolução árabe que sacode vários países. Os rebeldes chineses têm utilizado o fim de semana para tentar se organizar.

    O nervosismo tem aumentado na elite burocrática e, a cada final de semana, aumenta o número de polícias colocados na rua para impedir a população de exercer um dos direitos democráticos mais elementares, que é o de protestar pelos seus direitos.

    O temor de que a Internet, que a juventude operária chinesa utilizou amplamente na poderosa onda de greves que varreu o país no ano passado, possa ser utilizada com um objectivo não muito agradável, como o de derrubar o governo, fez com que este tenha aumentado o controlo sobre a rede. A rede social LinkedIn estava inacessível, ao que parece, por obra e dedos do governo para, provavelmente, inibir a organização deste final de semana. A palavra “jasmim” foi apagada do dicionário burocrático chinês e, claro, da web.

    Também a imprensa foi aconselhada a não circular nas áreas de prováveis manifestações. Altos escalões do governo também têm saído a público para dizer que a Revolução do Jasmim, como está a ser chamada a actual tentativa de mobilização, não terá lugar em território chinês.

    Foram detidos também não se sabe quantos activistas ligados à luta democrática chinesa.

    Obama e outros líderes imperialistas de boca fechada

    O curioso neste momento é o silêncio de Obama, Kan, Merkel, Sarkozy e outros líderes com relação aos ataques à democracia na China. Antes, os países chamados comunistas eram a verdadeira encarnação do diabo para os líderes ocidentaIs. Após a ascensão económica da China, agora, a ditadura burocrática chinesa tornou-se grande “amiga”. Não é necessário ser nenhum doutor em ciência politica para saber que o que se prepara na China é algo muito mais sangrento do que Khadafi está a fazer na Líbia.

    Quando a revolução varreu a burocracia dos países ligados e também a União Soviética, toda a actual liderança chinesa já tinha mais de 30 anos, e devem-se lembrar claramente de quantos dias foram necessários para que vários governos fossem derrubados. A posição da elite chinesa, baseada na experiência histórica e nos actuais acontecimentos árabes está bastante clara: repressão

    A questão fundamental não é a de a China se ter transformado na segunda potência mundial. Diferente da União Soviética, o desenvolvimento económico chinês criou uma interligação económica fatal no sistema capitalista, uma espécie de pulmão, estômago, coração ou qualquer órgão vital do corpo humano. O derrube do governo chinês neste momento, em que a revolução no mundo árabe está a detonar a actual ordem mundial, não se trata apenas da perda das orelhas e dedos do corpo capitalista, mas sim, a mais completa falência do mesmo. Essa é a única explicação para o curioso silêncio das elites imperialistas frente aos actuais ataques contra a democracia feitos pelo governo chinês.

    O que está em jogo na Revolução do Jasmim, na China, pode ser, principalmente, a existência do próprio sistema capitalista. Colocada sob esse prisma, o levante chinês promete ser grandioso e, ao mesmo tempo, sangrento. A elite chinesa tem plena consciência disso e tudo indica que, exactamente por isso, está à beira de um ataque de nervos. Bem, vamos esperar os próximos finais de semana…

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  2. 2.3.11
    Agora Angola?

    Parte do texto da convocatória para a manifestação contra o governo angolano, programada para 7 de Março:
    ANGOLA

    O povo da República de Angola diz basta ao regime ditador de Presidente José Eduardo dos Santos, que está no poder por 32 anos.


    Os angolanos estão cansados da pobreza extrema, da cultura de medo e intimidação, da miséria, da autocracia e outros males introduzida por José Eduardo dos Santos.


    O nosso país é conhecido pela sua riqueza em termos de recursos naturais e é classificada como a maior exportação de petróleo em África, mas o povo angolano vive com menos de 1 dolares americano por dia e com um governo que promove uma cultura de perpetuação da pobreza extrema.


    Condenamos e denunciamos o cancelamento do nosso direito constitucional e democrático de eleger um Presidente de nossa escolha em cada quatro anos.


    Queremos assumir o controle de nossas vidas, nosso país e os nossos recursos, mas em primeiro lugar queremos retirar o regime ditatorial de José Eduardo dos Santos.


    A NOSSA PETIÇÃO
    O povo angolano exige:


    1 - A saída imediata do Presidente ditador José Eduardo dos Santos, seus ministros e companheiros;
    2 - A formação de uma nova ordem política, social e económica;
    3 - A re-implementação das Eleições Presidenciais periódicas em nossa Constituição;
    4 - A implementação de uma democracia social, que deve ter o interesse do povo angolano de coração;
    5 - A formação de um novo governo com os interesses do povo angolano de coração;
    6 - O estabelecimento de um sistema de administração pública transparente e responsável de todos os recursos de Angola;
    7 - A priorização dos cidadãos angolanos sobre os benefícios e reconstrução social de Angola.


