terça-feira, 8 de março de 2011

Dia Internacional da Mulher




"La Lega"

Sebben che siamo donne
Paura non abbiamo
Per amor dei nostri figli
Per amor dei nostri figli

Sebben che siamo donne
Paura non abbiamo
Per amor dei nostri figli
In lega ci mettiamo

A oilì oilì oilà e la lega crescerà
E noialtri socialisti, e noialtri socialisti
A oilì oilì oilà e la lega crescerà
E noialtri socialisti vogliam la libertà

E la libertà non viene
Perché non c’è l’unione
Crumiri col padrone
Crumiri col padrone

E la libertà non viene
Perché non c’è l’unione
Crumiri col padrone
Son tutti da ammazzar

A oilì oilì oilà e la lega crescerà
E noialtri socialisti, e noialtri socialisti
A oilì oilì oilà e la lega crescerà
E noialtri socialisti vogliam la libertà

Sebben che siamo donne
Paura non abbiamo
Abbiam delle belle buone lingue
Abbiam delle belle buone lingue

Sebben che siamo donne
Paura non abbiamo
Abbiam delle belle buone lingue
E ben ci difendiamo

A oilì oilì oilà e la lega crescerà
E noialtri socialisti, e noialtri socialisti
A oilì oilì oilà e la lega crescerà
E noialtri socialisti vogliam la libertà

E voialtri signoroni
Che ci avete tanto orgoglio
Abbassate la superbia
Abbassate la superbia

E voialtri signoroni
Che ci avete tanto orgoglio
Abbassate la superbia
E aprite il portafoglio

A oilì oilì oilà e la lega crescerà
E noialtri lavoratori, e noialtri lavoratori
A oilì oilì oilà e la lega crescerà
E noialtri lavoratori
I vuruma vess pagà

A oilì oilì oilà e la lega crescerà
E noialtri socialisti, e noialtri socialisti
A oilì oilì oilà e la lega crescerà
E noialtri socialisti vogliam la libertà


("La Lega" é uma canção popular italiana, de autoria desconhecida, cantada pelas mulheres que cultivam arroz no Vale do Pó. É um símbolo da revolta dos trabalhadores agrícolas contra os seus patrões no fim do século XIX, altura em que as associações de trabalhadores começaram a ser criadas. São conhecidas diversas versões de "La Lega", podendo uma delas ser ouvida no filme "1900" de Bernardo Bertolucci.)

6 comentários:

  1. Índia: o quotidiano da violência sexual
    Vítima de violência sexual, em estado vegetativo há 37 anos, levanta na Índia a questão da eutanásia. Mas a violência sexual, na Índia, é uma coisa tão comum, inserida no quotidiano, que já não é capaz de causar indignação.
    Artigo | 8 Março, 2011 - 02:06 | Por Tomi Mori

    Aruna Shanbaug, que se encontra hospitalizada, em estado vegetativo, há 37 anos, foi vítima de violência sexual no hospital onde trabalhava como enfermeira. A violência sexual, na Índia, é uma coisa tão comum, inserida no quotidiano, que já não é capaz de causar indignação. Provavelmente, na maioria dos casos, causa apenas curiosidade, devido aos métodos utilizados ou à idade das pessoas envolvidas.

    Particularmente, não é um assunto ao qual goste de me dedicar, mas alguns casos são tão bárbaros que nos obrigam a conhecê-los. É possível afirmar, sem a menor possibilidade de erro, que, invariavelmente, todos os dias, ocorre algum tipo de violência sexual na Índia. Muitas vezes, a violência sexual não fica registada pelo facto de as vítimas temerem a vergonha de ter passado por essa constrangedora situação.

    Nas últimas semanas ganhou os noticiários o caso de uma jovem que, além de ter sido violentada por um parlamentar, ainda foi acusada de roubo e metida na cadeia. Ou seja, foi vítima duas vezes. Há meses atrás, foi o caso de um ancião de setenta anos que violentou a vizinha devido às desavenças com o marido desta.

    Não são poucos os casos da violência exercida pela polícia indiana no interior do país. Em particular, pelos paramilitares, utilizados na guerra contra as milícias maoístas, que implementam a Guerra Popular em vários estados do país. Crianças, jovens e idosas não escapam à violência sexual reinante e impune.

    Caso de Aruna Shanbaug levanta a questão da eutanásia

    Mas chocou-me profundamente ver a foto de Aruna Shanbaug, que se encontra hospitalizada, em estado vegetativo, há 37 anos. Aruna foi vítima de violência sexual no hospital onde trabalhava como enfermeira. No dia 27 de Novembro de 1973, Aruna foi atacada dentro do hospital e sodomizada. Foi atacada com uma corrente de cão, utilizada para asfixiá-la. A asfixia causou uma lesão cerebral e a perda da visão. Desde então, Aruna encontra-se hospitalizada em situação vegetativa no King Edward Memorial Hospital de Mumbai.

