terça-feira, 8 de março de 2011

"Precários nos querem! Rebeldes nos terão!"

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Em contagem decrescente para o dia 12 de Março, jovens interrompem discurso de Sócrates em Viseu...



(notícia aqui, aqui e aqui)

13 comentários:

  1. Geração à Rasca interrompe discurso de Sócrates
    Sócrates foi interrompido mal iniciou a apresentação da sua moção política ao congresso do partido, em Viseu, e tentou desvalorizar a situação lembrando que "É Carnaval…". Mas pelos vistos os jovens levam muito a mal aquilo a que chamam as “políticas rasca” do Governo.
    Artigo | 8 Março, 2011 - 13:50

    Sócrates apenas tinha tido tempo para fazer os agradecimentos quando os jovens, munidos de um megafone, começaram a dizer: "Chegou a hora de a geração à rasca falar, isto é pacífico, só queremos falar". Cerca de uma dúzia de manifestantes ligados ao movimento Geração à Rasca foram esta segunda-feira à noite expulsos do local onde o secretário-geral do PS falava, depois de terem interrompido José Sócrates mal este iniciou a apresentação da sua moção política ao congresso do partido, em Viseu.

    Sócrates apenas tinha tido tempo para fazer os agradecimentos quando os jovens, munidos de um megafone, começaram a dizer: "Chegou a hora de a geração à rasca falar, isto é pacífico, só queremos falar". Os jovens que apenas queriam chamar a tenção para os problemas do desemprego e da precariedade, foram colocados na rua pela segurança, queixando-se de terem sido agredidos.
    "Eu fiz questão de dizer que era pacífico, mas fomos corridos a empurrões e houve uma rapariga que levou um pontapé", lamentou aos jornalistas Paulo Agante, do movimento Geração à Rasca, que agendou para o próximo sábado manifestações contra a precariedade em todo o país.

    Enquanto os jovens eram expulsos do salão onde decorria o jantar, gritando “Precários nos querem, rebeldes nos terão”, os participantes gritavam PS. "Se me permitem, camaradas, eu gostaria de fazer um convite às pessoas que agora entraram para jantar connosco, não temos nenhum problema nisso. Somos um partido da tolerância, estamos no Carnaval e a verdade é que no Carnaval ninguém leva a mal", interrompeu-os José Sócrates.

    Paulo Agante explicou aos jornalistas que ele e os colegas pagaram para entrar no jantar, durante o qual pretendiam manifestar o descontentamento que sentem por estarem desempregados e haver muitos jovens a trabalharem de forma precária. Agante criticou ainda Sócrates por ter dito que o PS é um partido de tolerância: "Enquanto nós estávamos a ser empurrados e pontapeados, eu não tirei os olhos dele, ele estava com um sorriso de satisfação na cara".

    Os jovens queixam-se ainda de lhes ter sido retirada a faixa que levavam, com a inscrição "Fim às políticas rascas" e "619 mil amigos gostam disto", numa alusão ao número de desempregados portugueses.

    Para Sócrates duas máscaras: uma rosa e outra laranja

    Antes do grupo ter sido expulso do recinto onde discursava José Sócrates, uma das jovens ainda teve tempo de entregar duas máscaras ao primeiro-ministro.

    "Uma delas laranja e a outra rosa, que era para se decidir pela políticas que toma, porque estamos fartos, não só das políticas do PS, como do PSD. Varia sempre entre os mesmos, o país vai de mal a pior e somos nós que sofremos", justificou Paulo Agante, do movimento "Geração à Rasca". Garantiu que os jovens não queriam "estragar a festa" a José Sócrates, apenas deixá-lo a reflectir sobre as palavras que iam dizer.

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  2. Ao que leio, doze jovens (doze), resolveram interromper o discurso de Sócrates, para se manifestarem. A blogosfera, cheia de activistas de sofá, deixou logo quinze posts no Twingly do Público a salivarem de contentamento. Sou insuspeito de gostar de Sócrates, já o disse aqui, mas não me parece o local indicado. Sabiam que o ambiente era hostil e mais do que isso, inadequado. É de má educação interromper o jantar de alguém, dizendo que a comida está um lixo. Mas isso não se aprende na universidade, aprende-se em casa. A agitação é na rua, e na rua doze gatos-pingados não têm visibilidade nenhuma. O que vocês querem é aparecer. Manifestem-se na rua, mobilizem, não façam agitprop para TV ver. É na rua que se travam os combates, não em salas partidárias ...
    Ponham os olhinhos no médio oriente.

