terça-feira, 8 de março de 2011

Consta por aí que o Presidente da Aldeia da Coelha toma posse amanhã...


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10 comentários:

  1. Vamos fazer amigos
    por Miguel Cardina
    Cavaco Silva, o homem que governou o país durante uma década, apelou ontem à promoção de um grande "sobressalto cívico". Pedro Passos Coelho, a nossa versão aprumada do extremismo neo-liberal, afirma no prefácio a um livro que compila "ideias" de empresários e gestores que "os jovens têm razão nas suas queixas". Com o andamento da coisa, ainda veremos José Sócrates na manifestação deste sábado a gritar contra os malandros que ganham 600 euros e têm contrato de trabalho. Devidamente ladeado, como é óbvio, por Rui Pedro Soares, um jovem empreendedor vítima da inveja nacional, e Vitalino Canas, um quadro qualificado que exige estabilidade laboral no seu posto de provedor das empresas de trabalho temporário.

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  2. querido aníbal
    «(...) Agora, no momento em que tomo posse como Presidente da República, faço um vibrante apelo aos jovens de Portugal: ajudem o vosso País! Façam ouvir a vossa voz. Este é o vosso tempo. Mostrem a todos que é possível viver num País mais justo e mais desenvolvido, com uma cultura cívica e política mais sadia, mais limpa, mais digna. (...)»
    Aníbal Cavaco Silva, primeiro ministro português de 1985 a 1995, presidente da república desde 2006, falando como se não tivesse nada a ver com a receita económica liberal da nossa desgraça, da precariedade, dos baixos salários, da liberalização dos mercados ou da especulação financeira. (e preocupado, mui preocupado com dia 12.)
    . gui castro felga em 1:00 PM

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  3. Camarada Cavaco ou do que as palavras valem
    Nas vésperas da primeira manifestação convocada fora da lógica directiva dos partidos e sindicatos em muitos anos, o camarada presidente, na sua sua (re)investidura, resolveu pedir à juventude um sobressalto cívico. Repare-se: a quatro dias do referido protesto que poucos acertaram como começou a ainda menos saberão como irá terminar.
    Sem medos, como tantos têm, não recuou na mobilização em nome de uma qualquer estabilidade política. Contamos com o camarada Cavaco e ele sabe que conta connosco.
    Se Manuel Alegre tivesse ganho com certeza teria feito um discurso mais à direita que este, ou se dissesse alguma coisa parecida seria o orgulho e a prova que afinal havia diferenças, provando assim que Alegre não era igual a Cavaco... Depois deste discurso do camarada presidente, que também salientou que há limites para a austeridade, quem defendeu o voto no Alegre pela esquerda, devia vir a publico, num acto de contrição lamentar não ter votado Cavaco.

    Bom, as palavras valem o que valem, e essencialmente valem para ganhar votos, e quem defendeu votar Alegre usou maioritariamente como argumento as suas palavras, por isso podem-se mobilizar para nova campanha: referendar o limite de mandatos do presidente e fazer uma grande campanha para a sua terceira eleição em nome da insurreição cavaquista.

    Dia 12 lá estarei, para, entre outras coisas, tentar, fora do joguete institucional, dizer bem alto que o problema não está em Cavaco e a solução em Alegre ou na social-democracia bloquista, mas no fim de qualquer tipo de repressão e exploração levada a cabo (também) por agentes deste calibre.
    Revolución
    Publicado por [Paradise Café]

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  4. SÓCRATES & CAVACO S.A – O cavaquismo do Sócrates e o socratismo do Cavaco
    10 de Março de 2011 por Renato Teixeira
    Com o seu segundo mandato, Cavaco reforça a parceria com o Soares na joint-venture que mais tempo esteve no poder em qualquer das três repúblicas, já a poucos anos de ultrapassar o Salazar. PS e PSD são a cara e a coroa do dito regime democrático e os interpretes da política nos últimos 37 anos. A fusão em vigor, a parceria estratégica entre Sócrates e Cavaco foi a mais fraterna e duradoura do bloco central e a que mais prejudicou a qualidade de vida das pessoas. PS e PSD e a sua rede de clientes associada, Barroso e Constâncio inclusive, são os principais responsáveis por deixarem todas as gerações à rasca, entre a falência e a revolta. PS e PSD não estarão com o protesto de dia 12 pela simples razão que eles são dois dos principais motivos da sua existência. PS e PSD disputam a paternidade da versão lusitana da democracia de mercado, mas não vão meter o pé numa manifestação sabendo que ela os lembrará, de diferentes maneiras, que eles mais não são do que os obreiros da ditadura do trabalho sem direitos, do desemprego, em suma, da vida precária. Por tudo o que fizeram sem prometer e tudo o que prometeram sem fazer, a aliança destes dois partidos é a raiz profunda de qualquer recibo verde, de milhares de postos de trabalho destruídos e de um conjunto insuportável de direitos privatizados. PS e PSD sabem que nas urnas nunca tiveram tão pouco prestígio e que da Avenida da Liberdade vão sair com as orelhas a arder. É necessário voltar a repicar discos que nos abram novos caminhos. Já passou o tempo de ficar a olhar.

