É preciso fazer qualquer
coisa de extraordinário. É preciso tomar as ruas e as praças das cidades e os
nossos campos. Juntar as vozes, as mãos. Este silêncio mata-nos. O ruído do
sistema mediático dominante ecoa no silêncio, reproduz o silêncio, tece redes de
mentiras que nos adormecem e aniquilam o desejo. É preciso fazer qualquer coisa
contra a submissão e a resignação, contra o afunilamento das ideias, contra a
morte da vontade colectiva. É preciso convocar de novo as vozes, os braços e as
pernas de todas e todos os que sabem que nas ruas se decide o presente e o
futuro. É preciso vencer o medo que habilmente foi disseminado e, de uma vez por
todas, perceber que já quase nada temos a perder e que o dia chegará de já tudo
termos perdido porque nos calámos e, sós, desistimos.
O saque (empréstimo, ajuda, resgate, nomes que lhe vão dando consoante a mentira que nos querem contar) chegou e com ele a aplicação de medidas políticas devastadoras que implicam o aumento exponencial do desemprego, da precariedade, da pobreza e das desigualdades sociais, a venda da maioria dos activos do Estado, os cortes compulsivos na segurança social, na educação, na saúde (que se pretende privatizar acabando com o SNS), na cultura e em todos os serviços públicos que servem as populações, para que todo o dinheiro seja canalizado para pagar e enriquecer quem especula sobre as dívidas soberanas. Depois de mais um ano de austeridade sob intervenção externa, as nossas perspectivas, as perspectivas da maioria das pessoas que vivem em Portugal, são cada vez piores.
A austeridade que nos impõem e que nos destrói a dignidade e a vida não funciona e destrói a democracia. Quem se resigna a governar sob o memorando da troika entrega os instrumentos fundamentais para a gestão do país nas mãos dos especuladores e dos tecnocratas, aplicando um modelo económico que se baseia na lei da selva, do mais forte, desprezando os nossos interesses enquanto sociedade, as nossas condições de vida, a nossa dignidade.
Grécia, Espanha, Itália, Irlanda, Portugal, países reféns da Troika e da especulação financeira, perdem a soberania e empobrecem, assim como todos os países a quem se impõe este regime de austeridade.
Contra a inevitabilidade desta morte imposta e anunciada é preciso fazer qualquer coisa de extraordinário.
É necessário construir alternativas, passo a passo, que partam da mobilização das populações destes países e que cidadãs e cidadãos gregos, espanhóis, italianos, irlandeses, portugueses e todas as pessoas se juntem, concertando acções, lutando pelas suas vidas e unindo as suas vozes.
Se nos querem vergar e forçar a aceitar o desemprego, a precariedade e a desigualdade como modo de vida, responderemos com a força da democracia, da liberdade, da mobilização e da luta. Queremos tomar nas nossas mãos as decisões do presente para construir um futuro.
Este é um apelo de um grupo de cidadãos e cidadãs de várias áreas de intervenção e quadrantes políticos. Dirigimo-nos a todas as pessoas, colectivos, movimentos, associações, organizações não-governamentais, sindicatos, organizações políticas e partidárias que concordem com as bases deste apelo para que se juntem na rua no dia 15 de Setembro.
Dividiram-nos para nos oprimir. Juntemo-nos para nos libertarmos!
O saque (empréstimo, ajuda, resgate, nomes que lhe vão dando consoante a mentira que nos querem contar) chegou e com ele a aplicação de medidas políticas devastadoras que implicam o aumento exponencial do desemprego, da precariedade, da pobreza e das desigualdades sociais, a venda da maioria dos activos do Estado, os cortes compulsivos na segurança social, na educação, na saúde (que se pretende privatizar acabando com o SNS), na cultura e em todos os serviços públicos que servem as populações, para que todo o dinheiro seja canalizado para pagar e enriquecer quem especula sobre as dívidas soberanas. Depois de mais um ano de austeridade sob intervenção externa, as nossas perspectivas, as perspectivas da maioria das pessoas que vivem em Portugal, são cada vez piores.
A austeridade que nos impõem e que nos destrói a dignidade e a vida não funciona e destrói a democracia. Quem se resigna a governar sob o memorando da troika entrega os instrumentos fundamentais para a gestão do país nas mãos dos especuladores e dos tecnocratas, aplicando um modelo económico que se baseia na lei da selva, do mais forte, desprezando os nossos interesses enquanto sociedade, as nossas condições de vida, a nossa dignidade.