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  3. Um horizonte carregado de núvens

    Diz o El País: "A União Europeia e os investidores deveriam ter em conta que se levam ao extremo o rigor da austeridade, países como a Irlanda, Portugal ou Grécia podem ver-se forçados a reestruturar a sua dívida, e os investidores e respectivos países teriam de pagar as consequências."

    Em vez de reuniões em Berlim, Zapatero já devia ter reunido com Sócrates e, no fim do encontro, deveriam ambos ter pronunciado esta frase do El País. Como argumento negocial, valeria muito mais que os resultados preliminares da austeridade. Infelizmente, o populismo que hoje domina a Alemanha não parece permitir decisões em Bruxelas que eliminem de vez a especulação contra o euro. Por isso, uma vez arrumado Portugal, os especuladores começarão a preparar o dia do juízo final da Espanha.

    Quanto à eficácia da austeridade na redução da nossa dívida pública, talvez consigamos fazer um pouco melhor que a Grécia. Mas, como aqui disse, já não nos livramos da reestruturação porque o problema da Ibéria não é de liquidez; é de crescimento sustentável. Assim, de acordo com a figura, os nossos credores em Espanha que se cuidem. E os da Espanha também, porque é uma questão de tempo.
    Postado por Jorge Bateira

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  4. Caro Fernando Lopes,

    Não questionamos a sua legítima discordância face à acção dos jovens em Viseu, mas esperamos que a agitprop governamental, que diariamente nos é servida pelas televisões, também lhe provoque a mesma indignação...

    Numa coisa estamos de acordo, a luta faz-se na rua (e em muitos outros locais, de diversificadas formas).

    Por isso mesmo, já no próximo sábado, a rua será o palco da luta... só ainda não decidimos se levamos o sofá ou apenas o activismo.

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  5. Testemunho :: Precariedade na ETT Cidade Trabalho
    Divulgamos de seguida o segundo testemunho de uma trilogia precária experienciada por um trabalhador de call center, desta vez numa entrevista de trabalho com a Empresa de Trabalho Temporário Cidade Trabalho.

    « Agência de escravos - parte II [Parte I]

    CIDADE TRABALHO - empresa que funciona (aparentemente) dentro das instalações da ESEGUR no Prior Velho.
    LOJA DA TMN em ENTRE-CAMPOS.

    Fui a uma entrevista na zona do Prior Velho, dentro das instalações da ESEGUR.
    Estranhei porque é uma empresa de Segurança, estando várias pessoas no local para realizar provas de selecção.
    Antes de chegar à fala com alguém sobre a vaga de trabalho para a qual me candidatei, fui literalmente obrigado a preencher uma ficha, com todos os dados possíveis e imaginários. Após preencher a dita ficha tive que fazer um teste de forma a avaliarem o meu perfil…após uma hora dizem-me então para passar a outra sala, e que vou ter que fazer um novo teste para testar as minhas competências de vendedor!
    E eu: Como é que é? Então não me avisam que tenho que fazer teste, antes de qualquer entrevista?
    Entrevistadora: Ah então podemos fazer já a entrevista…mas se quiser ser considerado terá que fazer o teste no final!
    Eu: Okay, mas entreviste-me já, porque não me avisaram destes testes prévios.

    Condições para se trabalhar para a Loja PTBLUESTORE:

    Formação: 5 semanas – Formação on Job;
    Garantias de ficar no lugar: ZERO (obviamente)
    Remuneração: Formação: 2,60 (aproximadamente) Apto ; 1.60 (aproximadamente) Não Apto.
    Contrato no caso de ser escolhido após a formação: Temporário.
    Após a explanação das condições pergunto: Isto é mais um esquema à Call Center da PT?
    Não, não nos compensa fazer formações, até porque ganho consoante as pessoas que formo.

