segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A quantos mais stress tests nos pensam ainda submeter?


Teixeira dos Santos

José Sócrates

37 comentários:

  1. 30 mil já confirmaram (Facebook) para o Protesto da Geração à Rasca

    Paula Gil, João Labrincha, António Frasão e Alexandre de Sousa Carvalho são os organizadores do protesto da Geração à Rasca que vai acontecer no próximo dia 12 de Março na Avenida da Liberdade em Lisboa e na Praça da Batalha no Porto. Os organizadores do protesto deram, na passada sexta-feira, uma entrevista ao Público (ver aqui) onde explicam como surgiu a ideia deste protesto e quais as suas expectativas. Os Precári@s Inflexíveis estão solidários/as com este protesto e estarão presentes no dia 12 de Março.


    Evento Protesto Geração à Rasca no Facebook
    Blog Geração Enrascada

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  2. “Não podemos aceitar continuar a cair no abismo”
    O Bloco de Esquerda esteve hoje, no dia em que faz 12 anos, junto de mais de 80 centros de emprego, para explicar a moção de censura ao Governo e mobilizar na resposta à crise que o país está a viver, o desemprego e a precariedade.
    Artigo | 28 Fevereiro, 2011 - 14:32

    Francisco Louçã junto ao Centro de Emprego de Loures - Foto de Paulete Matos “Hoje, que é o 12º aniversário da existência do Bloco de Esquerda, estamos presentes nos centros de emprego, em mais de 80 localidades, para mobilizar na resposta à crise que o país está a viver, à instabilidade que todos os dias estamos a viver, que é o desemprego. Desemprego de jovens qualificados, trabalho precário, trabalho temporário, um desastre económico e social que resume bem as dificuldades do nosso país”, declarou Francisco Louçã, junto ao Centro de Emprego de Loures.

    O coordenador da comissão política do Bloco de Esquerda salientou também que “as pessoas sentem que é preciso sair desta podridão, desta política pantanosa onde não há soluções, mas sim irresponsabilidade e, nesse sentido, a moção de censura ao Governo faz um caminho de resposta ao país”.

    Louçã sublinhou ainda que “com esta moção aquilo que o Bloco diz ao país é que não desiste e vai em frente, que dá o corpo à luta. É assim que é preciso nos momentos difíceis. Política mesquinha é esta tentativa do PSD manter a situação a pior possível”.

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  3. “É preciso que haja contenção nos salários excessivos dos gestores públicos”
    Francisco Louçã esteve na Madeira, respondeu a Passos Coelho e criticou Alberto João Jardim, referindo que um ano depois da tragédia está-se a gastar dinheiro para a construção de um cais e de um aterro e não se cuidou do que é prioritário.
    Artigo | 28 Fevereiro, 2011 - 02:53

    Francisco Louçã no Funchal, 27 de Fevereiro de 2011 "Um ano depois, está-se a utilizar dinheiro para a construção de um cais e de um aterro com estas dimensões quando ainda não se cuidou daquilo que era prioritário - reconstruir as casas, limpar as ribeiras, garantir que a baixa do Funchal não seja inundada sempre que há uma chuvada forte, proteger as pessoas", declarou o coordenador da comissão política do Bloco de Esquerda no Funchal, onde inaugurou uma nova sede regional do partido e visitou o depósito de inertes levados pela enxurrada de 20 de Fevereiro de 2010 e que o Governo Regional quer aproveitar para criar um novo cais de acostagem de barcos de recreio. (Ouça as declarações)

    Segundo a agência Lusa, Francisco Louçã denunciou também os salários excessivos dos gestores públicos, reafirmando que não devem ganhar mais do que o Presidente da República.

    "O Bloco de Esquerda responde a Pedro Passos Coelho, sim, é preciso que haja regras, que haja contenção nos salários excessivos de alguns gestores públicos e que todos eles prestem contas e respondam perante o país, que tem problemas, e o maior de todos é a criação do emprego e uma economia decente", afirmou o dirigente do Bloco.

    "Que possa haver um presidente da TAP que ganhe 600 mil euros quando, ao mesmo tempo, a TAP, por via de uma empresa sua participada, está a despedir 336 trabalhadores do aeroporto de Faro para depois os substituir por trabalhadores precários, isso diz exactamente o que se passa sobre aqueles que têm a faca e o queijo na mão", denunciou Louçã, que acrescentou: "Preferem criar desemprego, precariedade e dificuldades para aquelas famílias daqueles trabalhadores quando têm todo o poder e quando são pagos de uma forma tão exorbitantemente acima do salário do Presidente da República".

    Francisco Louçã salientou ainda que a moção de censura do Bloco mostra que "há uma esquerda que quer puxar pelo país, que quer puxar pela economia, que quer defender os desempregados e os precários, são dois milhões de pessoas, homens e mulheres, formados, preparados, com qualificações e licenciaturas que não têm nenhuma oportunidade em Portugal".

    Louçã realçou ainda que o PSD, "o braço direito do Governo Sócrates", e o PS "estão aliados na manutenção da degradação da economia” e pretendem que "continue tudo na mesma e tudo na mesma é mais desemprego, é mais dificuldade, é arrastar-se uma crise económica".

    "O engenheiro José Sócrates está a defender a coligação que tem com o PSD para privatizar os CTT, a coligação que tem com o PSD para fechar os olhos ao desemprego, para facilitar os despedimentos e para promover o trabalho precário e essa coligação arruína o país", exemplificou ainda o dirigente do Bloco.

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  4. Terça-feira, 1 de Março de 2011
    Opinião: O problema do desajustamento
    Há quem, de papo cheio, disserte por aí acerca de um problema geracional de expectativas desajustadas e posturas desajustadas. É a voz de uma burguesia que quer impor uma imagem desajustada da realidade.



    A canção dos Deolinda abriu um novo debate público. Tornou-se repentinamente numa referência, não por ter intenção de ser um tratado ou manifesto político, mas porque criou uma forte identificação num grande conjunto da população que nunca conheceu outra realidade que não fosse a precariedade ou os baixos salários. E, já agora, porque evidenciou um descontentamento generalizado que passou a ser difícil de esconder.

    Vivemos acima das nossas possibilidades?

    A primeira tentativa das vozes críticas a este descontentamento foi a imposição de um falso problema geracional. Querem fazer-nos acreditar que o problema é os jovens terem como referência a geração dos seus pais que têm ou tiveram salários elevados, contratos permanentes e acesso a uma série de “luxos” que o Estado fornecia através da Segurança Social.

    Mas não dizem que a Segurança Social e os direitos laborais são conquistas da classe trabalhadora por uma maior justiça social e maior solidariedade intergeracional. Como também não dizem que os salários da maioria da população, nomeadamente das gerações anteriores, nunca foram milionários. E também não dizem que, além de haver milhares de pessoas que vive há décadas em situação precária, a precariedade não é hoje um problema geracional porque atravessa o conjunto da classe trabalhadora.

    “O que faz falta é trabalhar, mesmo que não seja na área de formação”. Acontece que o desemprego não é um capricho. O problema é que para maximizar lucros, não só se reduzem os salários como também se aumentam as horas da jornada de trabalho e, portanto, se dispensam trabalhadores a troco de sobre-exploração. Ao contrário do que dizem por aí, não é difícil despedir. É cada vez mais fácil e o Código do Trabalho aprovado em 2009 muito contribuiu para isso. Dos mais de 700 mil desempregados (mais de 60% sem subsídio de desemprego), muitos já tiveram contratos permanentes de trabalho e poucos serão os que ainda têm expectativas de voltar a ter um emprego de duração superior a um ano, até terem que voltar novamente às filas do Centro de Emprego.

    E ainda falta o discurso da inevitabilidade. Dizem que o contexto de crise económica à escala global obriga a este novo panorama de maior mobilidade, de maior adaptação e de maior contenção, de menores salários, de menos direitos e de menos segurança. Ainda há quem se atreva a dizer que “todos os empregadores gostariam de pagar salários altos” (o Soares dos Santos que não oiça, porque senão terá que mudar o slogan “sabe bem pagar tão pouco”).

    Acontece que nós sabemos que não há inevitabilidades e esta situação é fruto da acumulação da riqueza gerada pelo trabalho por parte de quem detém os meios de produção. O problema é que para o Sr. Soares dos Santos ser um dos homens mais ricos do país, as pessoas que trabalham nos “pingos doces” (amargos, por sinal) recebem cerca de 500€ por mês. O problema é um problema de sistema económico. E a economia não serve senão para responder às necessidades das pessoas. Não podem ser as pessoas a responder às necessidades da economia. E se a economia não serve, tem que ser trocada...

    (continua)
    Ana F.

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  5. Governo disposto a impor novas medidas de austeridade
    Governo admite possível fracasso das medidas de austeridade e a introdução de medidas adicionais. Bloco acusa governo de “atirar o país para uma nova recessão económica e para níveis recorde de desemprego” e de apresentar como solução “ainda mais austeridade”.
    1 Março, 2011 - 03:17

    O deputado do Bloco de Esquerda José Gusmão esclareceu que o que preocupa o Bloco é que “o governo, confrontado com as consequências económicas das medidas que aprovou, venha a tomar, durante o exercício de 2011, decisões que agravam ainda mais o desempenho da economia”. Foto de Paulete Matos. O deputado do Bloco de Esquerda José Gusmão, em reacção às declarações do ministro das Finanças e do primeiro-ministro português relativamente à possibilidade da introdução de novas medidas de austeridade, relembrou que “quando foi aprovado o Orçamento do Estado para 2011, o primeiro-ministro disse que as medidas de austeridade eram a única solução para tirar o país da situação em que se encontrava” e que o “que constatamos hoje é que essas medidas foram a única solução apenas para quem mais tem e não foi chamado a fazer sacrifícios, permitindo apenas atirar o país para uma nova recessão económica e para níveis recorde de desemprego”.

    O dirigente do Bloco considera que o governo, ao declarar que tudo fará para cumprir os objectivos orçamentais e ao ponderar a aplicação de novas medidas de austeridade está a constatar o “fracasso” das políticas de austeridade já introduzidas “em todos os indicadores, inclusive nos propósitos que ele próprio tinha definido, e a solução que apresenta é ainda mais austeridade”.

