terça-feira, 13 de novembro de 2012
domingo, 11 de novembro de 2012
A Merkel não manda aqui!
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Não admitimos que outros decidam por nós. Não aceitamos que os nossos governos aceitem que nos destruam a todos para favorecer alguns. Recusamos em absoluto que as decisões sejam tomadas por quem não elegemos, mesmo quando quem elegemos se submete de bom grado a decisões que, pura e simplesmente, nos destroem.
Angela Merkel simboliza tudo isto. Por isso, queremos deixar muito claro que não manda aqui. Nunca votámos nela. Recusamos a austeridade que quer impor à Europa, como rejeitamos os governos que a aceitam.
Por tudo isto, vamos dizer-lhe, muito claramente: Fora Daqui!
Saindo do Largo do Calvário às 13h, seguiremos até Belém onde expressaremos claramente que a Merkel Não Manda Aqui!
Dia 12 de Novembro, Angela Merkel vem a Portugal.
E Angela Merkel representa a Europa da austeridade, a Europa nas mãos do poder financeiro, a Europa dos directórios, do poder político não sufragado, a Europa cada vez mais sujeita a instâncias internacionais que promovem a destruição das nossas economias e sociedades. Angela Merkel é uma das figuras de proa da ideologia que nos impõe a pobreza, o desemprego, a precariedade e a destruição do estado social, tendo a troika e os governos troikistas como armas....
E Angela Merkel representa a Europa da austeridade, a Europa nas mãos do poder financeiro, a Europa dos directórios, do poder político não sufragado, a Europa cada vez mais sujeita a instâncias internacionais que promovem a destruição das nossas economias e sociedades. Angela Merkel é uma das figuras de proa da ideologia que nos impõe a pobreza, o desemprego, a precariedade e a destruição do estado social, tendo a troika e os governos troikistas como armas....
Não admitimos que outros decidam por nós. Não aceitamos que os nossos governos aceitem que nos destruam a todos para favorecer alguns. Recusamos em absoluto que as decisões sejam tomadas por quem não elegemos, mesmo quando quem elegemos se submete de bom grado a decisões que, pura e simplesmente, nos destroem.
Angela Merkel simboliza tudo isto. Por isso, queremos deixar muito claro que não manda aqui. Nunca votámos nela. Recusamos a austeridade que quer impor à Europa, como rejeitamos os governos que a aceitam.
Por tudo isto, vamos dizer-lhe, muito claramente: Fora Daqui!
Saindo do Largo do Calvário às 13h, seguiremos até Belém onde expressaremos claramente que a Merkel Não Manda Aqui!
Nota: Para além do protesto dinamizado pelo movimento Que se lixe a troika! existem outras acções agendadas para amanhã, incluindo a iniciativa Panos pretos contra a troika! e concentrações organizadas pela CGTP em Lisboa, Porto, Braga e Faro.
sábado, 10 de novembro de 2012
Bardamerkel
Bardamerkel (do pobre Beethoven) - Coro da Achada
Bardamerkel
bardamerkel
bardamerkel
bardamer...
... da finança é marioneta
lacaia do capital
bardamerkel
bardamerkel
essas contas cheiram mal
do banqueiro é amiguinha
ai a santa austeridade
bardamerkel
bardamerkel
erro de contabilidade
o cavaco faz-lhe uma vénia
dá-lhe prendas de natal
bardamerkel
bardamerkel
autoclismo é essencial
ei-lo agora D. Coelhinho
primeiro de portugal
bardamerkel
bardamerkel
de joelhos serviçal
vens-me ao bolso, apertas-me o cinto
e já se vê o fundo ao tacho
bardamerkel
bardamerkel
acho que vais água abaixo
pensámos fazer-te uma vaia
mas talvez o avião caia
bardamerkel
bardamerkel
não somos da tua laia
pró coelho uma cenoura
e o chicote anda de fraque
bardamerkel
bardamerkel
tu não vales mais que um traque
ela passa aqui de visita
faz a notícia do jornal
bardamerkel
bardamerkel
sê mal vinda ao curral
.
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Carta aberta a Angela Merkel
.