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  5. Censura ao Governo “Em defesa das Gerações Sacrificadas”
    No início do debate da moção de censura ao Governo, Francisco Louçã afirmou que a primeira razão da sua apresentação é “a responsabilidade pelo país e por todos, mas antes de mais pelas gerações mais sacrificadas, os desempregados de longa duração e os jovens precários”.
    Artigo | 10 Março, 2011 - 16:28
    Considerando que “nenhum país sobrevive a este sectarismo social e a esta perseguição económica contra o seu povo”, o coordenador da comissão política do Bloco de Esquerda salientou que com esta moção de censura “a esquerda afirma que não pode ficar indiferente nem silenciosa perante o rompimento do contrato social, o apodrecimento da política, a incapacidade de governar, o desprezo pelos compromissos eleitorais”.

    Francisco Louçã assinalou a seguir que o debate da moção de censura deixará claro “quem governa, como governa e para quem governa”, que “ficará mais claro ainda que a esquerda luta pelo país, luta pela liderança e luta pelas soluções” e que “a única alternativa que é insuportável é a degradação continuada da política”.

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  6. da paciência do comum dos cidadãos, que também tem limites
    Publicado por Mariana Santos


    “Há limites para os sacrifícios que se podem exigir ao comum dos cidadãos”


    É a frase épica que hoje ecoa do discurso de tomada de posse de Cavaco Silva nas bocas da direita, de Passos Coelho a Paulo Portas. O que querem dizer exactamente com ela das duas uma, ou é um insulto ao tal comum dos cidadãos, ou então – o que é igualmente provável, porque nunca é de subvalorizar a estupidez humana – nem eles sabem bem ao certo.

    A minha teoria é que alguém dos gabinetes de comunicação do PSD e do CDS percebeu com isto da Geração à Rasca que a formulação estilo “a-malta-está-farta” até funciona e mobiliza. Só que este “Há Limites” do trio Cavaco, Passos Coelho e Paulo Portas nunca pode aspirar a ser mais do que só um cover direitoso mau da “geração à rasca”, porque esquece um pormenor fundamental, a saber, aquilo de que “a malta” e o comum dos cidadãos estão fartos.


    Ao mesmo tempo que o single “Há Limites” vai começando a tocar na comunicação social, a Visão de hoje dá conta do projecto que o PSD tem para respeitar esses limites aos sacrifícios que se podem exigir ao comum dos cidadãos.

    Para Passos Coelho, o comum dos cidadãos deve, acima de tudo, ter menos protecção no emprego (vínculos e horários mais flexíveis e despedimentos mais baratos), menos protecção no desemprego (com menos prestações sociais e de acesso mais restrito) e menos rendimento disponível, não só porque se reduzem os pagamentos por trabalho aos fins-de-semana e feriados e, se precisarem muito, as empresas podem reduzir os salários durante alguns meses, como lhes der jeito, mas ainda porque saúde e educação devem ser privatizadas.


    No manual Passos Coelho, o comum dos cidadãos, se por acaso tiver o azar de viver em certas zonas do país, pode não ter acesso a um posto de correio ou a um centro de saúde, por exemplo, e isto na melhor das hipóteses, porque até pode acontecer que a sua junta de freguesia seja extinta, porque a coesão territorial passa a ser decidida, não por requisitos igualitários decorrentes do contrato social democrático, mas por critérios economicistas num país-empresa. E também corre o risco de ter o seu distrito sub-representado no debate parlamentar, com a redução do número de deputados com que o manual Passos Coelho quer amputar a democracia para poupar uns trocos.