    José Gusmão esclareceu ainda que o que preocupa o Bloco é que “o governo, confrontado com as consequências económicas das medidas que aprovou, venha a tomar, durante o exercício de 2011, decisões que agravam ainda mais o desempenho da economia”.

    Governo "fará tudo" para que o défice seja de 4,6 por cento

    No discurso que abriu a II Conferência Reuters/TSF, o ministro das Finanças reafirmou “de forma clara um compromisso de que, aconteça o que acontecer”, o governo tudo fará, e estará preparado para o fazer, ”para cumprir os objectivos orçamentais” e de que este dispõe ”de medidas adicionais, se necessárias, para corrigir a situação e garantir o cumprimento dos objectivos”. Este é um compromisso que Teixeira dos Santos considera “fundamental para tranquilizar os mercados”, apesar de reconhecer que "se a Europa não der os passos necessários todo este esforço possa ser em vão".

    No encerramento da conferência, José Sócrates reforçou as palavras do seu ministro das Finanças, esclarecendo que o executivo “fará tudo o que for necessário para alcançar o défice de 4,6 por cento”, incluindo introduzir novas medidas de austeridade.

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  6. Estado esbanja em outsourcing
    Se as prestações sociais e os salários dos funcionários sofrem rude corte, as verbas para as negociatas com outsourcing podem aumentar à vontade.

    opiniao | 1 Março, 2011 - 02:33 | Por Álvaro Arranja

    Usar os dinheiros públicos para garantir lucros privados é a política fundamental dos sucessivos governos do rotativismo PS-PSD-PP.

    Na tão falada execução orçamental de Janeiro, a rubrica da despesa relativa à aquisição de bens e serviços aumentou 56,5 por cento, o que decorre de um "efeito de substituição" dos cortes com pessoal. Com as admissões à função pública congeladas, o Estado aumenta a contratação de empresas que lhe forneçam serviços em outsourcing.

    Se as prestações sociais e os salários dos funcionários sofrem rude corte, as verbas para as negociatas com outsourcing podem aumentar à vontade.

    Assim se promove o trabalho precário, usado amplamente por este tipo de empresas e os salários "quinhentos euristas".

    Obviamente que se o Estado paga 1000 à empresa de outsourcing, muitas vezes o trabalhador só recebe 500. O resto é lucro para os empresários… pago pelo dinheiro dos contribuintes.

    Um significativo exemplo destas práticas, observa-se em refeitórios de escolas públicas. As antigas funcionárias que cozinhavam as refeições e cuidavam dos alunos, enquadrando os jovens nas horas das refeições, com o saber e experiência de muitos anos de contactos com crianças, foram mandadas embora.

    Em seu lugar surgem empresas que muitas vezes trazem refeições pré-fabricadas e funcionários sem qualquer experiência na relação com os alunos. A função educativa da escola cede o passo ao negócio de empresas privadas.

    Os cidadãos são melhor servidos por funcionários públicos com carreiras estáveis e experiência no sector, que por funcionários em outsourcing obrigados a um regime de total precaridade e a mudar de emprego frequentemente.

    O serviço público deve nortear-se pela defesa do interesse público, não pelo defesa do lucro privado.

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  7. Eurostat revê em alta desemprego dos últimos quatro meses de 2010
    Número avançado pelo Eurostat para período entre Setembro de 2010 e Janeiro de 2011 constitui um novo recorde da taxa de desemprego em Portugal – 11,2%. INE tinha anunciado uma taxa no último trimestre do ano passado de 11,1%.
    1 Março, 2011 - 15:07

    Portugal regista a sexta taxa de desemprego mais elevada da zona euro. Foto de Paulete Matos. Segundo o gabinete de estatísticas da União Europeia, nos últimos quatro meses do ano a taxa de desemprego em Portugal atingiu os 11,2 por cento, ao contrário do que indicava a anterior previsão avançada por este organismo, que apontava para 10,9 por cento de desemprego em Dezembro do ano passado.

    Este número constitui um novo recorde relativo a dados do desemprego em Portugal, depois do INE ter anunciado que no último trimestre do ano passado a taxa de desemprego no país terá sido de 11,1 por cento.

    Para Janeiro, o Eurostat prevê que a taxa de desemprego em Portugal tenha mantido o mesmo valor de Dezembro do ano anterior, o que implica um aumento de 0,7 pontos percentuais face ao período homólogo, sendo que o nosso país regista a sexta taxa de desemprego mais elevada da zona euro.

    No primeiro mês do ano, a taxa de desemprego desceu, na zona euro e na UE, para 9,9 e 9,5 por cento, respectivamente.

    Governo destaca a estabilização dos números do desemprego

    Apesar de reconhecer que as taxas continuam altas, o secretário de Estado do Emprego e Formação Profissional, Walter Lemos, preferiu destacar a estabilização dos números do desemprego em Janeiro face a Dezembro de 2010, parecendo desvalorizar o facto de se ter atingido um novo recorde da taxa de desemprego em Portugal.

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  8. Governo disposto a impor novas medidas de austeridade
    Governo admite possível fracasso das medidas de austeridade e a introdução de medidas adicionais. Bloco acusa governo de “atirar o país para uma nova recessão económica e para níveis recorde de desemprego” e de apresentar como solução “ainda mais austeridade”.
    1 Março, 2011 - 03:17

    O deputado do Bloco de Esquerda José Gusmão esclareceu que o que preocupa o Bloco é que “o governo, confrontado com as consequências económicas das medidas que aprovou, venha a tomar, durante o exercício de 2011, decisões que agravam ainda mais o desempenho da economia”. Foto de Paulete Matos. O deputado do Bloco de Esquerda José Gusmão, em reacção às declarações do ministro das Finanças e do primeiro-ministro português relativamente à possibilidade da introdução de novas medidas de austeridade, relembrou que “quando foi aprovado o Orçamento do Estado para 2011, o primeiro-ministro disse que as medidas de austeridade eram a única solução para tirar o país da situação em que se encontrava” e que o “que constatamos hoje é que essas medidas foram a única solução apenas para quem mais tem e não foi chamado a fazer sacrifícios, permitindo apenas atirar o país para uma nova recessão económica e para níveis recorde de desemprego”.

    O dirigente do Bloco considera que o governo, ao declarar que tudo fará para cumprir os objectivos orçamentais e ao ponderar a aplicação de novas medidas de austeridade está a constatar o “fracasso” das políticas de austeridade já introduzidas “em todos os indicadores, inclusive nos propósitos que ele próprio tinha definido, e a solução que apresenta é ainda mais austeridade”.

    José Gusmão esclareceu ainda que o que preocupa o Bloco é que “o governo, confrontado com as consequências económicas das medidas que aprovou, venha a tomar, durante o exercício de 2011, decisões que agravam ainda mais o desempenho da economia”.

    Governo "fará tudo" para que o défice seja de 4,6 por cento

    No discurso que abriu a II Conferência Reuters/TSF, o ministro das Finanças reafirmou “de forma clara um compromisso de que, aconteça o que acontecer”, o governo tudo fará, e estará preparado para o fazer, ”para cumprir os objectivos orçamentais” e de que este dispõe ”de medidas adicionais, se necessárias, para corrigir a situação e garantir o cumprimento dos objectivos”. Este é um compromisso que Teixeira dos Santos considera “fundamental para tranquilizar os mercados”, apesar de reconhecer que "se a Europa não der os passos necessários todo este esforço possa ser em vão".

    No encerramento da conferência, José Sócrates reforçou as palavras do seu ministro das Finanças, esclarecendo que o executivo “fará tudo o que for necessário para alcançar o défice de 4,6 por cento”, incluindo introduzir novas medidas de austeridade.

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  9. Trabalhadores da Transtejo voltam a fazer greve
    Os trabalhadores da Transtejo, que assegura as ligações fluviais entre Lisboa e a Margem Sul, marcaram greve de três horas por turno para o dia 23 de Março e avançam, a partir desse dia, para uma greve de 60 dias às horas extraordinárias, bem como às deslocações para fora do rio Tejo.
    1 Março, 2011 - 04:54

    Terça-feira os trabalhadores da Soflusa também se irão reunir em plenário para deliberar a sua participação nesta acção de protesto. Foto de byciclemark, Flickr. Na segunda-feira, os trabalhadores da Transtejo, empresa que é responsável por todas as ligações fluviais entre Lisboa e a Margem Sul, com excepção da ligação entre Lisboa e o Barreiro, decidiram, em plenário, marcar uma greve de três horas por turno para o dia 23 de Março e iniciar, nesse dia, com uma greve de 60 dias às horas extraordinárias, bem como às deslocações para fora do rio Tejo.

    Segundo José Augusto Oliveira, porta-voz do Sindicato dos Transportes e Comunicações, declarou à Agência Lusa, “este foi um plenário muito participado, dos mais participados dos últimos anos”.

    Para este sindicalista, a marcação de novos protestos “é um sinal da insatisfação dos trabalhadores”. “O acordo de trabalho foi celebrado entra as duas partes e os trabalhadores entendem que o seu acordo é para cumprir e não admitem qualquer tipo de violação”, realçou.

    Os trabalhadores da Soflusa, que assegura a ligação entre Lisboa e o Barreiro, vão reunir-se em plenário esta terça-feira.

    José Augusto esclareceu à Lusa que “o que vai ser proposto na Soflusa é igual ao que se decidiu na Transtejo”, mas que irão ser os trabalhadores a decidir se agendarão novos protestos.

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  10. STCP: Greve de zelo de quarta a domingo
    Os trabalhadores dos STCP protestam contra os cortes e o congelamento dos salários, entre outras reivindicações, e vão recusar fazer horas extraordinárias no período da greve. Esta luta foi decidida no plenário realizado a 9 de Fevereiro.
    28 Fevereiro, 2011 - 18:16

    Trabalhadores dos STCP farão greve às horas extraordinárias de quarta a domingo Ricardo Cunha da Comissão de Trabalhadores dos STCP (transportes colectivos do Porto) disse à agência Lusa que a “greve vai afectar os clientes, porque há um défice de motoristas e entre 20 a 30 serviços por dia são feitos recorrendo a horas extraordinárias”, acrescentando que “enquanto a situação se mantiver assim, haverá uma greve às horas extraordinárias uma semana por mês”.