    Conclusão: Não fui sequer considerado para fazer a formação..
    Mais um esquema de exploração de mão-de-obra barata.
    Conclusão: Obtêm um determinado número de pessoas, e durante aproximadamente um mês, têm pessoas a trabalhar numa loja, quase gratuitamente; Trabalhar numa loja PTBLUESTORE deve ser um trabalho altamente complexo, para que sejam necessárias 5 semanas de formação. »

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  6. Dividir para reinar

    A era neoliberal dos últimos trinta anos constitui um recuo de enormes proporções face às aspirações de viver num mundo decente. Na generalidade das economias industrializadas - e também em Portugal -, a repartição funcional do rendimento desequilibrou-se sistematicamente em favor do capital e em detrimento do trabalho. Em termos reais e apesar dos ganhos de produtividade que se registaram entretanto, os salários encontram-se estagnados há três décadas em numerosos países, e em todo o lado cresceram menos do que os rendimentos do capital. O Estado social vai sendo progressivamente desmantelado, com a alegação da pretensa superioridade organizativa do sector privado e as pressões austeritárias a constituírem as tenazes através das quais direitos tão básicos como a saúde e a educação são entregues à lógica da mercadorização e da exclusão dos que não têm capacidade para pagar. Generaliza-se a precariedade dos vínculos laborais. Reduzem-se ou eliminam-se até mesmo os mais tímidos mecanismos redistributivos, como o rendimento social de inserção ou o abono de família.

    Mas não se pode esticar a corda indefinidamente. O crescimento exponencial do crédito ao consumo, sobretudo à habitação, permitiu disfarçar a expropriação e mitigar o descontentamento durante algum tempo – mas tal como o sol não se tapa com a peneira, também a desigualdade não se resolve através do crédito. Agora, ao esgotar-se a possibilidade do recurso generalizado ao crédito enquanto mecanismo temporário de acomodação das tensões sociais, estas agudizam-se – nas ruas, nos locais de trabalho, na batalha das ideias. Aumentam a indignação e a mobilização populares e, com elas, as esperanças de um movimento generalizado de resistência à barbárie.

    Ao mesmo tempo, surgem também as tentativas de deflectir a indignação e a revolta para alvos que assegurem a manutenção do status quo: os imigrantes, que supostamente estão na origem da deterioração da situação dos nacionais; os funcionários públicos, que supostamente gozam de regalias indevidas; as gerações mais velhas, que supostamente quiseram tudo e enquistaram nas posições alcançadas. Dividir para reinar: nacionais contra estrangeiros, trabalhadores do sector privado contra funcionários públicos, precariado jovem contra as gerações anteriores.

    Conhecemos a estratégia e não nos deixamos enganar por ela. Jovens precários, desempregados, imigrantes, funcionários públicos ou trabalhadores em geral, a nossa luta é a mesma: contra a desigualdade, contra o abuso, por uma sociedade decente. Se temos um inimigo, são as elites medíocres que beneficiam deste estado de coisas e os ainda mais medíocres apaniguados que articulam o discurso que convém a estas. Por isso estaremos na rua no dia 12 e, depois, no dia 19. E não pararemos por aí.

    Postado por Alexandre Abreu

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  7. Concertação Social: CGTP recusa acordo tripartido
    CGTP e Confederação dos Agricultores recusam-se a assinar o acordo tripartido proposto pelo governo e que será apresentado na cimeira da zona euro em Bruxelas. CGTP afirma que a declaração é “inaceitável e prejudicial para o país” e que irá “aumentar a precariedade, o desemprego e a recessão”.
    Artigo | 9 Março, 2011 - 17:48

    Carvalho da Silva. Foto de Tiago Petinga/Lusa(arquivo). A CGTP e a Confederação dos Agricultores (CAP) recusaram assinar a declaração tripartida discutida esta quarta-feira na reunião de Concertação Social e que o governo pretende levar à cimeira em Bruxelas na próxima sexta-feira.

    O documento prevê que os parceiros mantenham o diálogo no sentido de chegar a um acordo sobre as cinquenta propostas do executivo socialista aprovadas em Conselho de Ministros em Dezembro, entre as quais a simplificação dos processos de lay-out, a redução das indemnizações em caso de despedimento e a criação de um fundo que venha a financiar os despedimentos.

    Carvalho da Silva, secretário-geral da CGTP, considera que “a concertação está esvaziada de conteúdos concretos porque está desfocada dos problemas centrais” e que o documento contribui para “aumentar a precariedade, o desemprego e a recessão”.

