"Acordai" - Fernando Lopes Graça (música), José Gomes Ferreira (letra)
Acordai
acordai
homens que dormis
a embalar a dor
dos silêncios vis
vinde no clamor
das almas viris
arrancar a flor
que dorme na raíz
Acordai
acordai
raios e tufões
que dormis no ar
e nas multidões
vinde incendiar
de astros e canções
as pedras do mar
o mundo e os corações
Acordai
acendei
de almas e de sóis
este mar sem cais
nem luz de faróis
e acordai depois
das lutas finais
os nossos heróis
que dormem nos covais
Acordai!
Outra vez a pesada herança
ResponderEliminarpor Daniel Oliveira
Em reunião do Conselho Nacional do PSD, Pedro Passos Coelho disse que há um "desvio colossal" nas contas públicas. Disse que não se queixaria da herança mas, pelo sim pelo não, um conselheiro fez passar para os jornais a queixa da "herança".
Começa assim o segundo episódio de uma novela que se repete sempre. Durão prometia em campanha não aumentar impostos, chegou ao governo, descobriu que o País estava de tanga e aumentaram-se os impostos. Sócrates prometeu em campanha que não aumentava os impostos, chegou ao governo, descobriu que o défice era maior do que se julgava e aumentou os impostos. Passos disse que não aumentava os impostos, chegou ao governo, descobriu que um "desvio colossal" e aumentou os impostos. Em todos os casos os futuros governantes deixaram claro na campanha eleitoral que não acreditavam nos números oficiais. Em todos os casos fingiram logo de seguida que tinham sido surpreendidos pelos números verdadeiros. Em todos os casos deram o dito por não dito.
A pesada herança é o clássico da política nacional. Cada mentira em campanha é justificada por uma mentira herdada. E uma mão lava outra. A coisa é de tal forma repetitiva que já ninguém liga nenhuma. Nem às promessas que se fazem, nem às promessas que não se cumprem, nem aos números que são falsos, nem ao falso espanto de saber que eles são falsos. A falta de respeito pela palavra dada passa de governo para governo. Essa sim, é a pesada herança de que não nos conseguimos livrar.
Um verdadeiro murro no estômago
ResponderEliminarIniciei uma coluna quinzenal no jornal i. A primeira termina assim:
As agências de notação estavam erradas quando exigiam austeridade aos governos das periferias da UE por terem défices e dívida pública elevados. Por isso, a Espanha e a Itália que se cuidem. Contudo, as razões agora invocadas pela Moody's para descer a notação do país são plausíveis e resumem-se em poucas palavras: a austeridade não resulta. Compreende-se a histeria do Presidente da República e dos arautos da doutrina neoliberal. Pela primeira vez, um actor do sistema financeiro internacional diz-lhes que vamos a caminho do abismo. É um verdadeiro "murro no estômago", como disse o primeiro-ministro, mas sobretudo para o bloco central dos economistas que professam uma teoria económica "da idade das trevas", para usar a sugestiva expressão de Paul Krugman.
Postado por Jorge Bateira
Movimentos de precários pedem reunião ao ministro da Segurança Social
ResponderEliminarOs movimentos de precários pediram reunião urgente ao ministro da Solidariedade e da Segurança Social para debater o processo de recuperação de dívidas à Segurança Social, que afecta dramaticamente milhares de trabalhadores a falsos recibos verdes.
Artigo | 13 Julho, 2011 - 17:56
Sessão pública realizada na passada 2ª feira no cinema São Jorge, em Lisboa Os movimentos de trabalhadores precários – Ferve, Plataforma dos Intermitentes do Espectáculo e do Audiovisual e Precários Inflexíveis – solicitaram uma reunião com carácter de urgência ao ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, para debater “o processo em curso de recuperação de dívidas junto dos trabalhadores a recibos verdes, dar conhecimento concreto e procurar soluções imediatas”.
A decisão de pedir audiência ao ministro foi tomada numa sessão pública realizada na passada segunda feira no cinema São Jorge em Lisboa, “na qual várias dezenas de pessoas partilharam testemunhos desesperados e confirmaram a necessidade de enfrentar colectivamente o problema”.
Milhares de pessoas estão a ser confrontadas com a notificação de cobrança de dívidas à segurança social. Em alguns casos, confrontam-se mesmo com a aplicação de procedimentos de cobrança coerciva (penhoras de contas bancárias e bens, nomeadamente).
Os movimentos, em carta enviada ao ministro, consideram “insustentável” que a Segurança Social esteja a proceder “cegamente”, sem ter em conta a “realidade que conduziu milhares de pessoas à condição de devedor”.
Os movimentos concordam com o objectivo de regularizar as contribuições para a Segurança Social, mas consideram que ele não “pode sacrificar direitos e ignorar a fragilidade dos contextos concretos de milhares de trabalhadores”.
Os movimentos defendem “a implementação de um procedimento simples e obrigatório que, precedendo a cobrança de dívidas, detecte as situações que correspondem a falsos recibos verdes” e, nesses casos, salientam que “a necessária recuperação das verbas em falta não pode deixar de incluir as entidades empregadoras que se furtaram, entre outras, às suas obrigações contributivas”.
Ah ! ça ira, ça ira, ça ira!
ResponderEliminarLes aristocrates à la lanterne,
Ah ! ça ira, ça ira, ça ira!
Les aristocrates, on les pendra!
Et quand on les aura tous pendus,
On leur fich'ra la pelle au cul.