    Segundo o comunicado da CT, a greve tem como objectivo “tomar uma posição contra serviços a começar às 11h e a acabar às 21h, cortes de salários, cortes nos serviços, cortes de diuturnidades, congelamento de salários e o não pagamento de transporte de deslocação”.

    A greve decorrerá de quarta feira, dia 2 de Março, a domingo, 6 de Março.

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  11. Celebrar o passado olhando para o futuro
    Publicado por Isabel Pires
    No dia em que o Bloco de Esquerda faz 12 anos chegamos à conclusão de que a luta de esquerda pela defesa dos direitos sociais é cada vez mais necessária e, neste momento, não há dúvida de que o BE esteve, está e continuará a estar empenhado nesta luta.
    Poderia fazer uma retrospectiva de todas as lutas importantes feitas até hoje, mas a necessidade de olhar para o futuro torna-se cada vez mais urgente a cada dia que passa. Hoje é o dia em que a vontade de atacar ainda mais os trabalhadores foi anunciada por Sócrates[i]. Percebe-se que não há limites para o ataque social que já atingiu grandes proporções, em que a bem da “estabilidade” e da “credibilidade” do país, tudo será feito para atingir um défice de 4,7%.

    Depois de 3 PEC’s sucessivos e de um Orçamento de Estado que deixam de rastos o Estado social mas acima de tudo, todos nós, parece que tudo isso pode não ser suficiente, e o Governo vai ter que voltar a atacar os trabalhadores, os precários, os reformados, os estudantes, os desempregados. Mas será que há mais alguma coisa para atacar neste campo? Os vínculos precários aumentam, os estudantes têm menos bolsas e propinas de 1000€, os desempregados estão cada vez mais desprotegidos e com maior dificuldade em encontrar emprego, os direitos dos trabalhadores estão a ser alvo de remodelações profundas e que beneficiam as empresas e o capital.

    E a pergunta mais lógica mantém-se sem respostas práticas: porquê a escolha de continuar a não tomar medidas políticas de esquerda, fortes e decididas a ir buscar o dinheiro onde ele está? Porque já há muito que este governo não é de esquerda e a falta de vontade política de fazer frente ao grande capital é cada vez mais visível.

    (...)

    .

    Porque a censura também se faz na rua, a moção de censura do BE permite a agilização entre parlamento e movimentação social, algo que já está a ser conseguido. E eu pergunto: então valeu ou não valeu a pena apresentar esta moção? Valeu e voltou a demonstrar que o Bloco de Esquerda continua fiel a si mesmo, lutando na Assembleia da República e nas ruas contra as políticas neoliberais de direita, que a cada dia que passam se descridibilizam aos olhos do povo. O momento político é favorável à luta social e o Bloco de Esquerda não se vai demitir do papel que sempre teve na luta social.

    “A última conclusão é também um compromisso dos signatáris: chegou a hora de convocar quantos partilhem o essencial destes pontos de vista para uma nova iniciativa política, um Bloco de Esquerda capaz de ser portador de propostas fortes e se assuma como sinal de esperança. O nosso projecto inscreve-se nessa luta urgente para abrir caminhos e faz parte de um projecto de civilização que constitui a modernidade da esquerda.”[iv]

    Isto foi escrito há 12 anos. Os caminhos foram abertos e o Bloco está a caminhá-los, com segurança, à esquerda e com o objectivo de alcançar tudo a que se propõs. E a cada dia que passa estamos mais perto disso!

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  12. Quem te avisa, teu amigo é
    1 de Março de 2011 por Renato Teixeira
    “No próximo dia 12 o País assistirá a uma ou mais manifestações convocadas não por sindicatos, Igrejas ou Partidos Políticos, mas por grupos de jovens sob o lema “Geração à Rasca”. Ninguém pode menosprezar essas manifestações. Não partiram de pessoas empregadas com salário e alguma estabilidade. Não partem de aparelhos que habitualmente as organizam e estruturam, criam as suas “palavras de ordem” e promovem a sua própria segurança. (…)

    O potencial de revolta de uma sociedade nunca parte de quem está acomodado, seja ele o rico, o médio ou o pobre. Parte de quem esperou e não tem. De quem já teve, gostou, habituou-se, e de repente deixou de ter. As manifestações críticas raramente se geram no seio do ‘lumpen’, mas da média burguesia frustrada e desesperada. (…)

    A questão é perceber e antecipar se a partir do dia 12 se pode chegar, mesmo sem se desejar, a uma ‘Praça da Libertação’.”

    Ângelo Correia

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  13. Criar condições para levar com o jasmim
    1 de Março de 2011 por Tiago Mota Saraiva
    A portaria, publicada hoje em Diário da República, dá corpo às intenções já anunciadas pelo Executivo e discutidas com os parceiros sociais. A partir de amanhã, as bolsas atribuídas aos novos estagiários com licenciatura, mestrado ou doutoramento reduzem de dois para 1,65 Indexantes dos Apoios Sociais (IAS), passando de 838,44 para 691,73 euros.
    A isto ainda é preciso somar o desconto de 11% para a Segurança Social e a tributação fiscal. Recorde-se que o Executivo não tinha esclarecido anteriormente se os estágios profissionais passavam a ser tributados em sede de IRS mas o diploma vem agora clarificar esta situação. Contas feitas, no caso de um jovem solteiro e sem filhos, o valor líquido da bolsa pode atingir os 581,13 euros.

    (…)

    O diploma publicado vem então definir novos montantes de comparticipação, mais elevados face ao regime anterior. Entidades sem fins lucrativos e empresas com até nove trabalhadores recebem uma comparticipação de 75% do valor da bolsa. O montante fica em 65% no caso de empresas que contem entre 10 a 250 trabalhadores e em 40% para entidades com mais de 250 pessoas. Em todos os casos, os montantes da comparticipação ficam acima dos actuais.
    O estagiário ainda tem direito a subsídio de alimentação e a seguro de acidentes de trabalho, apoiados pelo Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP).

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  14. As palavras são importantes
    por Daniel Oliveira

    "Quando eu vejo que há aí palhaços que falam, falam, falam, falam, falam e eu não os vejo a fazer nada, fico chateado, com certeza que fico chateado". A frase dos Gato Fedorento - inspirada num desabafo de um concorrente do Big Brother - foi usada vezes sem conta. Quase sempre para acusar outros de falarem muito e não fazerem nada. Não perceberam os plagiadores que, pelo contrário, Ricardo Araújo Pereira fazia uma caricatura dos que desprezam a palavra. Desprezam-na duas vezes. Ao usarem-na sem dizerem nada e ao tratarem-na como um mero adereço da ação. Aqueles que não percebem que, como gritava Nanni Moretti, em "Palombella Rossa", "as palavras são importantes". São mais do que sons. São, elas próprias, ação. Constroem realidade. Quem fala, dizendo alguma coisa, está a fazer alguma coisa.



    O filme estrela dos oscares deste ano foi "O discurso do Rei". Um homem que não esperava sentar-se no trono, mas que recebeu a batata quente nas mãos quando o seu irmão abdicou por se querer casar com uma mulher divorciada, acabou por ter um papel central na II Guerra Mundial. Como monarca, não podia aprovar leis, criar impostos ou declarar guerras. A única coisa que tinha a dar ao seu povo era a palavra. E as suas palavras contavam no preciso momento em que o Reino Unido se preparava para enfrentar a Alemanha nazi. Os ingleses precisavam dela para suportar os tempos difíceis que aí vinham. Só que Jorge VI era gago. Era ponderado e corajoso. Tinha tudo para ser um líder. Faltava-lhe a palavra.



    A capacidade para mobilizar os americanos através das palavras não chega para Obama ser o presidente que prometeu. E não foi a trágica relação de Bush com a sua própria que língua que fez dele o pior presidente da história dos Estados Unidos. Sócrates é um bom orador, mas isso não faz dele um primeiro-ministro competente. Cavaco não tem qualquer respeito pelas palavras, mas não é apenas isso que faz dele um líder medíocre - apesar de, no lugar simbólico que tem o Presidente, não se tratar de um pormenor. Um político que não domina a palavra é um líder incompleto. Grande parte dos homens e mulheres que recordamos como grandes líderes usaram a palavra para conquistar o nosso respeito.



    Portugal passa um por um período difícil. E o que aí vem será ainda pior. Palavras certas não resolveriam a nossa dívida externa ou a encruzilhada em que a Europa se encontra. Mas, por só elas poderem expressar ideias, apontar caminhos e dar esperança a um povo desesperado, fazem imensa falta.



    Nenhum dos nossos políticos é gago. Mas é como se fossem. Incapazes de mobilizar os que deveriam liderar, não dão sentido a nenhum dos sacrifícios que nos pedem. Não é apenas falta de talento. Talvez eles próprios não saibam o sentido que estes sacrifícios têm.



    Quando faltam palavras a um líder temos boas razões para pensar que são as suas ações que gaguejam. Porque as palavras constroem realidade e explicam o sentido do que se faz, são tão importantes como qualquer decisão. Quando eu vejo que há aí palhaços que fazem, fazem, fazem, fazem, fazem e eu não os ouço dizer nada que se perceba, fico chateado, com certeza que fico chateado. Porque desconfio que não fazem ideia do que andam a fazer.

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  15. Ide e lede
    ... o que Sérgio Lavos escreveu no Arrastão sobre o Prós & Contras de ontem - está lá tudo. Cheguei a casa a meio do programa (hei-de ver o resto online, mesmo com sacrifício…), mas aquilo a que assisti foi absolutamente lamentável.


    Fátima Campos Ferreira, cada vez mais arrogante, julga ter o país nas mãos e as soluções na algibeira. E não o escondeu ontem, uma vez mais. Pelo meio, foi dizendo aos jovens frases como esta que Medeiros Ferreira registou: «Você não é político, espero!»


    Comentários para quê. Apenas um: o que ela ganha sai directamente dos nossos impostos.