    O representante da CGTP afirmou que irá estar na próxima reunião de Concertação Social, apesar de ter consciência “de que este processo está fechado antes de se iniciar”.

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  8. CGTP abandona a farsa para alemão ver
    Os dirigentes da CGTP sairam da reunião da concertação social onde a Ministra do Trabalho tentava que os parceiros sociais assinassem um documento para levar a Bruxelas na sexta-feira.


    Esse documento era uma declaração conjunta dos parceiros sociais (Governo, patrões e sindicatos) onde se comprometiam a reformas no mercado do trabalho e a flexibilizar as leis laborais.




    Carvalho da Silva, secretário-geral da CGTP, afimrou: “A CGTP abandona a reunião porque esta declaração é inaceitável e prejudicial para o país. Não é por aqui que se ganha credibilidade e que Portugal responde aos desafios que tem pela frente”.


    Os Precári@s Inflexíveis assinalam a posição da CGTP e consideram que a pressão para que os representantes dos trabalhadores assinem um documento que irá trazer mais precariedade e desemprego é, de facto, inaceitável.


    Dia 12 de Março, dia 19 de Março e dia 1 de Maio os precários e as precárias saem para a rua com o resto dos trabalhadores para, precisamente, recusarem a precariedade. A nossa voz será ouvida desde o Porto e Lisboa até Bruxelas e Berlim.


    Publicada por Precários Inflexíveis

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  9. Protesto “Geração à Rasca” estende-se a emigrantes
    Protesto “Geração à Rasca”, já convocado para dez cidades portuguesas, vai ultrapassar as fronteiras. Já existe confirmação de iniciativas em Londres, Haia, Paris, Berlim, Barcelona, Estugarda e Copenhaga.
    Artigo | 9 Março, 2011 - 14:31

    O protesto da "Geração à Rasca", agendado para o próximo dia 12 de Março, pelas 15h, na Avenida da Liberdade em Lisboa, e na Praça da Batalha, no Porto, e que já mobiliza, no Facebook, mais de 47 mil participantes, vai ultrapassar as fronteiras portuguesas.

    Esta iniciativa, que já foi convocada para Lisboa, Porto, Viseu, Leiria, Faro, Funchal, Castelo Branco, Braga, Guimarães e Ponta Delgada está igualmente a ser agendada para várias embaixadas Portuguesas. O evento recém-criado no Facebook intitulado “Protesto da Geração à Rasca no estrangeiro” já tem protestos confirmados para Londres, Haia, Paris Berlim, Barcelona, Estugarda e Copenhaga.

    A cidade com mais participantes já confirmados é Barcelona. Os 69 participantes deverão concentrar-se em frente ao Consulado Geral de Portugal.

    Na convocatória, Vasco Diogo, um dos criadores do evento, dirige-se “a todos aqueles que se revejam no protesto que se vai realizar em Portugal. Seja porque que tenham emigrado por falta de oportunidades, em busca de melhores condições de vida ou simplesmente porque estejam solidários com a precariedade laboral vivida por milhares de portugueses e reconheçam a gravidade do que isso implica para a estabilidade e bem-estar social no país.”. Este jovem desafia: “não fiquem à espera que vos digam se vai haver manif ou não no país onde residem. Iniciem o vosso próprio evento e convidem o maior número de pessoas possível!”.

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  10. Comunicado de Imprensa n.º 017/11

    Posição da CGTP-IN relativa à
    “Declaração Conjunta sobre um Acordo Tripartido para a Competitividade e Emprego”

    A proposta de declaração apresentada pelo Governo é inaceitável, dado que não se integra num processo de negociação sério e genuíno destinando-se, exclusivamente, a obter o apoio dos parceiros sociais às suas políticas, em especial às chamadas 50 medidas plasmadas na resolução do Conselho de Ministros de 15 de Dezembro de 2010, algumas delas claramente anti-sociais, que já mereceram a oposição da CGTP-IN.

    A CGTP-IN está disponível para participar num processo de diálogo e de negociação que, respeitando as posições das partes, se dirija á resolução dos problemas dos trabalhadores, das trabalhadoras e do país. Mas recusa dar aval a processos que se destinem a caucionar ou a credibilizar políticas que se têm traduzido no crescimento do desemprego, na redução dos salários, no aumento da precariedade, na redução da protecção social e do desemprego, na diminuição do poder de compra das pensões de reforma e na submissão do país aos ditames da agiotagem internacional.