Grécia, Espanha, Itália, Irlanda, Portugal, países reféns da Troika e da especulação financeira, perdem a soberania e empobrecem, assim como todos os países a quem se impõe este regime de austeridade.
Contra a inevitabilidade desta morte imposta e anunciada é preciso fazer qualquer coisa de extraordinário.
É necessário construir alternativas, passo a passo, que partam da mobilização das populações destes países e que cidadãs e cidadãos gregos, espanhóis, italianos, irlandeses, portugueses e todas as pessoas se juntem, concertando acções, lutando pelas suas vidas e unindo as suas vozes.
Se nos querem vergar e forçar a aceitar o desemprego, a precariedade e a desigualdade como modo de vida, responderemos com a força da democracia, da liberdade, da mobilização e da luta. Queremos tomar nas nossas mãos as decisões do presente para construir um futuro.
Este é um apelo de um grupo de cidadãos e cidadãs de várias áreas de intervenção e quadrantes políticos. Dirigimo-nos a todas as pessoas, colectivos, movimentos, associações, organizações não-governamentais, sindicatos, organizações políticas e partidárias que concordem com as bases deste apelo para que se juntem na rua no dia 15 de Setembro.
Dividiram-nos para nos oprimir. Juntemo-nos para nos libertarmos!
Ana Carla Gonçalves, Ana Nicolau, António Costa Santos, António Pinho Vargas, Belandina Vaz, Bruno Neto, Chullage, Diana Póvoas, Fabíola Cardoso, Frederico Aleixo, Helena Pato, Joana Manuel, João Camargo, Luís Bernardo, Magda Alves, Magdala Gusmão, Marco Marques, Margarida Vale Gato, Mariana Avelãs, Myriam Zaluar, Nuno Ramos de Almeida, Paula Marques, Paulo Raposo, Ricardo Morte, Rita Veloso, Rui Franco, Sandra Monteiro, São José Lapa, Tiago Rodrigues.
(Nota: A lista de cidades onde ocorrerão manifestações no próximo sábado, 15 de Setembro, encontra-se em actualização e pode ser consultada AQUI)
Manifestação “Que se lixe a Troika” soma convocatórias em todo o país
ResponderEliminarNo próximo dia 15 de Setembro, o país indignado sairá à rua, estando já convocadas manifestações “Que se lixe a Troika – queremos as nossas vidas!” em várias cidades, de norte a sul do país, na Madeira e até no Brasil.
Artigo | 10 Setembro, 2012 - 19:48
No final de Agosto, um grupo de cidadãos convocou para o dia 15 de setembro uma manifestação em Lisboa, porque “é preciso fazer qualquer coisa de extraordinário” contra a “austeridade que nos impõem e que nos destrói a dignidade e a vida”. Foto de Paulete Matos. No final de Agosto, um grupo de cidadãos convocou para o dia 15 de setembro uma manifestação em Lisboa, porque “é preciso fazer qualquer coisa de extraordinário” contra a “austeridade que nos impõem e que nos destrói a dignidade e a vida”. O apelo de revolta contra a Troika, agora intensificado com as novas medidas de austeridade anunciadas sexta-feira por Passos Coelho, estendeu-se ao resto do país e também já chegou ao Brasil.
Na sexta-feira passada, no evento do Facebook que convoca a manifestação em Lisboa, 2 mil pessoas assinalavam que irão participar. Em 24h o número cresceu para 9 mil e, neste momento, são já mais de 18.200 pessoas a confirmar a presença no protesto. Já a convocatória para a manifestação no Porto conta já com mais de 8.500 confirmações.
Para além de Lisboa e Porto, estão marcadas manifestações em Braga, na Guarda, em Coimbra, Loulé, Faro, Portimão, Vila Real, Covilhã e no Funchal.
Também no Brasil, frente ao Consulado Português em Fortaleza, está convocada uma manifestação no dia 15, “para demonstrar a nossa indignação contra o que se está a passar no nosso querido Portugal!”, dizem os promotores.