    A manifestação anti-governamental em Angola vai começar as zero horas na segunda-feira, dia 7 de Março de 2011, de Cabinda a Cunene.


    CONCTACTE-NOS:
    1 - Envia seus comentários e sugestões para o nosso endereço de e-mail: revolucao.angolana@yahoo.com;


    Por: Agostinho Jonas Roberto dos Santos
    Fundador do novo Movimento Revolucionário do Povo Lutador de Angola (MRPLA).


    Entretanto, o MPLA anunciou uma "marcha patriótica", a realizar no dia 5, em resposta a esta convocatória e parece estar «nervoso».
    Posted by Joana Lopes

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  3. Brincar aos Estados
    2 de Março de 2011 | Escrito por Carlos Esperança

    Entra em vigor nesta terça-feira a nova lei sobre cidadania, residência e acesso ao Estado do Vaticano, promulgada pelo papa Bento 16 em 22 de Fevereiro.

    Com a norma, a cidadania não é mais atribuída automaticamente a todos aqueles que residem no Vaticano, mas somente às pessoas que exercem cargos públicos ou prestam serviços ao Estado. Com isso, os familiares destas pessoas devem solicitar a cidadania.

    Nota: O Vaticano é um bairro de 44 hectares de sotainas e o único Estado sem maternidade.

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  4. Defesa da liberdade religiosa paga com a vida
    2 de Março de 2011 | Escrito por Carlos Esperança

    Paquistão: Ministro que criticou «lei da blasfémia» assassinado em Islamabad

    Vaticano lamenta a morte do político católico e fala em «urgência da defesa da liberdade religiosa»

    Lisboa, 02 Mar (Ecclesia) – O ministro paquistanês para as Minorias Étnicas foi hoje assassinado na capital Islamabad, um evento que o Vaticano já classificou como mais um atentado à liberdade religiosa.

    Comentário: A blasfémia é um mero direito à liberdade de expressão.

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  5. Turismo fúnebre é rentável
    2 de Março de 2011 | Escrito por Carlos Esperança
    Muitos hotéis em Roma tem aumentado suas tarifas para o dia 1 de Maio por causa do dia de beatificação do papa João Paulo II, quando o Vaticano espera receber 2,5 milhões de pessoas para assistir à cerimónia.

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  6. Quinta-feira, 3 de Março de 2011
    Em Angola, o regime também tem medo
    por Daniel Oliveira

    No início ninguém levava a sério o apelo aos protestos em Angola. Apenas mais um caso de mimetismo internacional de jovens que passam demasiado tempo na Net. Mas a coisa começa a ganhar alguma dimensão e as elites do MPLA começam a ficar apreensivas. O nervosismo com o protesto de dia 7 levou o partido do poder a marcar uma outra manifestação para dois dias antes, dando ainda mais visibilidade aos seus opositores. O mais provável é que o protesto, marcado por anónimos, nunca chegue a acontecer. Mas pelo menos os angolanos estão a falar dele. Já é qualquer coisa.



    Mas o governo está apreensivo porquê? Sendo Angola uma democracia, o protesto não deveria ser encarado com naturalidade? Num país com tanta riqueza e tanta pobreza não deveria ser um acontecimento banal? Não. Porque Angola não é uma democracia. Numa democracia nenhum partido tem os resultados eleitorais que o MPLA teve. Numa democracia o Presidente não fica décadas no lugar sem nunca ter sido eleito. Numa democracia a filha do Presidente não é dona de grande parte da economia. Numa democracia há corrupção, como nós bem sabemos, mas ela não é a base de todo o Estado e de todas as empresas. Numa democracia os jornalistas não são perseguidos. Numa democracia a oposição não é sistematicamente comprada para que, na prática, se viva num sistema de partido único.



    O o secretário-geral do MPLA, o general Dino Matross, afirmou na rádio estatal que não se devia confundir "o que se passa nos países do Magrebe com a realidade angolana". E, deixando claro porque são alguns paralelismos legítimos, garantiu que, se fosse caso disso, o regime tomaria "medidas sérias" em relação a estes protestos.



    Como em vários países do Norte de África, os silêncios compram-se primeiro com luvas e depois com a repressão. Como em vários países do Norte de África, há eleições simuladas. Como em vários países do Norte de África, há um homem que se julga dono do País e que entrega aos seus descendentes o poder. Como em vários países do Norte de África, compram-se cumplicidades externas com negócios irrecusáveis. Como aconteceu com vários países do Norte de África, o mundo será solidário com os que em Angola se batem pela liberdade e pela democracia. Mas só quando eles, sem aliados nem amigos, a tiverem conquistado.

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