    A CGTP-IN entende o diálogo e a negociação como um processo sério e construtivo, em que a negociação colectiva desempenha um papel fundamental na definição e na regulação das condições de trabalho ao nível sectorial e de empresa, consubstanciada na harmonização social no progresso e no respeito pelos conteúdos acordados. Este entendimento recusa a intervenção administrativa e legislativa como meio de esvaziar e destruir a contratação. E implica que o Governo revogue a norma que prevê a caducidade e adopte uma postura dissuasora do boicote patronal à negociação que se verifica nos últimos anos, sem o que não há contratação colectiva livre e equilibrada.

    A CGTP-IN opõe-se à contínua fragilização do princípio da proibição do despedimento sem justa causa, por via da facilitação dos despedimentos, agora apresentada sob a forma de redução do valor das indemnizações por despedimento colectivo, por extinção do posto de trabalho, por inaptidão, ou por cessação do contrato a termo. Esta é uma forma de tratar os direitos dos trabalhadores como um negócio mercantilista, situação inadmissível que, por isso mesmo, se rejeita.

    A CGTP-IN considera imprescindível a dinamização do sector produtivo, o crescimento dos salários e das pensões e a criação de um regime de protecção excepcional aos desempregados, como meio de assegurar a soberania do país, dinamizar o crescimento e o emprego estável e com direitos e gerar a confiança entre os jovens. Estas e outras posições têm sido materializadas em propostas apresentadas em diferentes documentos dirigidos ao Governo e em sede de Concertação Social, que agora são reafirmadas e reiteradas.

    A chamada “Declaração Conjunta” insiste na tese da rigidez da legislação laboral portuguesa e adopta o princípio neoliberal da flexibilidade do emprego como meio de crescimento, o que sabe ser falso. Ou seja, toda a sua fundamentação assenta na doutrina e medidas que conduziram o país, os trabalhadores e as suas famílias, à situação injusta e aflitiva em que hoje se encontram.

    Pelo conteúdo, mas também pela forma como é apresentada, reafirmamos que a referida Declaração é totalmente inaceitável porque é geradora de mais pobreza e desigualdades sociais e contrária aos interesses dos trabalhadores e ao desenvolvimento económico e social do país.

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  11. 12 Março: quem sabe faz a hora, não espera acontecer!

    Eu vou participar. Porque esta é uma manifestação de todas as gerações. De todos os que sobrevivem cada dia e fazem de cada dia um recomeço. De todos os que não têm lugar cativo nas administrações, nos gabinetes do poder, na especulação bolsista ou nos offshores, nem são os boys do sistema. Dos que têm emprego e temem perdê-lo por causa duma economia contra as pessoas. Dos que têm trabalho, mas não têm emprego. Dos que não têm trabalho nem emprego. Dos que só têm presente, porque lhes estão a roubar o direito ao futuro.
    Podemos ter ideias diversas sobre as alternativas a esta ditadura dos mercados financeiros que inferniza as nossas vidas, estes novos deuses do dinheiro incensados por elites servis. Podemos até não ter ideias, que a coisa está difícil. Mas, como dizia o poeta José Régio, se "Não sei por onde vou, não sei para onde vou - sei que não vou por aí!". O que já é um bom começo e razão bastante para participar no dia 12.
    Porque não vens também?

    Henrique Sousa, da Direcção da ATTAC Portugal

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  12. PROFESSORES TAMBÉM ESTARÃO NA AVENIDA DA LIBERDADE DIA 12 MARÇO!
    DIA 12 MARÇO VAMOS ENCHER A AVENIDA DA LIBERDADE