Para quem não puder participar diretamente em nenhuma das manifestações também há um apelo para uma participação “em trânsito”. “Cole-se um cartaz à janela (de casa, do carro, no chapéu de sol na praia) com o slogan "Que se Lixe a Troika! Queremos as nossas Vidas", sugere quem promove este evento.
“Se nos querem vergar e forçar a aceitar o desemprego, a precariedade e a desigualdade como modo de vida, responderemos com a força da democracia, da liberdade, da mobilização e da luta. Queremos tomar nas nossas mãos as decisões do presente para construir um futuro”, lê-se no apelo subscrito por um grupo de cidadãos e cidadãs de várias áreas de intervenção e quadrantes políticos.
No blogue www.queselixeatroika15setembro.blogspot.com encontram-se todas as convocatórias e o manifesto original.
Sabes como é
ResponderEliminaro que a gente quer é mudar o mundo, não fazemos a coisa por menos, já os beatles vinham com esta cantiga e a culpa não foi da Yoko Ono. Só que nem por isso os caciques se espantam e os cidadãos se acordam a montar algo de agradável. Parte será questão de gosto e feitio. Será outra de transigir, que é do mais difícil que há quando divergem os nossos absolutos. E depois há o medo, que
facilmente se dilui nesta modernidade líquida, que requer determinação para se dissolver. E por vezes sabes lá de que parte te privas porque eles querem, e que parte outra sonhas porque ainda eles te deixam. Que tramada é esta terceira pessoa plural indicativa––até porque há quem acredite que a coisa é nossa e quem cultiva e partilha o comum deve por ele––e por si–– responsabilizar-se: um qualquer elo que não tem de ser sólido mas convém que funcione em conjunto. Isto é: inventámos a roda e a democracia, o que foi muito; agora é revolver os eixos pares, os dinâmicos êmbolos do teu trabalho, dentro e fora, aros distribuidores de luz. E depois poder também girar suficientes e livres, que é o que hoje nos retiram, porque antes nos querem eficientes e crentes no paradoxo da austeridade produtiva. Mas sabes o resgate: a tua natureza contra o abstracto que estabelecem os banqueiros, vertigem de fumo e espelhos, de mal formados fabricantes de armas e andróides. Que o consumo que te vendem só te rouba o desejo e estraga o clima, imateriais super-potentes de viagras, os vilõezinhos das troikas, que te dizem que lhes deves quando tu nunca os viste mais pobres, a empatar o que tens a fazer––ah! o amor. E há por ora esta divisão: eles ou tu. E é relativamente simples: eles são poucos, querem mandar; tu és dos tantos que queremos mudar.
Já calhava bem uma revolução.
MARGARIDA VALE GATO, tradutora, professora universitária, poeta.
Por Um País de Luz Perfeita e Clara
ResponderEliminarEstes são tempos de cinza. Estamos imersas e imersos nas cinzas dos incêndios que a troika, esse monstro de homens e gente afundada em fortunas e maldições de Midas, ateia com volúpia. Não. Eu digo-lhes não, não e não. Chega. Basta. Esta é a minha gente, este é o meu povo, estes são os meus rostos de silêncio e de paciência (e não perco tempo a explicar-lhes qu
em é Sophia, porque é nossa e de todos, e para todos a luz, para todas tudo; mas não para quem nos dispara a perdição no rosto), e é por eles que não vos deixarei nunca cantar vitória. digo-lhes. Porque estes rostos também são de bravura e dignidade, grito-lhes. Quinze, Setembro, em todas as ruas, em todos os poros da pele deste país de rochas e sonhos profundos, sibilo-lhes.
Não quero o fim de algo. Quero que tudo comece. Não sei o que é uma revolução, mas sei o que é cantar e sentir a voz espacial, degrau a degrau, porque os nossos ombros estão todos à altura da dignidade que nos faz cantar, à altura do olhar que nos faz mirar um futuro de luz perfeita e clara. Porque sim. Porque podemos. Porque sabemos. E somos todos vozes de fúria. E seremos todos vozes de vitória. Não quero que tudo acabe. Quero que tudo comece, que a realização das nossas potências não seja um sonho demente (como os poderes desejam, desvelados que estão, desnudos na sua podridão); quero que tenhamos direito ao delírio; quero coisas belas e radiantes para estes rostos esculpidos ao vento. A troika deleita-se com computadores e previsões e inevitabilidades. Nós temo-nos umas às outras. Nós agarramo-nos uns aos outros. Deixemo-los falar a língua da técnica e da estatística e dos números. Nós falamos em todas as línguas do mundo. Nós olhamo-nos em todos os olhos do mundo. A troika sabe muito. O governo sabe tudo. Nós também sabemos muito, mas levantamo-nos do chão porque sabemos, acima de tudo, sentir e pensar. Nós somos horizontes de alternativas. E, em bom português - sempre em bom português -, há mais dias que chouriços. Cá estaremos, de riso guardado, de sofrimento ao peito, mas sempre com o futuro em riste, porque a nossa perdição não vo-la daremos nunca.
