sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Tempos a lembrar # 1



11 de Fevereiro de 2007: celebração da vitória do SIM no referendo sobre a despenalização da IVG

6 comentários:

  1. Comunicado de Imprensa da UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta

    Vemos, ouvimos e sabemos: há direitos que não voltam atrás
    Vemos que o número de complicações pós-aborto diminuiu.
    Vemos que já não existem mulheres julgadas em tribunal por terem interrompido uma gravidez que não desejavam.
    Ouvimos as vozes mais libertas das mulheres, porque deixaram de ter medo de morrer, como acontecia, quando eram obrigadas a abortar clandestinamente.
    Sabemos que a interrupção da gravidez é um direito de escolha, que pode significar melhoria da qualidade da saúde pública.
    Sabemos que a maioria dos hospitais públicos aplica a lei de 2007.
    Sabemos que houve uma alteração de mentalidades contra o obscurantismo, que durante anos esmagou a vida das mulheres e lhes retirou direitos.

    Pretende agora, a Federação Portuguesa pela Vida retomar um debate já ultrapassado pelo voto em referendo da sociedade portuguesa, agitando fantasmas, procurando adulterar dados da Direcção-Geral da Saúde, em coro com os sectores mais retrógrados da sociedade, para uma batalha perdida?!

    Sabemos que estes sectores querem copiar o que acontece noutros países em que apedrejam clínicas onde as mulheres fazem aborto. Sabemos das sucessivas esperas às mulheres à entrada da Clínica dos Arcos, em Lisboa, distribuindo bonecos com a forma de fetos, erguendo velas nos passeios de acesso, fazendo rezas, interferindo com o direito de escolha das mulheres. Chamamos a isto, terrorismo psicológico!

    Ouvimos essas vozes falar da crise, do dinheiro gasto pelo Estado com os abortos realizados ao abrigo da lei, quando sabemos que a maioria das interrupções de gravidez se faz por via medicamentosa, sem encargos de internamento, o que não acontecia quando o aborto era clandestino e as mulheres entravam nas urgências dos hospitais com graves problemas de saúde. Chamamos a isto hipocrisia!

    Sabemos que ainda há muito a fazer, mas num movimento para a frente.

    São precisas mais campanhas de informação das mulheres e das/os jovens sobre contracepção e prevenção da gravidez indesejada.
    É necessária uma maior informação sobre a lei de interrupção da gravidez, pois o prazo limitado de dez semanas pode ocasionar problemas. O alargamento do prazo terá que passar a ser uma realidade.
    Sabemos que existem serviços sobrecarregados devido à objecção de consciência.
    Sabemos que ainda existe muito estigma em relação ao aborto e que é preciso desconstruir as razões culturais que levam a tal estigma.

    A UMAR sabe que irá estar sempre ao lado das mulheres pelo direito a serem elas próprias a decidir do seu corpo, da sua sexualidade e da sua maternidade.

    Lisboa, 9 de Fevereiro de 2011

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  2. Eu votei SIM
    por Andrea Peniche


    Há quatro anos era domingo. Um dos domingos mais importantes da democracia portuguesa. Há quatro anos, o SIM à despenalização do aborto vencia nas urnas o obscurantismo. Há quatro anos, o País dava um passo de gigante, tardio, mas dava-o.

    Ontem, a Federação Portuguesa pela Vida entregou na Assembleia da República 5500 assinaturas a pedir a revisão da lei do aborto e inventou números sobre os custos da mudança legislativa.

    Há quem tenha dificuldade em perceber que a máquina de calcular deve ficar fora das contas dos direitos humanos. O voto universal, por exemplo, deve ser bem mais caro do que o voto limitado aos cidadãos maiores de 21 anos que sejam chefes de família ou que saibam ler e escrever.

    Há quem use o terror contra o exercício de direitos e há quem tenha dificuldade em perceber que há direitos que não voltam para trás. A lei pode ser melhorada e, evidentemente, que há muito caminho a trilhar. No entanto, gosto de crer que, em matéria de direitos humanos, o mundo não anda às arrecuas.

    Quatro anos depois ainda é preciso lembrar que a lei não obriga ninguém a abortar; que a única alternativa coerente a esta lei é a proibição total do aborto; que houve mulheres perseguidas, julgadas e condenadas; que as mulheres não pertencem ao reino da infantilidade e são capazes de tomar decisões ponderadas sobre as suas vidas.
    Contra o esquecimento, fica aqui o lembrete.
    Isilda Pegado

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  3. Esta Isilda Pegado não é psicopata?

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  4. Além de psicopata, acho que há alguém que lhe paga o servicinho.
    Será a Opus Dei ou aldum anjinho papudo?

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  5. Também acho que sim!! Vamos legalizar as drogas que eu quero me drogar em frente às escolas!!! Ai não isso é chato!Se calhar mais vale a minha mãe me ter abortado assim não era um fardo para a sociedade por consumir droga!! Tenham vergonha hipocitas! O aborto só se faz porque existem mulheres que não assumem responsabilidades dos seus actos!! Há contraceptivos se falharam assumam... Por falta de responsabilidade e de valores morais que este mundo está como está!!

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  6. Caro Paulo Afonso,
    Mais de quatro anos depois do referendo ainda não conseguiu digerir a vitória do SIM?
    Não se preocupe, a Isilda Pegado e o César das Neves certamente que terão um ombro disponível para o consolar. Passe bem e volte sempre.

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