    O Movimento de professores e educadores 3R’s esteve em todas as lutas contra o governo e as suas políticas anti-educativas. Estivemos e ajudámos a mobilizar, sem sectarismos, as lutas dinamizadas pelos dirigentes sindicais mas também lutas que não foram dinamizadas por aqueles: 15 Novembro 2008, 24 Janeiro 2009, 13 Setembro 2010, 4 Março 2011, etc.
    No entanto nunca concordámos que as direcções sindicais tradicionais tenham apenas por objectivo negociar e fazer acordos e entendimentos com o governo que nem sequer são debatidos e decididos democraticamente pela classe e são mesmo prejudicais à base. Defendemos a necessidade de Renovar, Refundar e Rejuvenescer (3Rs) o movimento reivindicativo, ajudando assim a construir uma alternativa democrática e combativa. É fundamental começar a construir algo de novo. A mobilização que se está a construir em torno do Protesto dos Precários/Geração à Rasca do próximo sábado, dia 12 de Março, na Avenida da Liberdade, poderá dar passos importantes para a construção daquela alternativa nova, democrática e combativa.
    A classe docente possivelmente é a mais precária da função pública e é fundamental que, perante o ataque unido do governo Alçada-Sócrates em precarizar todas as relações de trabalho e os próprios direitos da generalidade dos efectivos, enchendo assim os bolsos da banca e boys, estejamos unidos com outros sectores precarizados ou com direitos ameaçados na Avenida da Liberdade no dia 12 de Março.


    Muitos professores naturalmente vão estar também no Campo Pequeno no dia 12 de Março conforme convocatória dos dirigentes da FENPROF e de outros sindicatos; o Movimento 3Rs, mais uma vez sem sectarismo, também aí estará presente.
    No entanto, para começarmos a dar a volta a isto – não ficarmos sempre condenados a escolher o mal menor ou obrigados a aceitar acordos sem democracia de base… - teremos que nos unir aos outros sectores. Queremos ajudar a construir movimentos novos, sem "velhos vícios sindicais" (que têm impedido de responder eficazmente aos ataques governamentais e feito perder as oportunidades que as mobilizações históricas da classe têm proporcionado…), e por isso apelamos para a participação do protesto na Avenida da Liberdade.
    Pela unidade de todos os sectores contra a precariedade no emprego e nos direitos! Todos, cada vez mais, somos precários!
    Despedimentos e ataques no ensino são para pagar bancos e boys!
    Na Avenida da Liberdade e com o Movimento 3Rs, vem ajudar a construir uma alternativa democrática e combativa!
    Dia 12 de Março, às 14h30, à frente do Diário de Notícias
    (no início da Avenida da Liberdade, do lado esquerdo, de quem desce do Marques de Pombal). JUNTA-TE A NÓS: professores, funcionários, estudantes e todos os outros sectores são bem vindos!
    Publicada por Renovar Refundar Rejuvenescer SPGL

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  13. Artistas participam no Protesto “Geração à Rasca”
    Mais de 53 mil pessoas já assinalaram que vão participar no protesto, que está convocado para 11 cidades portuguesas. Em Lisboa, está confirmada a participação de diversos artistas. No estrangeiro, estão também marcados protestos de emigrantes portugueses em 10 cidades europeias.
    Artigo | 10 Março, 2011 - 18:25

    Protesto está convocada para 11 cidades portuguesas Continuam a aumentar as adesões ao Protesto “Geração à Rasca” no facebook, juntando, por ora, mais de 53.600 pessoas, que dizem que vão participar no protesto.

    Também aumentaram o número de locais para onde está convocado o protesto, sendo já onze cidades, segundo o blogue geracaoenrascada : Braga, Castelo Branco, Coimbra, Faro, Funchal, Guimarães, Leiria, Lisboa, Ponta Delgada, Porto e Viseu. Entretanto, jovens emigrantes portugueses também se juntaram ao protesto e estão a convocá-lo (também pelo facebook) para dez cidades europeias: Haia, Londres, Barcelona, Madrid, Berlim, Estugarda, Paris, Copenhaga, Ljubljana e Luxemburgo.

    Para a acção de Lisboa está confirmada, segundo o blogue do protesto, a participação dos seguintes artistas: Homens da Luta, Lúcia Moniz, Paulo de Carvalho, Chullage, Blasted Mechanism, Rui Veloso, Luís Represas, Kumpania Algazarra, Vitorino, Valete, Nação Vira Lata, Social Smokers, Fernando Tordo, Tiago Bettencourt e Zé Pedro.

    Também algumas associações académicas estão a apoiar o protesto, tendo a Associação Académica de Coimbra (AAC) decidido disponibilizar autocarros para transportar até Lisboa os estudantes que queiram participar no protesto. À agência Lusa, o presidente da direcção-geral da AAC, Eduardo Melo, declarou: "Não podíamos ficar indiferentes a um protesto que alerta para o facto de termos uma geração com o futuro ameaçado".

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