    Aruna tem agora 60 anos e o seu amigo, o jornalista Pinki Virani, autor do livro “A historia de Aruna”, dirigiu ao Supremo Tribunal um apelo à eutanásia. O pedido, o primeiro a ser feito na Índia, foi julgado pelo Tribunal, que decidiu, em Janeiro, adiar qualquer decisão, instalando um painel de especialistas médicos para analisar o caso.

    O governo da Índia tem-se oposto claramente à eutanásia.

    Aruna gosta de sopa de peixe e galinha. Não gosta de muito barulho no seu quarto do hospital. Essas manifestações são usadas como argumento pelos que se opõem à eutanásia.

    Após o ataque, em 1973, as enfermeiras de Mumbai fizeram uma greve de protesto exigindo melhores condições de trabalho e melhor atendimento para Aruna.

    A eutanásia continua a ser um tabu social. Mas, se temos o direito de viver, deveríamos ter também o direito democrático de morrer, já que isso é uma coisa inevitável para qualquer ser vivo.

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  2. "Elas somos nós" ontem, hoje e sempre

    Neste Dia Internacional das Mulheres, breve retoma blogosférica.

    8 de Março-Um dia que nasce, em 1910, para dar visibilidade às lutas de mulheres trabalhadoras por melhores condições de trabalho, pelo direito ao voto, por direitos, por igualdade e que nasce precisamente também para denunciar as desigualades gritantes e dar alento a uma mudança estrutural. 100 anos depois (começou a ser celebrado em 1911) importa termos memória histórica, não esquecer de onde vimos, o que contribuiu para a mudança, olhar sem palas, mas com confiança, para as realidades que temos e continuar a construir a mudança necessária para uma efectiva e plena igualdade.


    Hoje, em diversos sites, redes sociais, jornais, podem encontrar-se vídeos, artigos, etc, muito bons sobre este dia, o que ele representa, o que ele pode vir ainda a representar, o muito que resta por fazer, acima de tudo: as realidades para as quais ele nos convoca. Deixo aqui alguns, muito diversos:


    http://www.youtube.com/watch?v=gkp4t5NYzVM (Campanha Equals. A ver!)
    http://www.youtube.com/watch?v=aJvO716LH4c (Campanha Dia Internacional das Mulheres, Brasil)
    http://www.youtube.com/watch?v=HZgaDPl_2NY&feature=related (Manifestação do MLM, 1975)
    http://www.esquerda.net/artigo/“o-futuro-é-o-da-reconfiguração-das-correntes-do-feminismo (Entrevista à feminista Manuela Tavares)
    http://www.ionline.pt/conteudo/109047-o-papel-das-mulheres-na-reconstrucao-um-novo-egipto (O Papel das mulheres na reconstrução de um novo egipto, jornal i)
    http://www.publico.pt/Sociedade/a-violacao-usada-como-arma-de-guerra-no-congo_1483727 (O corpo das mulheres usados como armas da guerra, Público)
    Adenda: Ora, vejam lá mais estes (sim eu sei, não só pouco escrevi como ainda só remeto para escritas dos/as outros/as. É o que se chama "ter lata", um direito que as mulheres também a custo lá foram adquirindo:)
    http://www.youtube.com/watch?v=J9oMOoQXSSI&feature=relat (video homenagem de uma organização de homens contra a violência, américa latina)
    http://www.feminismo.info/webgalego/the-news/1-novas-coor-galiza/258-8-de-marzo-dia-internacional-das-mulleres.html (MMM, feministas galegas)
    O título desde post usa e abusa do título que tanto me diz e significa do livro da Andrea Peniche.

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  3. There are women of many descriptions
    In this queer world, as everyone knows.
    Some are living in beautiful mansions,
    And are wearing the finest of clothes.
    There are blue blooded queens and princesses,
    Who have charms made of diamonds and pearl;
    But the only and thoroughbred lady
    Is the Rebel Girl.

    CHORUS:
    That's the Rebel Girl, that's the Rebel Girl!
    To the working class she's a precious pearl.
    She brings courage, pride and joy
    To the fighting Rebel Boy.
    We've had girls before, but we need some more
    In the Industrial Workers of the World.
    For it's great to fight for freedom
    With a Rebel Girl.

    Yes, her hands may be hardened from labor,
    And her dress may not be very fine;
    But a heart in her bosom is beating
    That is true to her class and her kind.
    And the grafters in terror are trembling
    When her spite and defiance she'll hurl;
    For the only and thoroughbred lady
    Is the Rebel Girl.

    posted by viriato

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  4. “Um dia da mulher continua a fazer sentido…”
    Terça, 08 Março 2011 11:55
    No 100º Dia Internacional da Mulher, a eurodeputada Marisa Matias defendeu que a existência de uma data no calendário dedicada exclusivamente às mulheres continua a fazer sentido porque “ainda há muita discriminação, ainda há muitas conquistas por fazer, é uma luta diária que devemos travar e de que não podemos desistir”.