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  16. O estado das coisas não pode ser estático
    por Sérgio Lavos
    Se houve algo que ficou provado com mais uma edição do programa da Fátima, foi a total inutilidade do mesmo. O suposto grande magazine de debate, visando a esclarecer o povaréu sobre as coisas que precisam de ser esclarecidas, não passa de um programa de variedades que não anda muito longe de um Jerry Springer contido - pelo menos, quando a dona Fátima decide calar as opiniões e as reacções do público que não lhe interessam. O programa de hoje, sobre a manifestação, marcada para o dia de 12 de Março, da "juventude em revolta" da geração Facebook, foi um repisar de técnicas e um exponenciar de defeitos, um fartote. Nas mesas, os "tipos sociais" do costume: o professor de economia de direita, o gestor de sucesso, a privilegiada vagamente histérica, o intelectual de esquerda preocupado com as questões da cultura e o sociólogo que apenas vai falar de "factos", "números" e "preocupações da sociedade". Na plateia, um belo leque de convidados que mostra o pior de uma geração - é assim mesmo -, não se percebendo quem seleccionou as pessoas que lá estavam. Os intervenientes da plateia dividiam-se em dois tipos de pessoas; o empreendedor de sucesso que conta a sua história pessoal, como chegou onde chegou, com muito sacrifício e tal, aceitando o que esta geração tem de recusar - trabalho não remunerado e precariedade; e o estudante universitário, trajado a rigor como convém, debitando banalidades sem sentido e provocando os "adultos" que estavam sentados nas mesas. Um espectáculo lamentável. Lamentável porque não estavam na plateia os verdadeiros atingidos pelas políticas de precariedade seguidas pelo país nos últimos vinte anos: os estudantes à procura do primeiro emprego, os trabalhadores a falsos recibos verdes, os estagiários não remunerados (e seria tão fácil encontrá-los nas redacções dos jornais ou até na própria RTP), os licenciados desempregados e os os que trabalham em empregos muito abaixo das qualificações, em supermercados ou call-centers. Não estavam lá, porque não interessava que estivessem. Como certamente não interessaria que estivessem lá jovens politizados, que pudessem responder à altura às provocações indignadas de Isabel Stillwell ou às ideias liberais do professor de economia. É sintomático que os promotores da manifestação tenham recusado a presença no programa, alegando que não se consideram líderes do movimento, apelando inclusive à absoluta desierarquização do movimento (o texto de recusa é admirável), e que as pessoas que foram falando fossem líderes de movimentos juvenis, de associações académicas, de empresas, cumulando na risível presença dos escuteiros (sem desprimor para o movimento escuta, refira-se). Tudo muito bem encenado, fingindo a preocupação necessária, pungente e quase dramática, mas sem uma única ideia nova, nada que não tivesse sido já discutido em blogues, no Twitter ou no Facebook (com a piada final da sra. Stilwell a queixar-se dos ataques à honra por parte dos "anónimos" das redes sociais, ou lá o que foi, depois de ter escrito um artigozeco no jornal gratuito que dirige revelando os três pecados essenciais do "articulista": ignorância, arrogância e falta de sentido de humor). Estas cortinas de fumo são oportunas, são distrações que o sistema arranja para ver se ficamos quietos no nosso canto, sem fazer nada para mudar o que está errado. Conhecemos a técnica e sabemos como o novo mundo das redes sociais pode ajudar a que as coisas de facto acontecam. E nada me pode dar mais gozo do que ver o pânico que transpareceu, por momentos, na cara do professor de economia, enquanto recriminava alguém da plateia por ter falado das manifestações que estão a derrubar ditaduras no Norte de África a propósito da organização do protesto. Quando o sistema começa a espernear, reafirmando a sua legitimidade democrática, é sinal de que alguma coisa está a ser bem feita. Dia 12 veremos.

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  17. Protesto da Geração À Rasca Saltar para o conteúdoInícioManifesto
    Resposta ao convite do programa Prós e Contras – RTP
    Publicado em 28/02/2011 por Geração Enrascada
    Exmos. Srs.,
    Vimos pelo presente agradecer o vosso convite a participar no próximo programa Prós e Contras.

    Entendemos, no entanto, não ser oportuno aceita-lo. Não nos consideramos representantes, muito menos líderes, de qualquer movimento e, ainda menos, de toda uma geração.
    Até agora, 30.000 pessoas já aderiram, no facebook, ao Protesto da Geração À Rasca e estamos cada vez mais certos que, centrar o protagonismo numa ou nalgumas pessoas, só porque estão a dinamizar o evento, será extremamente redutor, tendo em conta a transversalidade do problema e a diversidade de situações de precariedade existentes.
    Acreditamos também que, infelizmente, não vos será difícil encontrar testemunhos pessoais sobre diversos tipos de precariedade que afectam, não apenas os jovens, mas toda a sociedade portuguesa.
    Agradecemos encarecidamente a vossa compreensão.
    Disponibilizamo-nos também para vos prestar todas as informações, acerca da organização do Protesto, de que venham a necessitar futuramente.

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  18. EDITORIAL
    A parva da Geração Parva
    17 | 02 | 2011 21.12H
    Isabel Stilwell- editorial@destak.pt

    Acho parvo o refrão da música dos Deolinda que diz «Eu fico a pensar, que mundo tão parvo, onde para ser escravo é preciso estudar». Porque se estudaram e são escravos, são parvos de facto. Parvos porque gastaram o dinheiro dos pais e o dos nossos impostos a estudar para não aprender nada.

    Já que aprender, e aprender a um nível de ensino superior para mais, significa estar apto a reconhecer e a aproveitar os desafios e a ser capaz de dar a volta à vida.

    Felizmente, os números indicam que a maioria dos licenciados não tem vontade nenhuma de andar por aí a cantarolar esta música, pela simples razão de que ganham duas vezes mais do que a média, e 80% mais do que quem tem o ensino secundário ou um curso profissional.

    É claro que os jovens tiveram azar no momento em que chegaram à idade do primeiro emprego. Mas o que cantariam os pais que foram para a guerra do Ultramar na idade deles? A verdade é que a crise afecta-nos a todos e não foi inventada «para os tramar», como egocentricamente podem julgar, por isso deixem lá o papel de vítimas, que não leva a lado nenhum.

    Só falta imaginarem que os recibos verdes e os contratos a termo foram criados especificamente para os escravizar, e não resultam do caos económico com que as empresas se debatem e de leis de trabalho que se viraram contra os trabalhadores.

    Empolgados com o novo ‘hino’, agora propõem manifestar-se na rua, com o propósito de ‘dizer basta’. Parecem não perceber que só há uma maneira de dizer basta: passando activamente a ser parte da solução. Acreditem que estamos à espera que apliquem o que aprenderam para encontrar a saída. Bem precisamos dela.
    A VERDADEIRA PARVA

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  19. Professores iniciam greve às horas extraordinárias
    Professores iniciam esta terça-feira uma greve às horas extraordinárias, que se prolongará até 30 de Junho, em protesto contra a nova forma de cálculo para pagamento das horas extraordinárias, que os sindicatos consideram ser ilegal. 1 Março, 2011 - 16:23

    A comunidade educativa tem outras acções convocadas: um encontro de professores no dia 12 de Março no Campo Pequeno em Lisboa e a Marcha da Educação no dia 2 de Abril em Lisboa. Foto de Paulete Matos. Em comunicado, as estruturas sindicais contestam a nova forma de cálculo que o governo socialista impôs para o pagamento das horas extraordinárias, que dizem ser ilegal e contrariar o disposto no Estatuto da Carreira Docente (ECD). No documento, os sindicatos esclarecem que «apesar de o ECD ser claro sobre a fórmula a adoptar, devendo a hora extraordinária calcular-se a partir das 22 ou 25 horas lectivas do horário base dos docentes, o Ministério da Educação (ME) decidiu unilateralmente e ilegalmente efectuar o cálculo a partir das 35 horas, ou seja, o horário completo do docente, deixando de fora o tempo de trabalho individual que está adstrito a cada hora».

    Segundo as novas regras, o horário completo dos professores, que anteriormente era composto por três vertentes: “a lectiva, a de estabelecimento e a do trabalho individual, num total de 22 horas”, passa agora para as 35 horas e não contempla a vertente individual.

    Esta situação implicará, segundo Mário Nogueira, secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (FENPROF), que “o trabalho individual não vai ser pago, vai ser feito gratuitamente, porque as 35 horas vão ser preenchidas com aulas e trabalho de estabelecimento”.

    Segundo este sindicalista, a greve às horas extraordinárias, que se inicia esta terça-feira e que se prolongará até 30 de Junho, poderá comprometer algumas aulas e, inclusive, a avaliação.

    No final deste primeiro dia de greve, a Plataforma de Sindicatos será recebida na Comissão de Educação e Ciência da Assembleia da República, onde abordará esta matéria.

    A par da greve às horas extraordinárias, a comunidade educativa tem outras acções convocadas: um encontro de professores no dia 12 de Março no Campo Pequeno em Lisboa e a Marcha da Educação no dia 2 de Abril, também em Lisboa.

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  20. "Não estamos condenados à precariedade"
    Em entrevista ao Esquerda.net, o deputado do Bloco José Soeiro respondeu às perguntas enviadas pelos internautas sobre a precariedade e o protesto da "geração à rasca".
    2 Março, 2011 - 11:02
    Questionado sobre o que tem a dizer àqueles que chamam a esta geração de malempregados a “geração parva”, José Soeiro respondeu desde logo que a primeira coisa a dizer é que “não estamos condenados à precariedade”, ela resulta das escolhas económicas que têm sido feitas. O deputado reconheceu que a criatividade e a vontade de trabalhar desta geração estão “mal empregues”, são pouco reconhecidas nos empregos com remunerações baixas, sem vínculo laboral, sem protecção social, com recibos verdes, em estágios não ou mal remunerados, nas Empresas de Trabalho Temporário.

    Contudo, o mais jovem deputado do Bloco José Soeiro sublinha que “nós não estamos condenados a ser essa geração sem direitos, porque segundo nos ensina a história, o futuro não tem de ser necessariamente uma repetição monótona do presente, nós podemos inventá-lo, pela nossa acção”. Estes movimentos que já existem, estas manifestações, são exemplo disso, diz Soeiro, reforçando que são um sinal de que é possível fazer outras escolhas, afirmar alternativas “a partir do interesse da maioria das pessoas que é ter um trabalho decente, um emprego com direitos”.