Cara chanceler Merkel,
Cara chanceler Merkel,
Antes de mais, gostaríamos de referir que nos
dirigimos a si apenas como chanceler da Alemanha. Não votámos em si e não
reconhecemos que haja uma chanceler da Europa. Nesse sentido, nós, subscritores
e subscritoras desta carta aberta, vimos por este meio escrever-lhe na qualidade
de cidadãos e cidadãs. Cidadãos e cidadãs de um país que pretende visitar no
próximo dia 12 de Novembro, assim como cidadãos e cidadãs solidários com a
situação de todos os países atacados pela austeridade. Pelo carácter da
visita anunciada e perante a grave situação económica e social vivida em
Portugal, afirmamos que não é bem-vinda. A senhora chanceler deve ser
considerada persona non grata em território português porque
vem, claramente, interferir nas decisões do Estado Português sem ter sido
democraticamente mandatada por quem aqui vive.
Mesmo assim, como o nosso governo há algum
tempo deixou de obedecer às leis deste país e à Constituição da República,
dirigimos esta carta directamente a si. A presença de vários grandes empresários
na sua comitiva é um ultraje. Sob o disfarce de "investimento estrangeiro", a
senhora chanceler trará consigo uma série de pessoas que vêm observar as ruínas
em que a sua política deixou a economia portuguesa, além da grega, da irlandesa,
da italiana e da espanhola. A sua comitiva junta não só quem coagiu o Estado
Português, com a conivência do governo, a privatizar o seu património e bens
mais preciosos, como potenciais beneficiários desse património e de bens
públicos, comprando-os hoje a preço de saldo.
Esta interpelação não pode nem deve ser vista
como uma qualquer reivindicação nacionalista ou chauvinista – é uma interpelação
que se dirige especificamente a si, enquanto promotora máxima da doutrina
neoliberal que está a arruinar a Europa. Tão pouco interpelamos o povo alemão,
que tem toda a legitimidade democrática para eleger quem quiser para os seus
cargos representativos. No entanto, neste país onde vivemos, o seu nome nunca
esteve em nenhuma urna. Não a elegemos. Como tal, não lhe reconhecemos o direito
de nos representar e menos ainda de tomar decisões políticas em nosso
nome.
E não estamos sozinhos. No próximo dia 14 de
Novembro, dois dias depois da sua anunciada visita, erguer-nos-emos com outros
povos irmãos numa greve geral que inclui muitos países europeus. Será uma
greve contra governos que traíram e traem a confiança depositada neles pelas
cidadãs e cidadãos, uma greve contra a austeridade conduzida por eles. Mas não
se iluda, senhora chanceler. Também será uma greve contra a austeridade imposta
pela troika e por todos aqueles que a pretendem transformar em
regime autoritário. Será, portanto, uma greve também contra si. E se saudamos os
nossos povos irmãos da Grécia, de Espanha, de Itália, do Chipre e de Malta,
saudamos também o povo alemão que sofre connosco. Sabemos bem que o
Wirtschaftswunder, o “milagre económico” alemão, foi construído com base
em perdões sucessivos da dívida alemã por parte dos seus principais credores.
Sabemos que a suposta pujança económica alemã actual é construída à custa de uma
brutal repressão salarial que dura há mais de dez anos e da criação massiva de
trabalho precário, temporário e mal-remunerado, que aflige boa parte do povo
alemão. Isto mostra também qual é a perspectiva que a senhora Merkel tem para a
Alemanha.
É plausível que não nos responda. E é provável
que o governo português, subserviente, fraco e débil, a receba entre flores e
aplausos. Mas a verdade, senhora chanceler, é que a maioria da
população portuguesa desaprova cabalmente a forma como este governo, sustentado
pela troika e por si, está a destruir o país. Mesmo que escolha um percurso
secreto e um aeroporto privado, para não enfrentar manifestações e protestos
contra a sua visita, saiba que essas manifestações e protestos ocorrerão em
todo o país. E serão protestos contra si e aquilo que representa. A sua comitiva
poderá tentar ignorar-nos. A Comissão Europeia, o Fundo Monetário Internacional
e o Banco Central Europeu podem tentar ignorar-nos. Mas somos cada vez mais,
senhora Merkel. Aqui e em todos os países. As nossas manifestações e protestos
terão cada vez mais força. Cada vez conhecemos melhor a realidade. As histórias
que nos contavam nunca bateram certo e agora sabemos serem mentiras
descaradas.
Acordámos, senhora Merkel. Seja mal-vinda a
Portugal.
