sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Egipto - a liberdade está a passar por ali







(Fotos: Mohamed Omar - EFE / Amr Abdallah Dalsh - REUTERS / Asmaa Waguih - REUTERS)

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4 comentários:

  1. Tempos interessantes
    por Bruno Sena Martins
    Tunísia, Egipto, Jordânia, Argélia, Iémene. O Médio-Oriente vai encontrando o seu caminho para a democracia apesar de Bush e do voluntarismo bélico do Ocidente fundamentalista. Bush queria fazer do Iraque um exemplo, e conseguiu: o exemplo de como não se faz. Nestes tempos interessantes, ganham especial pertinência as palavras de David Cooper*: “ninguém pode libertar outrem, porque a liberdade é o acto de a tomar.”

    *Cooper, David (1978), A Linguagem da Loucura. Lisboa: Editorial Presença.
    por Bruno Sena Martins

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  2. O nosso ditador
    por Daniel Oliveira

    E de repente o regime tunisino deixa de ser apresentado como moderado. Uma ditadura sanguinária, descobriu-se. E de repente a União Europeia e os EUA estão solidárias com o povo tunisino. Onde estiveram nos últimos 23 anos, enquanto apoiavam Ben Ali, cujo partido tem assento na Internacional Socialista, e davam cobertura aos seus desmandos e roubos? Viviam naquela irresponsável ilusão de que as ditaduras árabes laicas são o mal menor. Engano: foram e são o melhor argumento para os fundamentalistas convencerem os árabes que o islamismo é libertador. Dizia o secretário de Estado americano Cordell Hull, sobre Trujillo, ditador da República Dominicana: "He may be a son of a bitch, but he is our son of a bitch". Caiu mais um. Sonsos, festejamos. "But he was our son of a bitch".
    Publicado na edição do Expresso de 21 de janeiro de 2011 por Daniel Oliveira

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  3. Para além das imagens

    «Quem disse há poucos anos que "o mundo está perigoso" pecou por apressadinho. Hoje, sim, o mundo está perigoso. Como se mede o perigo tipo agora-é-que-é? É quando vemos ditaduras corruptas a estremecer com multidões na rua e nós a hesitar: vamos lá ver o que vem a seguir... Ontem, estaríamos eufóricos com jasmins nos canos das espingardas, em Tunes, ou com aquele carro policial a meter o seu jacto de água entre as pernas porque um só jovem em larga avenida cairota o defrontou... Agora, fazemos contas. E elas são contas de três complicadas: há os bons, os maus e os péssimos. E estes, não tendo ainda entrado em cena (aparentemente), bem podem ser os vencedores finais. Vejam a muito poderosa Hillary Clinton enredada também ela em contagens múltiplas. Mediu os mesmos manifestantes, com iguais razões de protesto, tunisinos e egípcios, por bitolas diferentes. Aos primeiros, aplaudiu-lhes a coragem, aos segundos, negou-lhes homenagem. Leia-se na diferença só isto: o perigo dos péssimos na Tunísia é menos provável do que no Egipto. Olhem, outra característica do mundo quando fica mesmo, mesmo perigoso: além do preto e branco acrescenta-nos muitos cinzentos. Mas, claro, nem todos vêem isso. Só os que têm um mapa-múndi lá em casa e percebem que o mar Mediterrâneo se chama assim porque não é um grande oceano.»

    Ferreira Fernandes no DN.

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  4. Tunísia/mundo árabe: laicidade ou islamismo, a hora da escolha» (Patrick Kessel)

    «La « révolution de jasmin » ouvre au peuple tunisien la voie de la démocratie et, au-delà, appelle le monde arabe à un choix décisif : laïcité ou islamisme.
    Tous les démocrates se réjouissent de la chute d’un régime fondé sur la prévarication et la force et soutiennent le mouvement populaire qui devra conduire à des élections transparentes, à la mise en place d’institutions démocratiques, à des mesures économiques et sociales de simple justice.
    (...)
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    Publicado por Ricardo Alves

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