    Respondendo a outras questões José Soeiro afirmou-se contra a ideia de que mais vale a precariedade do que o desemprego, apontando o facto da crescente precarização das relação laborais em Portugal não ter gerado mais emprego, logo, “é mentira que ao acabarmos com os direitos laborais se gera mais emprego, os contratos precários não geram novos postos de trabalho (…) muito pelo contrário, a precariedade gera mais desemprego”, enfatizou. O deputado defende que a precariedade é apresentada com um mal menor graças à chantagem do desemprego a que os trabalhadores precários estão votados.

    “Será o protesto de dia 12 uma semente da revolta dos desemprecários?” perguntou uma das eleitoras do Esquerda.net ao deputado do Bloco. Este lembrou que as revoltas do mundo árabe, por exemplo, são um sinal de que o protesto persistente das pessoas, nas ruas, consegue tornar possível o derrubar das “ditaturas mais cruéis”. Já em Portugal, vivemos sobre a ditatura dos mercados que impõem a sua regra contra os direitos das pessoas, afirmou Soeiro, invocando a imagem dos milhares de egípcios na rua gritando “Não, não seremos mais escravos”, ou seja, rejeitando a condição de escravatura, seja a política ou laboral. “Foi uma imagem inspiradora para todos aqueles que em Portugal estão fartos de ser escravos por via da precariedade”, disse.

    Se pensarmos, por exemplo, em professores das AEC's [Actividades de Enriquecimento Curricular], que ganham 6 euros à hora, têm de pagar o seu próprio transporte, trabalham a recibo verde, têm despesas quase equivalentes ao valor do salário, mas que se vão aguentando porque precisam apesar de tudo de acumular alguns anos de serviço, estamos a falar de escravatura”, afirmou Soeiro. Dando outros exemplos de “escravatura laboral”, o deputado lembrou também os trabalhadores dos callcenters, contratados por Empresas de Trabalho Temporário, que ganham 2,80 euros à hora, sabendo que a empresa que o aluga àquela onde trabalha lhe fica com uma parte do seu salário.

    “Este fenómeno de uma geração de desemprecários que se revoltou na Tunísia e no Egipto tem de facto algo de comum com esta geração de desemprecários que temos aqui em Portugal, que também sente que precisa de ter voz e precisa de falar”, disse ainda José Soeiro.

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  21. Évora: protesto junta 900 pessoas contra cortes no transporte de doentes
    Cerca de 900 habitantes de vários concelhos alentejanos protestaram esta terça-feira em Évora contra o corte das credenciais para o transporte de doentes não urgentes, que está a deixar “desesperadas” muitas pessoas carenciadas e idosas, assegurou a organização.
    2 Março, 2011 - 13:01

    Manifestação que juntou 900 pessoas contra os cortes no transporte de doentes não urgentes, na Praça do Giraldo em Évora, 1 de Março de 2011. A concentração, promovida pelo Movimento de Utentes da Saúde Pública (MUSP) do distrito de Évora, juntou na Praça do Giraldo, no centro histórico da cidade alentejana, cerca de 900 participantes, segundo estimativa da PSP local.

    Gritando palavras de ordem e empunhando cartazes onde se podia ler “cortes nas credenciais afectam os mais desfavorecidos”, “cortes nas credenciais prejudicam a saúde da população” e “não ao corte nas credenciais de transporte”, os manifestantes exigiram a revogação do despacho do Governo.

    Assinado pelo secretário de Estado da Saúde, Óscar Gaspar, o despacho, que entrou em vigor a 1 de Janeiro, determina que o acesso ao transporte pago pelo Ministério da Saúde passa a ter que responder obrigatoriamente a dois requisitos: prescrição clínica e insuficiência económica.

    “Diariamente chegam-nos casos de pessoas desesperadas que não têm transporte para irem a consultas e a tratamentos (…) e muitos já estão a desistir”, afirmou Sílvia Santos, do MUSP do distrito de Évora. Considerou ainda que “dificilmente” os mais idosos vão “conseguir pagar do próprio bolso o transporte”, já que em muitos casos estes auferem baixos rendimentos.

    O MUSP tem a circular um abaixo-assinado contra o despacho do Governo, que já conta com cerca de 15 mil assinaturas, para entregar este mês na Assembleia da República.

    Fazendo-se transportar em 16 autocarros, os manifestantes vieram um pouco de todo o distrito de Évora, mas era mais notória a presença de moradores de Vendas Novas, Montemor-o-Novo, Mora e Arraiolos.

    Na concentração, foi aprovada, por unanimidade, uma moção a exigir a revogação do despacho, que foi entregue na Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo.

    A viver em Montemor-o-Novo, Celestino Martinho disse à Lusa que já “sentiu na pele” o corte das credenciais, quando, na semana passado, foi ao Centro de Saúde local “com muitas dores”.

    “A médica auscultou-me e queria mandar-me para Évora para fazer exames, mas disse-me que agora não há ambulância e que eu tinha de pagar. Vou buscar o dinheiro onde para pagar uma ambulância”, questionou, explicando que recorreu a um familiar para o transportar.

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  22. Atenas: Centenas de imigrantes em greve de fome há mais de um mês
    Os serviços médicos gregos hospitalizaram esta terça-feira em Atenas e Salónica 54 dos mais de 300 imigrantes que há 37 dias entraram em greve de fome para exigir uma autorização de trabalho e de residência na Grécia.
    2 Março, 2011 - 18:12

    As organizações de direitos humanos têm criticado repetidamente a Grécia por não prestar apoio às pessoas que fogem dos conflitos em África, no Médio Oriente e no continente indiano. Segundo a agência Efe, os hospitalizados fazem parte de um grupo de cerca de 300 imigrantes, na sua maioria oriundos do Magrebe, que iniciaram uma greve de fome há mais de um mês para exigir que lhes seja concedido o direito de residência e trabalho na Grécia.

    De acordo com organizações da sociedade civil que acompanham o caso, muitos destes imigrantes não têm conseguido renovar as respectivas autorizações apesar de residirem e trabalharem na Grécia há vários anos. Os serviços sanitários decidiram hospitalizar os 54 imigrantes perante o perigo de os seus órgãos vitais poderem ser afectados de forma permanente, informaram fontes médicas.

    Entre os hospitalizados, 14 apresentavam sintomas de falha renal e os restantes problemas de saúde diversos, depois de, durante um mês, terem apenas ingerido água com açúcar. Desde domingo, 36 dos imigrantes que estão em greve de fome negam-se, inclusive, a beber água, tendo 18 sido hospitalizados.

    Os imigrantes, na sua maior parte oriundos do Norte de África, são protagonistas da maior mobilização deste tipo jamais realizada na Grécia depois de uma greve da fome nas prisões realizada há alguns anos.

    Num apelo tornado público, os imigrantes explicam que a sua situação se deve a circunstâncias de pobreza, ditaduras e falta de apoio dos países ocidentais que os faziam viver em condições infra-humanas. “As empresas multinacionais e os seus servidores políticos não nos deram outra alternativa que não seja arriscar dez vezes as nossas vidas para conseguirmos chegar às portas da Europa. Vivemos sem dignidade, na escuridão da ilegalidade beneficiando empregadores e serviços estatais com a dura exploração do nosso trabalho. Vivemos do nosso suor e com o sonho de um dia ter os mesmos direitos que os nossos companheiros trabalhadores gregos”, declararam os imigrantes.

    Artistas, actores e académicos gregos juntaram-se esta terça-feira numa conferência de imprensa em Atenas para transmitir o seu apoio aos imigrantes. "O tempo está a acabar e o governo ainda não se apercebeu [disso]", criticou Nadia Vartzeli, uma médica que integra o comité de solidariedade. O governo de Atenas parece, contudo, não querer ceder.

    Ainda nesta terça-feira, o ministro do Interior grego, Yanis Ragusis, insistiu que "não se concederão autorizações de residência permanentes" a imigrantes ilegais. O território grego é a porta de entrada da maior parte dos fluxos migratórios clandestinos que se dirigem à União Europeia, referem dados de Bruxelas, citados pelo Diário de Notícias.

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  23. Quarta-feira, 2 de Março de 2011
    Governo paga salários a 50.000 trabalhadores precários enquanto empresas assobiam ao lado

    O programa de 50.000 estágios do IEFP apresentado por José Sócrates obrigará os trabalhadores estagiários a pagar uma taxa de 11% de contribuição para a Segurança Social (exactamente o mesmo que qualquer trabalhador dependente) e isenta por completo os patrões de qualquer contribuição para a Segurança Social. Os trabalhadores estagiários dificilmente poderão aceder aos seus direitos devido às novas regras de cálculo de prestações sociais contributivas e não contributivas e ao período de carência de 450 dias de trabalho nos últimos 24 meses para acesso ao Subsídio de Desemprego. Ao mesmo tempo, o governo coloca o orçamento público a pagar 40% a 75% do baixo salário associado ao estágio e as empresas a parte remanescente, de 25% a 60% do salário.


    Os estagiários irão receber 581,13 euros, em vez dos 838,44 do ano passado em troca de uma mão cheia de nada. De facto para aceder ao Subsídio de Desemprego são necessários 15 meses de trabalho e descontos nos últimos 24 meses anteriores ao desemprego, algo que dificilmente será cumprido pelos trabalhadores estagiários devido ao desemprego galopante e às próprias regras de estágios: duração de 9 meses e impossibilidade de realizar dois estágios consecutivos sem um intervalo de 12 meses.


    O governo, pela mão do Secretário de Estado Valter Lemos, dizia há bem pouco tempo que "a entidade empregadora entregará 23,75 e o estagiário 11 por cento", no entanto, garantia de forma paradoxal "que o objectivo de não haver encargos adicionais para as empresas é para cumprir". A manobra do governo consistiu em diminuir o valor do estágio de 2xIAS para 1,65xIAS. Fica por confirmar se esta redução de 17.5% do valor bruto da bolsa de estágio, será entregue na Segurança Social como contribuição patronal ou se apenas se destina a assegurar parte dos novos estagiários, num programa de divisão de salários de miséria.