Nota: A carta aberta a Angela Merkel, acima transcrita, pode ser subscrita em carachancelermerkel.blogspot.pt
terça-feira, 6 de novembro de 2012
A nossa luta é internacional
Comício Internacional "Vencer a Troika"
sexta-feira, 09 de Novembro, 21h30
Pavilhão do Casal Vistoso - metro Areeiro - Lisboa
Com Cayo Lara (Izquierda Unida), Alda Sousa (Bloco de Esquerda), Gabriele Zimmer (Die Linke), Francisco Louçã (Bloco de Esquerda), Jean-Luc Mélenchon (Parti de Gauche), Marisa Matias (Bloco Esquerda) e Alexis Tsipras (Syriza).
Mais informações, incluindo mapa com a localização do local onde decorrerá o comício, disponíveis em Esquerda.net.
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
Sigur Rós - the valtari mystery film experiment - film #4: rembihnútur
rembihnútur - film by arni & kinski
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Amanhã, todos a São Bento!
No dia 15 de Setembro juntámos as vozes e reclamámos, por todo o país, o nosso legítimo direito de dizer BASTA! Fomos um milhão. Juntos, cidadãos e cidadãs com ou sem partido, movimentos sociais e organizações sindicais, unidos pela força da razão, gritámos contra a Troika e todos os governos que, a seu mando, impõem medidas criminosas e austeritárias. A TSU recuou. Mas o governo, aliado do terrorismo financeiro, continuou o seu ataque, como seria de esperar. O Orçamento para 2013 é a arma agora encontrada ...
e apontada a nós, para continuar a destruir as nossas vidas.
Na rua, exercendo um acto de cidadania e de revolta, nós também não desistimos. Não desistimos da vontade legítima de recusar a prepotência, o engano e a mentira, de recusar o fim daquilo por que gerações lutaram e conquistaram e que é nosso: trabalho com direitos, sistema nacional de saúde, escola pública, a arte, a cultura. No dia 13 de Outubro, por todo o país, centenas de profissionais das artes do espectáculo juntaram a sua à nossa voz e gritaram também QUE SE LIXE A TROIKA! Cultura é resistência. Não desistimos. Somos, todos e todas, desempregados, actores sem companhia, trabalhadores dos estaleiros de Viana, sem-abrigo, operários e operárias sem fábrica, estudantes sem bolsa, alunos sem pequeno-almoço, precários, reformados, pensionistas. Somos, todas e todos, estivadores a lutar pelos nossos portos, professores sem contrato e sem colocação, enfermeiros sem hospital, investigadores sem laboratório. Somos, todos e todas, migrantes. E acreditamos todos que este Orçamento não é inevitável. E sabemos, todos e todas, que a vontade é a nossa vontade e que a força é a nossa força. Não desistimos e juntamos, de novo e quantas vezes forem precisas, as nossas vozes, para gritar que ESTE ORÇAMENTO NÃO PASSARÁ! O POVO UNIDO JAMAIS SERÁ VENCIDO! No dia 31 de Outubro, a partir das 15 horas, concentramo-nos em frente à Assembleia da República, onde estará a ser votado na generalidade um Orçamento que nada resolve e a todos esmaga. Vamos, ao longo da tarde, em ruído e grito contínuos, votar contra este orçamento! NÓS VOTAMOS CONTRA! E TU? Às 19 horas, concentrados em frente à Assembleia ou onde quer que seja, todas e todos, com buzinões, batendo tachos e panelas, vamos gritar, pelo país inteiro e em uníssono, que vetamos este Orçamento. ESTE ORÇAMENTO NÃO PASSARÁ! No dia 14 de Novembro, em Portugal, Espanha, Grécia, Chipre, Malta, estaremos em Greve Geral! A NOSSA LUTA É INTERNACIONAL! Dividiram-nos para nos oprimir. Juntemo-nos para nos libertarmos! |
domingo, 21 de outubro de 2012
domingo, 14 de outubro de 2012
Concentração: Cerco a S. Bento! Este não é o nosso Orçamento!
. .
Este não é o nosso Orçamento!
É cada vez mais evidente - a não ser para um governo que segue fanaticamente, e sem olhar a meios, o programa da Troika - que este caminho não nos serve. Temos saído repetidamente à rua para exigir que sejamos ouvidos, para mostrar que estamos indignados com tanta insensibilidade social e com tantos jogos políticos que conduzem sempre ao mesmo resultado: mais pobreza, mais desemprego, mais precariedade, mais desigualdade social, mais austeridade, menos futuro! Saímos à rua porque é nela que mora a última esperança de liberdade quando os governos se tornam cegos, surdos e mudos face às justas exigências de igualdade e justiça social. Saímos à rua porque estes governos apenas se preocupam com a aplicação suicida de políticas pensadas para proteger os mais ricos e os interesses financeiros. Voltaremos a sair à rua em Portugal, em Espanha, na Grécia e em tantos outros lugares pelas mesmas razões essenciais: queremos uma economia virada para as pessoas, uma democracia com direitos para todos e todas sem discriminações e um planeta onde possamos coexistir de forma sustentável e cooperante.