    E a justiça que é oferecida pelo PSD ao comum dos cidadãos é uma mercadoria aviada por juízes mercenários que ganham tanto mais quanto mais depressa despacharem a coisa (e não é muito difícil imaginar de que forma é que isto vem agravar o já desigual acesso à justiça).

    E há-de continuar a pagar os rombos financeiros abertos pelo sistema financeiro, quer suportando uma carga tributária sobre os seus rendimentos que continuará a ser desproporcionada face àquela que incide sobre este sector, quer sendo forçado a endividar-se junto deste em função do recuo do Estado Social na educação, saúde e segurança social.

    Porque até pode haver limites para os sacrifícios que se podem exigir ao comum dos cidadãos mas, para a direita, apesar de tudo, eles são infinitamente mais elásticos do que os limites aos sacrifícios que se podem pedir ao capital.

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  7. A expressão "idiotas úteis" parece-me cada vez mais aplicável (e coerente)

    ´Voltando a recuperar uma ideia já por si transmitida ao longo do primeiro mandato que "os jovens não podem ver o seu futuro adiado" devido às opções erradas que são tomadas no presente, Cavaco Silva frisou a importância do "exemplo" que deve ser dado de uma "cultura de mérito", porque as nomeações para a administração não deve ser pautada pela "filiação partidária" ou "simpatias políticas". Numa parte particularmente forte do seu discurso, Cavaco disse ser fundamental "um novo modo de fazer política" que atraia os jovens.
    Cavaco defende necessidade de sobressalto cívico

    Alexandre Sousa Carvalho, um dos organizadores do protesto da "Geração à Rasca" convocado para o próximo sábado ouviu "com agrado" o discurso presidencial. As palavras de Cavaco, diz o jovem licenciado em Relações Internacionais são "um apelo" mas que é coerente com "aquilo que o próprio Presidente da República tem vindo a fazer desde o seu primeiro mandato". Ou seja, o apelo de Cavaco a uma participação da sociedade civil na vida política nacional não é novidade mas, dado o actual contexto, é "com agrado que vemos que as pessoas - de esquerda ou de direita- se identificam com os motivos do nosso protesto".
    Discurso agrada a organizadores do protesto da geração rasca

    Publicado por [Rick Dangerous]

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  8. Não há uma maioria de esquerda no parlamento?
    Porque será que o P.(s?!)sempre procura o apoio da direita e diz que a esquerda não propôe nada?
    Como a direita, quer que levemos chicotadas a construir pirâmides, porque é melhor que nada?!

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  9. Quinta-feira, 10 de Março de 2011
    Guião de Governo de Passos Coelho foi escrito por empresários e gestores
    Da proposta do líder do PSD vai sair a 15 de Março um livro que Passos Coelho pretende que seja o guião do seu programa de Governo. Neste livro encontram-se 365 ideias que são a sintese de nove meses de entrevistas a 55 empresários e gestores portugueses, compiladas por Eduardo Catroga.
    As propostas que vêm no livro "Voltar a crescer" são um programa liberal para o Estado e para a Sociedade.
    Estes homens dos negócios e da finança sugerem ao PSD que, quando for Governo, adopte medidas como: maior tributação do consumo (mais IVA), menos tributação do rendimento (menos IRS), menos deputados mas aumento dos salários dos governantes, privatização de muitas empresas públicas ou fim da escola pública, substituindo-a pelo cheque ensino.
    Na área do trabalho as propostas também não surpreendem: flexibilização do trabalho e redução do salário por trabalho realizado aos feriados e fins-de-semana.
    Passos Coelho nunca mentiu sobre a sua visão para a sociedade portuguesa e, por isso, ofereceu aos maiores capitalistas, a quem mais ganhou com a crise, a quem mais ganha com as piores condições de trabalho dos trabalhadores, a hipotese de escrever o seu programa de Governo.
    Quem trabalha não foi tido nem achado nas propostas de Governo de Passos Coelho e qualquer proposta para o país que começa sem ouvir as pessoas que trabalham não pode nunca a vir a ser uma boa proposta. O PSD já escolheu os seus amigos e para quem quer Governar.

    Ricardo Santana

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  10. Se viesse um governo para Portugal que imposesse a lei da China, para os corruptos e ladrões! Não tenho duvida que se contavam mais depressa os honestos, de que, os corruptos e ladrões e naõ sei se haveria guilhotina que aguentasse o corte de tanto pescço em Portugal para limpar o joio que tem destruido o país.

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