    Em 2009 colocava-se uma questão ainda actual, se os estágios poderão constituir um atropelo da Constituição Portuguesa. De facto, segundo notícia de 2009, um consultor jurídico contactado pela LUSA afirmava que «a Constituição da República Portuguesa, no seu artigo 59º, nº 1, alínea d), consagra que todos os trabalhadores, sem distinção de idade, sexo, raça, cidadania, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, têm direito, de entre outros, ao repouso e aos lazeres, a um limite máximo da jornada de trabalho, ao descanso semanal e a férias periódicas pagas». Ora, o governo afirma que não estamos perante um trabalhador, o que só pode enquadrar um desrespeito inaceitável para com os trabalhadores estagiários, que de facto produzem em benefício das empresas onde integrados e produzem para o país. Ou será que não conta para o PIB o trabalho realizado?


    No mesmo sentido, o advogado João Manuel Ferreira questiona ainda "Para quê contratar alguém em moldes ditos normais, se pode ter um estagiário a trabalhar 12 meses sem determinadas compensações pecuniárias?"


    A economia, as empresas e os patrões, ficam assim viciados na organização da produção e das suas empresas através de mão-de-obra muito barata, altamente qualificada, e com pouquíssimos direitos. Assim se faz ainda, de forma muito pouco inevitável, a introdução de factores de chantagem social sobre os trabalhadores precários, neste caso estagiários, aos quais se retira toda a capacidade de reivindicação de direitos e por conseguinte a democracia de forma definitiva do local de trabalho.


    Teremos de lutar pelos nossos direitos como sempre os trabalhadores o fizeram, na rua. Com força, com energia, e com a proporção de força necessária para que a realidade possa ser alterada. Nos dias 12 e 19 de Março estaremos na rua.


    Publicada por Precários Inflexíveis

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  24. Protesto da Geração à Rasca - Cartaz e panfleto disponível para todxs
    Já estão disponíveis na página do Protesto "Geração à Rasca" o manifesto, cartaz e panfleto para download, para que todxs possam divulgar e espalhar a sua mensagem por todo o país.
    Imprime em casa, no trabalho ou seja onde for e passa a palavra!



    Mais de 35.000 pessoas já disseram que vão estar presentes nesta manifestação a 12 de Março!


    Vamos encher as ruas pois está na hora de dizer basta!
    Publicada por Precários Inflexíveis

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  25. Requisição servil
    2 de Março de 2011 por Tiago Mota Saraiva
    Cavaco Silva convidou um grupo de 50 jovens para almoçar na próxima quarta-feira, dia da tomada de posse, a bordo da “Sagres”, três dias antes da manifestação da geração “à rasca” que está convocada para dia 12, na Avenida da Liberdade. Do grupo de jovens fazem parte representantes de associações de estudantes, dirigentes e organizações da juventude.

    _Publicado em cinco dias

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  26. Cavaco convoca 50 jovens para a tomada de posse
    Francisco Teixeira
    02/03/11 16:00




    Cavaco Silva toma posse na próxima quarta-feira.
    Três dias antes da manifestação da geração "à rasca", o Presidente almoçará com um grupo de 50 jovens.

    Cavaco Silva convidou um grupo de 50 jovens para almoçar na próxima quarta-feira, dia da tomada de posse, a bordo da "Sagres", três dias antes da manifestação da geração "à rasca" que está convocada para dia 12, na Avenida da Liberdade. Do grupo de jovens fazem parte representantes de associações de estudantes, dirigentes e organizações da juventude.

    Ainda durante a campanha eleitoral o então candidato pediu "aos nossos políticos" que olhem para "os 200 mil jovens desempregados" porque "este é um dos principais problemas" com que somos confrontados.

    Antes mesmo da cerimónia oficial na Assembleia da República, Cavaco Silva vai visitar o navio hidro-oceanográfico "Almirante Gago Coutinho", onde terá conhecimento das "campanhas técnico-científicas que sustentaram o Projeto de Extensão da Plataforma Continental de Portugal, apresentado às Nações Unidas".

    Segue-se o almoço com jovens e a partida para o Parlamento onde discursará. Mais tarde e ao contrário do que é habitual o chefe de Estado receberá cumprimentos dos convidados no Palácio de Belém e não no Palácio da Ajuda.

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  27. Da cerveja ao bife, passando pelo filósofo, tudo se falsifica. Porque não políticos?!
    2 de Março de 2011 por José Borges Reis
    O baronete Karl-Theodor zu Guttenberg (zu ou von em nome alemão lembra em português coisas como, digamos, de Vasconcellos ou Athaíde), ministro da defesa alemão, jovem, belo (!), nobre (literalmente), empreendedor, pró-activo – em suma, a corporização de tudo o que este tempo deseja para um político de futuro, e mais genericamente um jovem de futuro (gente do último Prós e Contras, atentai!) – demitiu-se ontem de todas as suas funções, após a descoberta de que plagiou partes da sua tese de doutoramento na Universidade de Bayreuth. (Bayreuth, a Sintra alemã, santuário da fina-flor da aristocracia, do mítico festival que ali a reúne para apreciar grandiosas encenações de Wagner, certamente excelentes tanto quanto exclusivas, mas isso são contas para outros especialistas da tasca, como Vidal).

    Diz-se nos media alemães que se trata de uma vitória da decência, da honestidade, da ciência, face a um jovem arrivista que teve a soberba de se julgar superior, e tentar ofuscar com pompa e fotogenia bastantes, valores que tocam no núcleo mais sagrado da moralidade burguesa (o alemão tem a peculiar honestidade de equivaler “civil” e “burguês” na mesma palavra, bürgerlich).

    Ocorre dizer: a burguesia alemã anda atrás do espírito do tempo! A nossa em particular há muito descobriu a arte de falsificação de títulos e – não menos importante – a arte da relativização que impõe a divisa “Havia escândalos, mas já não há”. Eis um préstimo que poderia prestar a estes anacrónicos alemães – que ainda fingem acreditar nessa coisa de honestidade na academia, ou seja onde for – a troco, quiçá, de umas concessões económicas bem urgentes nos dias que correm.

    _Publicado em cinco dias

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  28. Sorria, você vai ser liquidado
    por Daniel Oliveira
    É cada vez mais provável a vinda do FMI e do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEE). Falo com muita gente que me diz: "talvez eles sejam capazes de arrumar esta casa". Na televisão, chama-se a esta possibilidade de "resgate" e "ajuda externa".



    Não deixa de ser comovente como o desespero se agarra a qualquer ilusão. Não é difícil perceber o que nos vai acontecer. Basta olhar para a Grécia. Basta olhar para a Irlanda. Qual resgate? Qual ajuda externa? Basta olhar para o rasto de destruição que a intervenção do FMI deixou há alguns anos na Argentina. A receita, sempre igual, sejam quais forem as circunstâncias e o lugar, raramente deixa o doente melhor. Só que neste caso, junta-se a fome à vontade de comer. O tempero que a União Europeia junta ao prato que o FMI costuma servir é veneno ainda mais forte. Resume-se a isto: ajudamos-te a pagar a tua dívida até da tua economia não sobrar pedra sobre pedra. E quando o teu credor estiver a salvo e descansado - sim, o FMI e a Europa estão a resgatar o credor, não o devedor - tratarás tu da tua sobrevivência.



    O FMI não é, nunca foi, um seguro de vida para economias periféricas em crise. FMI e FEE apenas garantem que o moribundo paga até ao limite das suas forças. Emprestam, apenas um pouco abaixo do mercado - mas ainda a juros especulativos - para garantir que tudo será pago sem renegociações, única solução que poderia salvar as economias periféricas que estão a ser atacadas pelo jogo com as dívidas soberanas.



    Os mercados vão ficar descansados? Sim. Ficaram descansados quando a Irlanda aceitou o seu suicídio económico para salvar, com dinheiros públicos, bancos provados falidos pelas suas próprias aventuras. Ficam descansados, não por confiarem na nossa economia, que ficará desfeita. Mas porque sabem que vai haver quem nos obrigue a pagar, mesmo que isso signifique a nossa ruína. Era assim que se fazia com as epidemias: deixava-se morrer o doente bem longe dos que estavam saudáveis.



    Não vamos ser resgatados. Vamos ser isolados e espoliados para continuarmos a pagar juros indecentes. Como a Grécia foi. Como a Irlanda foi. Olhem para elas. Vejam como estão felizes. Há portugueses que suspiram de alívio? Aventurados sejam os pobres de espírito...

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  29. 2 de Março de 2011
    É muito mais que uma geração!
    Publicado por Cerky
    Manifestação do dia 12 de Março, Geração à rasca. O manifesto é claro.

    É um grito de revolta. É o grito de uma geração, que mesmo sendo a mais qualificada de sempre é também a mais precária e que se depara com a maior taxa de desemprego de sempre. É a luta contra a precariedade laboral, que atrasa a vida. Contra a precariedade que retira a liberdade de as pessoas poderem ter uma vida estável, casa própria, filhos e conseguirem fazer um planeamento decente e estável do seu futuro.

    É recusar a ideia de que as pessoas são meros instrumentos descartáveis e obrigatoriamente flexíveis num aparelho produtivo que se baseia na desigualdade e no lucro e sucesso individualizado. É esse o futuro do sistema capitalista, um jogo onde as pessoas são meros objectos estratégicos, em que é suposto abdicarem de toda e qualquer estabilidade, e na grande maioria das vezes até do direito a uma vida feliz. A precariedade involuntária é um cancro social que torna a vida de muita gente cinzenta. É um jogo diário onde as pessoas se atropelam, se desrespeitam e se afastam de qualquer sentido colectivo. E neste jogo nenhuma geração pode estar indiferente, nenhuma delas está imune à precariedade.

    Está na hora de mudar as regras do jogo. Esta não é a luta de apenas uma geração. Esta é a luta de todas as gerações. Dia 12 de Março é hora de ir para a rua. É hora de dar voz à indignação e exigir uma vida com dignidade e direitos.

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  30. Manifesto
    Nós, desempregados, “quinhentoseuristas” e outros mal remunerados, escravos disfarçados, subcontratados, contratados a prazo, falsos trabalhadores independentes, trabalhadores intermitentes, estagiários, bolseiros, trabalhadores-estudantes, estudantes, mães, pais e filhos de Portugal.

    Nós, que até agora compactuámos com esta condição, estamos aqui, hoje, para dar o nosso contributo no sentido de desencadear uma mudança qualitativa do país. Estamos aqui, hoje, porque não podemos continuar a aceitar a situação precária para a qual fomos arrastados. Estamos aqui, hoje, porque nos esforçamos diariamente para merecer um futuro digno, com estabilidade e segurança em todas as áreas da nossa vida.