Se o povo quiser, o povo decide, por isso vamos para a rua a 15 de Outubro dizer de forma clara e definitiva que recusamos o retrocesso social imposto, que este não é o caminho e que queremos uma vida digna. Queremos recuperar a nossa responsabilidade sobre o nosso futuro. Governo para a rua já!
Em Portugal, como em Espanha, cerquemos o Parlamento!
É cada vez mais evidente - a não ser para um governo que segue fanaticamente, e sem olhar a meios, o programa da Troika - que este caminho não nos serve. Temos saído repetidamente à rua para exigir que sejamos ouvidos, para mostrar que estamos indignados com tanta insensibilidade social e com tantos jogos políticos que conduzem sempre ao mesmo resultado: mais pobreza, mais desemprego, mais precariedade, mais desigualdade social, mais austeridade, menos futuro! Saímos à rua porque é nela que mora a última esperança de liberdade quando os governos se tornam cegos, surdos e mudos face às justas exigências de igualdade e justiça social. Saímos à rua porque estes governos apenas se preocupam com a aplicação suicida de políticas pensadas para proteger os mais ricos e os interesses financeiros. Voltaremos a sair à rua em Portugal, em Espanha, na Grécia e em tantos outros lugares pelas mesmas razões essenciais: queremos uma economia virada para as pessoas, uma democracia com direitos para todos e todas sem discriminações e um planeta onde possamos coexistir de forma sustentável e cooperante.
Se o povo quiser, o povo decide, por isso vamos para a rua a 15 de Outubro dizer de forma clara e definitiva que recusamos o retrocesso social imposto, que este não é o caminho e que queremos uma vida digna. Queremos recuperar a nossa responsabilidade sobre o nosso futuro. Governo para a rua já!
Em Portugal, como em Espanha, cerquemos o Parlamento!
sábado, 13 de outubro de 2012
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
Amanhã, a Cultura junta-se à Resistência
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No espírito das mais recentes mobilizações populares, um conjunto alargado de profissionais do mundo da cultura juntou-se a alguns dos subscritores do apelo às manifestações dos dias 15 e 21 de Setembro, sob o lema «Que se lixe a troika! Queremos as nossas Vidas» para lançar um grande evento cultural.
Há nesta altura um aumento da percepção da grave situação em que se encontra o país, sendo cada vez mais evidente e urgente a necessidade de outras perspectivas. A cultura é imprescindível para a consciência de um povo, e é essa própria consciência que por sua vez cria e dá conteúdo à cultura. Os profissionais da cultura não são excepção à situação exasperante em que o país e o mundo se encontram actualmente: é imprescindível reagir, é impensável não o fazer. Do encontro de vontades nascido nas mais recentes mobilizações surgiu a ideia de uma expressão cultural, uma manifestação marcadamente baseada nas artes e no espectáculo para contestar a austeridade e os seus implementadores: governo e troika.
O dia 13 de Outubro será um dia de protesto internacional, o Global Noise, em que esta iniciativa também se insere. Será um marco histórico e cultural, trazendo da rua para a arte e da arte para a rua toda a energia que as percorre. Será um dia cheio de eventos, de música, dança, teatro, poesia, pintura e todas as formas de arte que materializem o espírito de insubmissão que se sente em todo o país.
Cultura é Resistência!
Que se lixe a Troika! Queremos as nossas Vidas!
Há nesta altura um aumento da percepção da grave situação em que se encontra o país, sendo cada vez mais evidente e urgente a necessidade de outras perspectivas. A cultura é imprescindível para a consciência de um povo, e é essa própria consciência que por sua vez cria e dá conteúdo à cultura. Os profissionais da cultura não são excepção à situação exasperante em que o país e o mundo se encontram actualmente: é imprescindível reagir, é impensável não o fazer. Do encontro de vontades nascido nas mais recentes mobilizações surgiu a ideia de uma expressão cultural, uma manifestação marcadamente baseada nas artes e no espectáculo para contestar a austeridade e os seus implementadores: governo e troika.