    A declaração de Marisa Matias foi proferida no âmbito dos depoimentos das deputadas da Esquerda Unitária do Parlamento Europeu (GUE/NGL) sobre a histórica data.

    Disse a deputada eleita pelo Bloco de Esquerda que “só no dia em que tivermos as mesmas condições de acesso ao trabalho, que tenhamos salários iguais pelo mesmo trabalho efectuado, só no dia em pudermos viver numa sociedade que já não seja sexista, só no dia em que pudermos dizer que todos os nossos direitos estão adquiridos, então sim poderemos dizer que um dia dedicado à mulher não faz sentido”. Porque “não há uma democracia completa e exigente enquanto as mulheres não tiverem os mesmos direitos que os homens”.

    Recém-chegada do Egipto, Marisa Matias explicou que se confrontou com as evidências de um regime que oprimiu de modo muito especial as mulheres através “da opressão social, dos não-direitos políticos, económicos e cívicos”.

    Infelizmente, acrescentou a eurodeputada, “esta história repete-se e repete-se e repete-se”. Por isso, “é preciso insistir, insistir e insistir para que não seja assim”.

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  5. Eurodeputadas lançam campanha "Salário igual - Já!"
    Terça, 08 Março 2011 13:36

    Terça-feira, Dia Internacional da Mulher, um grupo de eurodeputadas jovens, entre elas Marisa Matias do Bloco de Esquerda, lançou em Estrasburgo a campanha “Salário Igual – JÁ”. Dentro do plenário decorria a cerimónia institucional do Centenário do Dia Internacional da Mulher. Cá fora, as deputadas de vários grupos políticos denunciavam a discriminação salarial, usando para tal bigode e chapéu, exibindo uma modeda de 1 euro amputada de 17,5 por cento da sua área, e apresentaram a iniciativa dizendo não querer esperar mais. Uma a uma, na sua língua, gritaram “o mesmo salário para homens e mulheres, já!”. Depois de assinado o documento de iniciativa, entregaram-no ao Presidente do Parlamento Europeu que conduzia as cerimónias institucionais. As deputadas querem que a Comissão actue imediatamente.
    Veja o vídeo aqui
    Marisa Matias: Um dia da mulher continua a fazer sentido
    Ao abrigo dos novos poderes do Parlamento Europeu, as deputadas apresentaram uma iniciativa para que a Comissão apresente propostas legislativas imediatas para finalmente concretizar o direito que as mulheres já têm contemplado desde o Tratados Europeu de Roma de 1957: salário igual. Na UE, a diferença salarial continua a existir e não diminuiu. Em média, as mulheres ganham 17,5% menos que os homens. As deputadas não querem esperar mais.

    Já em 2008 o Parlamento Europeu aprovara um relatório sobre as disparidades salariais entre homens e mulheres, exortando a Comissão a apresentar propostas legislativas concretas. Mas nada aconteceu. A Comissária Viviane Reding anunciou a criação do primeiro Dia Europeu da Igualdade Salarial, dia 5 de Março. O anúncio foi feito na véspera sem qualquer medida. Para Marisa Matias, “comunicados de imprensa anunciando datas sem nenhuma acção concreta não é suficiente”. A deputada quer que a Comissão "aja agora”, por isso as jovens eurodeputadas usam esta nova figura de iniciativa “para conseguir que a Comissão faça o seu trabalho de casa”.

    Para além de Marisa Matias do GUE/NGL, subscrevem o documento Franziska Brantner (Verdes, Alemanha), Karima Delli (Verdes, França), Eider Gardiazábal Rubial (S&D, Espanha), Kartika Liotard (GUE/NGL, Holanda), Barbara Matera (PPE, Itália), Emma McClarkin (Conservadores, Reino Unido), Ramona Manescu (Liberais, Roménia), Mariya Nedelcheva (PPE, Bulgária) e Catherine Stihler – (S&D, Reino Unido).

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  6. Se não gostas de ser explorado, não explores

    por Andrea Peniche
    24.3.11

    O Diário de Notícias dá hoje conta de um estudo realizado pela CGTP, com base em dados do INE e do Ministério do Trabalho, que revela que as mulheres, para além da sua jornada de trabalho remunerado, lhe acrescentam mais 16 horas semanais, não remuneradas, com tarefas relacionadas com a família.

    Os números são novidade, mas apenas confirmam aquilo que toda a gente já sabia: a entrada das mulheres no mundo do trabalho assalariado não lhes retirou responsabilidades com as tarefas domésticas e de apoio à família (crianças e velhos).

    Do meu ponto de vista, isto só lá vai se duas ideias forem claras:

    1. Substituir o tranquilizador argumento da «ajudinha» pela prática da partilha;

    2. Perceber que não se constrói igualdade, entre outras coisas, com políticas de austeridade cegas: quando se corta nos apoios sociais, aumenta-se o fardo das mulheres, uma vez que são elas as «tapa-furos» da ausência de Estado social.

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