Não sei onde este quinze de muitos nos pode levar. Sei para onde a troika pode ir. Sei o que quero dizer à troika. Mas prefiro juntar-me às mil vozes que o dirão. E é isto que encostará o meu ombro ao teu.
LUÍS BERNARDO
«Não» é «não»!
ResponderEliminarAndamos afónicos de tanto gritar «basta!». Os nossos governantes ignoram-nos, fingem não nos ouvir, enquanto trocam sorrisos com os amigalhaços a quem oferecem todas as regalias e privilégios.
Em Portugal e por toda a parte, em poucos meses destruíram direitos que levaram séculos a conquistar e que custaram a tantos homens e mulheres como nós, no mundo inteiro, anos de prisão, tortu
ra, por vezes a própria vida. O direito a uma vida condigna, a um salário justo, o direito a partilhar e usufruir da riqueza gerada pelo nosso trabalho, neste mundo que ajudamos a construir todos os dias, o direito à Saúde, à Educação e à Cultura.
As nossas contribuições através dos descontos para a Segurança Social e do IRS são tratadas como impostos feudais, que pagamos aos grandes senhores donos do mundo pelo atrevimento de existirmos, e não como contributos para a construção de um Estado mais justo. Desprezam e desprestigiam o sistema democrático, esquecendo – ou fingindo esquecer – que são eleitos pelo povo para o representar e para defender os seus direitos na gestão dos bens públicos em proveito de todos; em vez disso vendem o país ao desbarato.
Não! O Estado somos todos nós e os bens do Estado são nossos!
Não estamos à venda, nem aceitamos que nos roubem em nome de uma dívida que não contraímos. Insistem em atribuir nos as culpas, como quem responsabiliza a criança que gastou o troco em rebuçados pela falta de dinheiro para a renda da casa. Fazem tábua rasa das quantias exorbitantes que, ao longo de anos, sacaram ao Estado e ofereceram aos amigos nos grandes grupos financeiros, em recapitalizações, privatizações a pataco e pretensas parcerias público-privadas; nas mesas de jogo dos mercados internacionais, os comparsas especulam sem pudor, arriscando desplicentemente os destinos dos povos.
Não! Não aceitamos agiotas que jogam as nossas vidas a feijões!
Para alimentar a besta, sugam até ao tutano quem trabalha, humilham e condenam a uma dura subsistência reformados que ao fim de tantos anos de trabalho e contribuições merecem gozar a vida e beneficiar da riqueza que ajudaram a acumular, destroem o futuro das novas gerações, condenando-as a um regime de semi-escravatura depois de lhes acenarem com el-dorados de licenciaturas e profissões construtivas na sociedade.
Dividem o mundo entre poderosos na engorda, com todas as regalias e nenhumas obrigações, e sub-humanos a quem sugam as vidas, com todas as obrigações e nenhum direito.
Não! O mundo não tem donos nem elites!
No dia 15 de Setembro, é preciso gritar até que nos oiçam.
«Não» é «não»! Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas!
RITA VELOSO
Porque É Preciso Fazer Alguma Coisa de Extraordinário.
ResponderEliminarPorque nos roubam a dignidade.
Porque nos falseiam a identidade.
Porque nos desprezam o viver e nos impingem a pobreza e o desespero como medidas inevitáveis, em forma de acordos unilataerais que devemos cumprir sem questão ou protesto.
Porque questionamos.
Porque não somos bonecxs nas mãos frias da ganância, e recusamos ser solução para a imperante sede de lucro.
Porque "a crise" é só para a maioria - a minoria existe, governa e enriquece.
Porque acordar com esperança se torna mais raro a cada dia. A cada pessoa.
Porque nos querem isoladxs, distantes de todxs, ausentes de nós.