O dia 13 de Outubro será um dia de protesto internacional, o Global Noise, em que esta iniciativa também se insere. Será um marco histórico e cultural, trazendo da rua para a arte e da arte para a rua toda a energia que as percorre. Será um dia cheio de eventos, de música, dança, teatro, poesia, pintura e todas as formas de arte que materializem o espírito de insubmissão que se sente em todo o país.
Cultura é Resistência!
Que se lixe a Troika! Queremos as nossas Vidas!
Para além de Lisboa, encontram-se agendados protestos no Porto, Braga, Aveiro, Coimbra, Faro, Santarém, Setúbal e noutras cidades do país.
A listagem completa dos eventos pode ser consultada em: queselixeatroika15setembro.blogspot.pt
sábado, 29 de setembro de 2012
Se toda a gente se juntar
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Versão portuguesa de "La Semaine Sanglante", de Jean-Baptiste Clément
e Pierre Dupont, interpretada pelo Coro da Achada.
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas! - Comunicado e apelo à participação na manifestação de Sábado
Quando o país esperava que o Conselho de Estado o percebesse, este fechou os
olhos. Para quem se manifestou a 15 de Setembro e esteve nas vigílias de 21 de
Setembro, os problemas deste país não se resolvem pelo facto de o governo passar
a tirar-nos de outra maneira aquilo que nos roubava na TSU. Ao conquistarem as
ruas das suas cidades sob o lema “Que se lixe a troika! Queremos as nossas
vidas!”, centenas de milhares tomaram uma posição firme de denúncia de um
programa, o da troika, de um governo, o dos troikistas, e de um método
anti-democrático, o de sujeitar a população portuguesa a politicas que as
pessoas não discutiram nem votaram.
Os resultados comunicados ao país, após mais de oito horas de reunião, apenas sugerem, sem concretizar, um possível recuo na subida da TSU para os trabalhadores. Não nos congratulamos por isso: consideramos grave a avaliação de que sem o protesto cívico não se teria alterado sequer esta aberrante medida. Congratulamo-nos, antes, pelos milhares de pessoas que fizeram exercício da sua participação política, muitas intervindo pela primeira vez e muitas outras reiterando protestos desencadeados em diversos sectores da sociedade, face aos sucessivos cortes nos rendimentos do trabalho e nas reformas, na Saúde, na Educação, na Cultura, as privatizações das companhias fornecedoras de gás e electricidade, os consequentes aumentos de preço e do IVA, o agravamento de custos e as limitações às redes dos transportes públicos. Os problemas do país não se resolvem com estas medidas de austeridade. A resolução passa por dar voz ao povo, para que decida em conjunto como garantir um país justo, defendendo os interesses de quem cá vive e trabalha e invertendo cruéis assimetrias em prol de subservientes acordos assumidos com a troika.
O Conselho de Estado – em que não se garante, de maneira alguma, uma verdadeira representação do espectro político português – revelou os mesmos defeitos de cegueira e surdez à voz do povo, característicos do governo, desrespeitando e reinterpretando a seu gosto estes últimos e inequívocos protestos, num texto paupérrimo e vazio, uma manobra de bluff político. Confirmámos assim que não é apenas o governo quem vira as costas ao seu povo. O incansável protesto da multidão demonstrou que, nitidamente, também o Presidente da República perdeu por completo o respeito dos cidadãos e das cidadãs que vivem e trabalham neste país.
É por isso necessário que continuemos a protestar. É cada vez mais urgente traçar um novo rumo. Um rumo que tenha finalmente as pessoas como centro das atenções, e não bancos e mercados ou interesses financeiros e especulativos. Um rumo que reforce a participação democrática e cidadã e não nos limite a vulgares espectadores de uma tragédia colectiva, ditada de gabinetes e de bolsas. Um rumo que aponte para uma verdadeira solidariedade internacional, numa mudança de regime que beneficie todos os povos, e que começa cada vez mais a ser desenhado por plataformas e acções que apelam à convergência cívica em vários países e designadamente à construção de uma nova Europa. Ao contrário do primeiro-ministro Passos Coelho que considerou ser de menor importância uma reunião de governos de Itália, Grécia, Espanha e Irlanda e Portugal para discutir as politicas europeias, nós achamos fundamental que os povos da Europa ajudem a traçar políticas para desenvolver a economia e o emprego em vez de planos para garantir e multiplicar os lucros dos especuladores e agiotas que jogam com as dívidas soberanas.