    Protestamos para que todos os responsáveis pela nossa actual situação de incerteza – políticos, empregadores e nós mesmos – actuem em conjunto para uma alteração rápida desta realidade, que se tornou insustentável.

    Caso contrário:

    a) Defrauda-se o presente, por não termos a oportunidade de concretizar o nosso potencial, bloqueando a melhoria das condições económicas e sociais do país. Desperdiçam-se as aspirações de toda uma geração, que não pode prosperar.

    b) Insulta-se o passado, porque as gerações anteriores trabalharam pelo nosso acesso à educação, pela nossa segurança, pelos nossos direitos laborais e pela nossa liberdade. Desperdiçam-se décadas de esforço, investimento e dedicação.

    c) Hipoteca-se o futuro, que se vislumbra sem educação de qualidade para todos e sem reformas justas para aqueles que trabalham toda a vida. Desperdiçam-se os recursos e competências que poderiam levar o país ao sucesso económico.

    Somos a geração com o maior nível de formação na história do país. Por isso, não nos deixamos abater pelo cansaço, nem pela frustração, nem pela falta de perspectivas. Acreditamos que temos os recursos e as ferramentas para dar um futuro melhor a nós mesmos e a Portugal.

    Não protestamos contra as outras gerações. Apenas não estamos, nem queremos estar à espera que os problemas se resolvam. Protestamos por uma solução e queremos ser parte dela.

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  31. Do mesmo, mas em maior
    3 de Março de 2011 A União Europeia está muitas vezes condenada antes de ser julgada, e eu queria evitar isso nessa crónica, então esperei por uma série de audições parlamentares para ter uma oportunidade de ser mais justo. Ouvi e questionei, entre outros, a Comissária dos Assuntos Internos e o Secretário-Geral dos Assuntos Externos, ou seja, os números 1 e 2 para o que se passa dentro e fora de fronteiras da União. O assunto era, evidentemente, a “revolução árabe” e as suas consequências. O meu veredito?

    Bem, os responsáveis tentam esforçadamente dar a impressão de que, desta vez, não querem ficar aquém do desafio. E apresentam-nos números, números de guardas fronteiriços e de patrulhas, e medidas preparatórias, para mostrar que estão preparados.

    Mas como sempre, os responsáveis europeus estão preparados para a crise do passado, e nunca para a do presente. Para nos impressionar, dão-nos o mesmo, mas em maior.

    Vejamos: perante a situação na Líbia, e em resposta à pressão da Itália, a Comissão Europeia apresenta-nos uma operação fronteiriça. Uma operação grande, inflacionada e, se for preciso, até gigante, mas uma operação fronteiriça. O trivial em grande e, no entanto, completamente ao lado do alvo.

    E, no entanto, a realidade está aí: de Marrocos à Síria há cerca de cinco mil quilómetros de costa e neste momento não há nem um só desses quilómetros que não tenha um risco humanitário acrescido. Humanitário, sublinho. Isto não é uma mera questão de fronteira, ou seja, de gestão de uma linha imaginária no espaço, mas algo que muda tudo na região em que estamos inseridos, e em nós mesmos.

    Reserve um momento para pensar no grau de dependência que criámos em relação a uma figura como Khadafi e prometo-lhe que terá uma visão nada menos do que abismal. Não, não é o petróleo nem o gás natural — há outros lugares onde ir buscar isso. A Europa estava dependente de Khadafi para poder manter a ilusão de que a sua política de imigração, assente na repressão, é sustentável e realista. Não é. Terceirizámos para a Líbia o nosso trabalho sujo — mandar os imigrantes de volta para o deserto — pagando-lhe em dinheiro e tropas e material militar e conversa fiada.

    E agora a Europa não sabe o que fazer sem o ditador líbio — certos países, como a Itália, estão em verdadeiro estado de negação, afirmando que os acordos assinados com Khadafi têm de ser dados por bons pelo poder vigente (qual!?) — e por isso monta uma operação de fronteira para conter gente que luta pela democracia que nós dizemos defender contra o ditador que nós armámos, financiámos e cujas botas ainda sentimos a falta de lamber.

    Se daqui a uns tempos os EUA intervierem na Líbia, para o que não esperarão por ninguém, ainda haverá quem se lamente por eles decidirem no “nosso quintal das traseiras”. Não lhes permitam esse exercício hipócrita, sintoma perfeito da nossa patologia. Nós nunca devíamos ter tido “quintal das traseiras” para onde varrer o lixo. Os árabes, os povos e não os ditadores, deveriam apenas ter sido vizinhos que nós respeitássemos. Parece pouco e teria feito a diferença; mais vale tarde que nunca, mas os nossos burocratas evitam sempre pensar no futuro até que ele seja tarde de mais.

    Isto lembra, noutro plano da realidade, a crise do euro. Os nossos governos não querem mudar e construíram Bruxelas para garantir a paralisia recíproca. Falharão sempre da mesma forma, com cada vez menos convicção e mais estrondo.

    [ Rui Tavares

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  32. Dez Princípios para uma Renovação da Educação Escolar

    Quase toda a gente sabe que o modelo de organização escolar tem prestado relevantes serviços à sociedade e às pessoas. Mas, nas últimas décadas, com a escolarização de massas, tem tido dificuldade em cumprir as promessas consagradas nas leis, com destaque para a promessa da igualdade de oportunidades de acesso, de sucesso e de usufruto dos bens educacionais.


    Enquanto não temos um modelo alternativo de escolarização temos de procurar renovar o que existe. Aqui enuncio 10 princípios que podem contribuir para que tal aconteça.


    1) Princípio da escuta. A escuta é um dos pilares da educação. Sem escuta não há compreensão do outro, não há proximidade, não há adequação, não há a convocação do ser para se inscrever no projeto de aprender. Precisamos de praticar, insistentemente, como defendia Rubem Alves, a escutatória, essa arte de nos centrarmos empaticamente na fala e nos silêncios do outro.


    2) Princípio da confiança. A confiança é uma condição sine qua non da educação. Sem confiança nas potencialidades e na perfetibilidade do ser humano não há projeto educativo que possa ter sucesso. Sem confiança na capacidade e no poder transformador dos professores, sem confiança na possibilidade do compromisso de todos, a educação será uma palavra sem sentido.


    3) Princípio da proximidade. A proximidade é a base da pedagogia. Sem proximidade o outro é um número que apenas conta para as estatísticas. Educar é estar próximo para perceber os bloqueios, os impasses, os talentos que podem emergir.


    4) Princípio da diversidade. Porque a escola não pode mais ser alimentada com a ideia de que podemos ensinar todos como se todos fossem um só. «Tudo é diferente de nós e por isso é que tudo existe», como sustentava Fernando Pessoa. A diversidade é, pois, um princípio vital que tem de ser transposto para a ação pedagógica. Nos métodos, nas atividades, nos tempos, na avaliação. Porque a indiferença às diferenças só gera o insucesso.


    5) Princípio da comunidade. Sem o sentido de pertença é difícil haver ambientes favoráveis de aprendizagem. Precisamos de cultivar valores, códigos, sentidos partilhados e comuns.


    6) Princípio da flexibilidade. A flexibilidade tem muito a ver com a diversidade, mas é sinónimo. Ser flexível na gestão do agrupamento de alunos e na gestão do tempo (por exemplo) para que a ação educativa se possa adequar às singularidades do outro.


    7) Princípio da humanidade. O sentido de humanidade naquilo que fazemos na escola é o que permite fazer crescer as crianças na autonomia, na liberdade, na responsabilidade, no respeito, na compaixão. Este princípio rejeita o excesso de escola (a escola a tempo inteiro que muitas vezes é uma prisão sem sentido), a escola como estação de serviço.


    8) Princípio do exemplo. Porque a escola não pode ser só discurso. Tem de ser ação, exemplo, referências concretas. É sabido que ensinamos o que somos. E ensinamos por aquilo que fazemos. Mais do que pensamos.


    9) Princípio da exigência. Porque a vida é cruel e vai exigir muito de nós precisamos de promover o rigor, o método, a resiliência, a determinação, o valor do conhecimento. Porque a vida não é um passatempo.




    10) Princípio da aprendizagem. Todos estamos na escola para aprender, coisas certamente diferentes, mas complementares. E o trabalho dos alunos é aprender. Quando não aprende não está a cumprir o seu ofício. Não está a crescer, a desenvolver-se. Aprender sempre é o nosso destino e a nossa condição existencial.




    Outros princípios haverá. Mas estes, quando levados à prática, são certamente alavancas poderosas da transformação da escola.


    José Matias Alves
    Publicada por Movimento Escola Pública

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  33. Quinta-feira, 3 de Março de 2011
    Governo português criticado internacionalmente

    O European Trade Union Committee for Education (ETUCE), presidido por Ronnie Smith, aprovou uma posição, considerando que medidas como reduções salariais, agravamento dos horários de trabalho ou aumento do número de alunos por turma em cursos profissionais, entre outras, implicam uma significativa degradação das condições de trabalho dos docentes, coloca uma severa ameaça sobre o sistema educativo português e impedirá a concretização de compromissos assumidos por Portugal no âmbito da Estratégia Europa 2020.


    A ETUCE recomenda ao governo português que mantenha um diálogo sustentável com as organizações de professores em todas as matérias referentes às condições de trabalho para que se construam soluções colectivas necessárias na actual situação, sendo reiterado o apoio às organizações sindicais dos docentes portugueses.


    Esta posição foi dirigida por Ronnie Smith ao Presidente da República Portuguesa, ao Presidente da Assembleia da República, ao Primeiro-Ministro, à Ministra da Educação, ao Provedor de Justiça, ao Presidente da Comissão de Educação e Ciência da Assembleia da República e à Presidente do Conselho Nacional de Educação.


    Recorda-se que a FENPROF também apresentou queixa, recentemente, da postura antinegocial do Governo e do ataque que tem sido deferido contra os professores ao Secretário-Geral da OIT, ao Secretário-Geral da UNESCO, ao Presidente da Internacional de Educação (IE) e a diversos comissários europeus com responsabilidades nas áreas laborais e sociais.


