quarta-feira, 29 de junho de 2011

A Grécia aqui tão perto...


Ontem conhecemos o programa do governo, hoje anunciam-se novas "medidas de carácter extraordinário"...

Amanhã...



(imagem: Bleeps.gr)

3 comentários:

  1. Alternativas

    O baixo crescimento é o problema fundamental e está intrinsecamente relacionado com o Euro. Ou as normas e prioridades da Zona Euro e do Euro mudam substancialmente ou seremos obrigados a abandoná-los. Com custos pesados, mas que ao menos mostram luz ao fundo do túnel.

    Octávio Teixeira
    Postado por João Rodrigues

    ResponderEliminar
  2. Parlamento grego aprova mais austeridade
    Num parlamento cercado por manifestantes, o primeiro-ministro socialista conseguiu a maioria dos votos para um novo plano de privatizações, cortes salariais e aumento de impostos, uma condição imposta pelo FMI para emprestar mais 17 mil milhões de euros à Grécia.
    Artigo | 29 Junho, 2011 - 15:48

    Milhares de polícias foram colocados junto ao parlamento e lançaram gás lacrimogéneo sobre os manifestantes. O plano de austeridade passou por 155 votos contra 138, tendo um deputado do PASOK votado contra o seu partido e um deputado da oposição apoiado o plano do governo.

    Nas ruas, milhares de pessoas manifestaram-se contra o novo plano de austeridade, no segundo dia de greve geral. Foi a primeira vez desde o fim da ditadura militar que os gregos entraram em greve por mais de 24 horas.

    A noite de terça-feira ficou marcada por confrontos nas ruas entre a polícia e grupos de manifestantes e mesmo depois do anúncio da votação têm-se repetido as cenas de violência. Milhares de polícias foram destacados para a zona do parlamento e têm disparado gás lacrimogéneo e balas de borracha sobre os manifestantes. Depois das dezenas de feridos nos confrontos de terça-feira, a praça Syntagma voltou hoje a ser transformada num campo de batalha, com milhares de pessoas em fuga e a polícia a tentar encurralá-las nas ruas mais estreitas daquela zona da cidade. O correspondente da BBC em Atenas afirma que bombas de gás lacrimogéneo foram atiradas para a estação do metro, fazendo diversas pessoas cair nas escadas, sufocadas. Cerca de 500 pessoas receberam assistência no interior da estação, com problemas respiratórios devido à nuvem de gás que percorria o centro de Atenas.

    O uso de gás lacrimogéneo em larga escala foi também tema de debate no parlamento, com os deputados a criticarem as ordens dadas nesse sentido às forças policiais e a apelarem ao fim da "guerra química" travada à porta do edifício enquanto decorria a votação. Após a votação, os confrontos estenderam-se até junto do edifício do ministério das Finanças, que acabou por ficar parcialmente incendiado.

    A sociedade grega já vive os efeitos do primeiro pacote de medidas que foi posto em marcha com a primeira tranche do empréstimo e que levou ao corte de 10% nos salários dos 800 mil trabalhadores do sector público. Com o novo plano, ao fim de três anos de recessão, a imprensa de Atenas calcula que cada família terá de pagar mais 2795 euros por ano, mais ou menos o rendimento médio mensal das famílias gregas.

    "Os manifestantes sentem que o primeiro memorando agravou a crise", diz Stathis Kouvelakis, professor de economia política em Londres, que sublinha o simbolismo das imagens de manifestações em frente ao parlamento que têm corrido o mundo. "É o sistema político contra o povo. Existe uma ruptura de legitimidade profunda", declarou o investigador ao diário francês Le Monde.

    A pressão da opinião pública e a irredutibilidade da oposição no parlamento trouxeram mais expectativa quanto ao comportamento dos deputados da maioria PASOK nesta votação, que acabou por decorrer favoravelmente aos planos da troika. A chanceler alemã Angela Merkel reagiu de imediato ao anúncio do resultado, classificando-o como "uma excelente notícia". Na próxima semana, o parlamento alemão irá votar as garantias bancárias para esta tranche do empréstimo à Grécia.

    ResponderEliminar
  3. Reino Unido: Greve dos trabalhadores da função pública
    Os trabalhadores da função pública estão hoje em greve no Reino Unido. Estão também previstas manifestações contra a austeridade imposta pelo governo conservador, em várias cidades do país.
    Artigo | 30 Junho, 2011 - 11:28

    Piquete de greve do PCS junto à New Scotland Yard em Londres . A greve contra os cortes nas reformas foi convocada por três sindicatos do sector da educação e por dois sindicatos de trabalhadores da função pública: o sindicato dos serviços públicos e comerciais (PCS) e o GMB. Juntamente com a greve estão convocadas manifestações, nomeadamente uma para o centro de Londres.

    No sector da educação prevê-se que a greve paralise por completo cerca de 3.000 escolas e parcialmente mais 2.500 em Inglaterra e no País de Gales.

    A greve terá também forte repercussão nos trabalhadores dos serviços de fronteiras dos aeroportos portos e estações ferroviárias, funcionários judiciais e noutros sectores da função pública.

    ResponderEliminar

Related Posts with Thumbnails