Consideramos ainda premente, para o nosso país e para as nossas vidas, que as cidadãs e os cidadãos esqueçam eventuais e pontuais divergências e se unam, se solidarizem e se juntem a outras forças organizadas e aos movimentos que recusam este rumo, numa frente de resistência comum. Apelamos por tudo isto à participação massiva no protesto entretanto convocado pela CGTP-Intersindical para o próximo sábado, dia 29 de Setembro. Juntos reclamaremos esse novo rumo, que inverta totalmente a sujeição do governo aos joguetes políticos de entidades não sufragadas, que cinicamente nos impõem “ajudas” com juros fatais e sacrifícios que jamais ousariam sequer imaginar para si próprios. Um rumo onde não cabem a troika nem os troikistas.
Queremos as nossas vidas.
E por elas estamos dispostos a fazer, em cada dia de luta, em cada novo protesto, algo de extraordinário.
Os resultados comunicados ao país, após mais de oito horas de reunião, apenas sugerem, sem concretizar, um possível recuo na subida da TSU para os trabalhadores. Não nos congratulamos por isso: consideramos grave a avaliação de que sem o protesto cívico não se teria alterado sequer esta aberrante medida. Congratulamo-nos, antes, pelos milhares de pessoas que fizeram exercício da sua participação política, muitas intervindo pela primeira vez e muitas outras reiterando protestos desencadeados em diversos sectores da sociedade, face aos sucessivos cortes nos rendimentos do trabalho e nas reformas, na Saúde, na Educação, na Cultura, as privatizações das companhias fornecedoras de gás e electricidade, os consequentes aumentos de preço e do IVA, o agravamento de custos e as limitações às redes dos transportes públicos. Os problemas do país não se resolvem com estas medidas de austeridade. A resolução passa por dar voz ao povo, para que decida em conjunto como garantir um país justo, defendendo os interesses de quem cá vive e trabalha e invertendo cruéis assimetrias em prol de subservientes acordos assumidos com a troika.
O Conselho de Estado – em que não se garante, de maneira alguma, uma verdadeira representação do espectro político português – revelou os mesmos defeitos de cegueira e surdez à voz do povo, característicos do governo, desrespeitando e reinterpretando a seu gosto estes últimos e inequívocos protestos, num texto paupérrimo e vazio, uma manobra de bluff político. Confirmámos assim que não é apenas o governo quem vira as costas ao seu povo. O incansável protesto da multidão demonstrou que, nitidamente, também o Presidente da República perdeu por completo o respeito dos cidadãos e das cidadãs que vivem e trabalham neste país.
É por isso necessário que continuemos a protestar. É cada vez mais urgente traçar um novo rumo. Um rumo que tenha finalmente as pessoas como centro das atenções, e não bancos e mercados ou interesses financeiros e especulativos. Um rumo que reforce a participação democrática e cidadã e não nos limite a vulgares espectadores de uma tragédia colectiva, ditada de gabinetes e de bolsas. Um rumo que aponte para uma verdadeira solidariedade internacional, numa mudança de regime que beneficie todos os povos, e que começa cada vez mais a ser desenhado por plataformas e acções que apelam à convergência cívica em vários países e designadamente à construção de uma nova Europa. Ao contrário do primeiro-ministro Passos Coelho que considerou ser de menor importância uma reunião de governos de Itália, Grécia, Espanha e Irlanda e Portugal para discutir as politicas europeias, nós achamos fundamental que os povos da Europa ajudem a traçar políticas para desenvolver a economia e o emprego em vez de planos para garantir e multiplicar os lucros dos especuladores e agiotas que jogam com as dívidas soberanas.
Consideramos ainda premente, para o nosso país e para as nossas vidas, que as cidadãs e os cidadãos esqueçam eventuais e pontuais divergências e se unam, se solidarizem e se juntem a outras forças organizadas e aos movimentos que recusam este rumo, numa frente de resistência comum. Apelamos por tudo isto à participação massiva no protesto entretanto convocado pela CGTP-Intersindical para o próximo sábado, dia 29 de Setembro. Juntos reclamaremos esse novo rumo, que inverta totalmente a sujeição do governo aos joguetes políticos de entidades não sufragadas, que cinicamente nos impõem “ajudas” com juros fatais e sacrifícios que jamais ousariam sequer imaginar para si próprios. Um rumo onde não cabem a troika nem os troikistas.
Queremos as nossas vidas.
E por elas estamos dispostos a fazer, em cada dia de luta, em cada novo protesto, algo de extraordinário.
domingo, 23 de setembro de 2012
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