    Pires de Lima
    Publicada por Movimento Escola Pública

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  34. 03 Março 2011Europa, unida, jamais seria vencida?
    recebido via e-mail: «aqui engolimos tudo!»
    e engolimos impostos injustos e cortes suicidas e medidas assassinas e AsDD insanas e congelamentos ad-eternum - e etc etc etc etc etc!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    Manifestantes britânicos ocupam sucursais do Barclays


    Manifestantes britânicos ocupam mais de 35 agências do Barclays em protesto por este banco ter pago apenas 113 milhões de libras (134,3 milhões de euros) de impostos no Reino Unido em 2009, o que equivale a cerca de um por cento dos lucros (11,6 mil milhões de libras) obtidos.
    Artigo | 20 Fevereiro, 2011 - 01:02





    Os protestos inserem-se numa série de acções directas, promovidas pelo grupo Uncut do Reino Unido, contra os cortes anunciados pelo Governo. Foto de Dominic, Flickr.


    Várias agências do Barclays em locais como Londres, Edimburgo, Birmingham e Liverpool foram fechadas ao público e ocupadas, de forma pacífica, por manifestantes que encenaram sit-in, criaram grupos de leitura de improviso e creches. (aprendam, pessoal! .. e parem de render-se à pseudo inevitabilidade das coisas!! parem de achar que não se pode fazer nada!!!! - ou nada mais que mais uma manif !....)


    Os protestos inserem-se numa série de acções directas, promovidas pelo grupo UK Uncut, contra os cortes anunciados pelo governo. O facto de o Barclays ter pago apenas 113 milhões de libras (134,3 milhões de euros) de impostos no Reino Unido em 2009, o que equivale a cerca de um por cento dos lucros (11,6 mil milhões de libras) obtidos motivou as ocupações das agências.


    Ruth Griffiths, de 36 anos, membro do UK Uncut, afirmou ao Guardian que estão a transformar “os bancos em escolas, centros de lazer, bibliotecas e florestas, porque a sociedade é que é demasiado grande para falir, e não o sistema bancário débil." (aprendam, pessoal, aprendam! - e vejam como se pode fazer mossa .. criativamente!!! ..)


    O grupo UK Uncut também promoveu inúmeros debates sobre as medidas de austeridade impostas pelo governo e o favorecimento da banca.


    Os britânicos estão, segundo membros do UK Uncut, “fartos de financiar o sector público e assistir à sua dizimação, enquanto as corporações estão, efectivamente, a roubar sem qualquer penalização”. É uma situação “legal mas imoral”, adiantam os activistas. No Reino Unido, “o governo está a permitir que bancos como o Barclays fujam ao pagamento de grandes percentagens dos seus lucros ao fisco, enquanto os serviços públicos estão a ser devastados”. - lá como cá, verdad?


    Os manifestantes consideram que “os cortes não são necessários, são uma escolha política, porque o governo opta por escorar bancos como o Barclays em vez de investir nos serviços públicos” e defendem que é necessário “assegurar que os bancos contribuam de forma mais justa para reduzir o défice que ajudaram a criar”. - ora nem mais!
    O Vento Que Passa

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  35. So you think you can, bitch?
    Acabou-se a geração à rasca! Não mais seremos mal tratados por uma economia parva e, como bónus, não mais teremos que ouvir os Deolinda.


    Está aí o So You Think You Can Pitch!


    Mas o que raio é um "pitch"?
    Fácil, um "pitch" (lê-se pêtch) "é uma apresentação simples e clara de quem és e o que procuras, o que te torna único e especial".


    Fixe! E posso falar sobre o quê?
    "Fala de ti e do que te torna uma proposta de valor única! Fala das tuas viagens de interrail, dos grupos que crias no facebook, do site/blog que escreves, das motas que coleccionas e dos raids de fotografias que fazes aos fins-de-semana. Mostra que és a pessoa que ajuda os amigos quando precisam, que és desenrascado e muito mais do que a tua formação e experiência profissional."


    Iupi! Eu faço isso tudo! Mas sou tão envergonhado...
    "Nós estamos à espera que fiques nervoso e que tenhas incerteza e dúvidas. ARRISCA!"


    Mas o que é que dizem as pessoas que já arriscaram?
    A Carina de 22 anos, por exemplo, diz que "crise é uma palavra que não existe no meu vocabulário", o Francisco, de 29, diz que quer "enriquecer a marca «Eu»" e o Ricardo, de 24, diz: "As letras do meu ADN formam sempre as mesmas palavras: Pro-Actividade, Espírito de Equipa e Vontade de Vencer! Junto o útil ao agradável! Sou um mouro do trabalho e ainda o faço com um sorriso de satisfação estampado no rosto. Adapto-me bem a novas realidades e faço por aprender mais e melhor. Para mim, não há barreiras, existem metas!".




    Por isso, se consegues escrever frases com muitos pontos de exclamação, vem-nos mostrar quantas vezes consegues dizer "Puta que vos pariu!" em 2 minutos!

    Diogo Augusto 3.3.11

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  36. Preços globais dos alimentos atingem novo recorde
    No espaço de um ano, subiram 70%. Causas são a crescente procura e o declínio da produção mundial em 2010. Aumento inesperado dos preços do petróleo pode exacerbar a já precária situação dos mercados.
    3 Março, 2011 - 12:42

    Os preços globais dos alimentos subiram pelo oitavo mês consecutivo em Fevereiro, atingindo um novo recorde quer em termos nominais quer em termos reais, de acordo com a Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO) das Nações Unidas, que faz a monitorização destes valores desde 1990. A única excepção foi o açúcar.

    “O aumento inesperado dos preços do petróleo pode exacerbar ainda mais a já precária situação dos mercados de alimentos”, alerta David Hallam, director da Divisão de Comércio e Mercado da FAO.

    A FAO adverte que os stocks de cereais devem diminuir fortemente este ano, devido à crescente procura e ao declínio da produção mundial em 2010. O resultado é que os preços dispararam já 70% face a Fevereiro do ano passado.

    Segundo Abdolreza Abbassian, especialista da FAO ouvido pela Lusa, o preço dos alimentos no mercado mundial deve permanecer próximo do nível recorde pelo menos até ao Verão.

    “Até ao Verão deverão permanecer neste nível. Podem ir um pouco abaixo ou um pouco acima mas, a nossa previsão é que não haja nenhuma correcção substancial", disse.

    Comentando a eventual ligação entre o aumento do preço dos alimentos e as revoltas que se vivem no norte de África, Abdolreza Abbassian afirmou que “é um problema adicional” mas não “o principal” factor.

    “Não, não achamos que a subida dos preços dos alimentos tenha sido um factor muito importante nos tumultos no norte de África. Não podemos menosprezar e dizer que não afectou. Mas foi um problema adicional, não foi isso que fez as pessoas vir para a rua”, afirmou o economista.

    As condições meteorológicas são “o factor determinante”, considera, acrescentando que o mais importante na determinação do preço é o volume de produção, e quanto a isso “as perspectivas actuais são boas”.

    “Não queremos especular, mas os preços encorajaram os produtores e temos bons sinais na Europa, nomeadamente na Ucrânia, e também na América do Sul. Vamos ver o que acontece”, adiantou .

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  37. Merkel diz que austeridade deve ir mais além
    Chanceler alemã elogia medidas “corajosas”, mas adverte que os resultados "dependem da sua implementação”. Bloco de Esquerda denuncia vassalagem de Sócrates à “imperatriz Merkel”.
    Artigo | 3 Março, 2011 - 02:43

    "Quando o país vive o drama das políticas de austeridade, o senhor primeiro-ministro mantém um elevado nível de contentamento consigo próprio”, dz o Bloco . Foto EPA/WOLFGANG KUMM
    A chanceler Angela Merkel, da Alemanha, defendeu nesta quinta-feira em Berlim que as reformas adoptadas pelo governo português “devem ir mais além”. Para ela, as medidas estruturais em Portugal estão tomadas, e, agora, os resultados "dependem da sua implementação”.

    Na conferência de imprensa a seguir ao encontro com José Sócrates, Merkel disse que Portugal tem dado passos na direcção certa, considerou corajosas as medidas de austeridade e disse que “Portugal está num muito bom caminho”.

    Sócrates levou a Berlim os dados preliminares da execução orçamental de Fevereiro, que apontam para uma descida de 3,6% na despesa efectiva do Estado nos dois primeiros meses do ano, em grande parte devido à redução dos salários dos funcionários públicos.

    A chefe do governo alemão disse que os dois países estão unidos “pela vontade comum de fazer tudo para manter a estabilidade do euro”, destacando que decidiram “reforçar o Pacto de Estabilidade, o que vai ser debatido agora com o Parlamento Europeu”. Este reforço, que não foi especificado, “deve ser rapidamente implementado, tal como a alteração limitada dos tratados necessária para instalar um mecanismo anti-crise permanente”, adiantou Merkel.

    Os dois chefes de governo falaram também sobre o pacto para a competitividade, embora Merkel tenha admitido que a concordância não é total. “Ainda vamos falar de detalhes ao jantar, mas estamos de acordo que um tal pacto de competitividade é necessário, pode ajudar-nos a tornar mais claro o compromisso de cada um dos Estados membros de que o euro é a sua moeda comum e deve ser uma moeda forte”, disse a chanceler.

    Bloco de Esquerda denuncia vassalagem

    Para o Bloco de Esquerda, o encontro Sócrates-Merkel representou apenas o reforçar da vassalagem do primeiro-ministro português à “imperatriz” alemã, sublinhando que a questão fundamental é a possibilidade de agravamento das medidas de austeridade.

    “O Bloco de Esquerda regista que quando o país vive o drama das políticas de austeridade, o senhor primeiro-ministro mantém um elevado nível de contentamento consigo próprio”, afirmou a deputada Cecília Honório, destacando que Sócrates teve mais uma vez o “aval” da “imperatriz Merkel”, para quem “a austeridade, as políticas de ataques às prestações sociais, a crise profunda que o país vive, o desprezo completo pelo drama social da pobreza e do desemprego” são “razões de contentamento”. Além disso, sublinhou Cecília Honório, a conversa mostra que “a perspectiva de baixar os juros da dívida não tem cabimento”.

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