Porque nos tiram as casas, os empregos, a verdade.
Porque nos roubam as necessidades básicas para uma vida digna.
Porque acreditamos na igualdade de oportunidades para todxs, independentemente de género, raça ou classe social.
Porque a solidariedade existe em nós, e sem nós é o nada que estes tempos - dizem-nos, mentem-nos - impõem.
Porque nos querem sós.
Porque não estamos sós.
Porque há o meu grito, o teu ombro, as nossas mãos.
Porque juntxs somos força.
Porque juntxs somos mudança.
Porque é preciso fazer alguma coisa de extraordinário.
ANA NICOLAU
blogueautoresligaçõessanta aliançairmão lúcialadrõesavataresauto-retratominoria
ResponderEliminarSegunda-feira, 10 de Setembro de 2012
Os parasitas do Estado
por Sérgio Lavos
O fim-de-semana correu muito bem aos nossos bancos. Não bastavam os subsídios da troika para a recapitalização e a esmola do Governo com a descida da TSU, ainda viram o Governo recuar na sua intenção na entrega da casa para pagamento integral da dívida das famílias em dificuldades para suportar o crédito à habitação. Prova-se que a reunião que o Governo teve há duas semanas com os donos de Portugal dos principais bancos foi bastante profícua, como soi dizer-se. O spin tratou de dizer que o Vítor Gaspar pretendia pressionar a banca a conceder crédito à economia, mas agora sabe-se qual terá sido a ordem do dia. Originalidades lusas: corta-se dramaticamente nos apoios sociais mas subsidia-se o sistema financeiro. Como diria o Mário Crespo: parece-me acertado
TAMBÉM TU, ALEXANDRE ?!
ResponderEliminarhttp://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=577423
Alexandre Relvas condena experimentalismo a mando da troika- Economia - Jornal de negócios online
www.jornaldenegocios.pt
Empresário e ex-dirigente do PSD considera que o Governo errou quer nas medidas, quer na altura e na forma como
TAMBÉM TU, BACELAR GOUVEIA ?!
«Isto vai dar um grande sarilho. Acho que o Governo se vai meter num grande sarilho, porque junta à contestação que tem tido no meio laboral e económico, uma irritação que vai provocar num órgão de soberania que é um Tribunal Constitucional. Sinceramente penso que isto não vai acabar bem e lamento que o caminho esteja a ser este»
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=585403&tm=9&layout=121&visual=49
Novas medidas de austeridade podem levar governo a ser responsabilizado "civil e criminalmente" - Po
shar.es
A opinião é do constitucionalista Jorge
ATÉ VOCÊS, JUÍZES ?!
ResponderEliminarO presidente da Associação Sindical de Juízes Portugueses diz que as novas medidas de austeridade anunciadas pelo primeiro-ministro são uma "afronta" ao Tribunal Constitucional. A ver vamos o que fará Velhaco Silva.
http://sicnoticias.sapo.pt/economia/2012/09/09/associacao-de-juizes-diz-que-medidas-de-austeridade-devem-ser-alvo-de-fiscalizacao-previa-pelo-tc
Associação de Juízes diz que medidas de austeridade devem ser alvo de fiscalização prévia pelo TC
sicnoticias.sapo.pt
O presidente da Associação Sindical de Juízes Portugueses diz que as novas
ANTOLOGIA DO ESQUECIMENTO:
ResponderEliminarAS GARANTIAS DE PASSOS
por Henrique Manuel B. Fialho *
Passos Coelho achou por bem dirigir-se aos portugueses, através da sua página de Facebook, descendo ao nível dos mentirosos que juram pela saúde dos filhos:
«
Queria escrever-vos hoje, nesta página pessoal, não como Primeiro-Ministro mas como cidadão e como pai, para vos dizer apenas isto: esta história não acaba assim. Não baixaremos os braços até o trabalho estar feito, e nunca esqueceremos que os nossos filhos nos estão a ver, e que é por eles e para eles que continuaremos, hoje, amanhã e enquanto for necessário, a sacrificar tanto para recuperar um Portugal onde eles não precisarão de o fazer
».
Sei de gente como Passos Coelho, pelo menos em termos de estatuto, que gosta tanto dos filhos como eu gosto das pulgas do meu cão. Os consultórios deste país muito teriam a revelar, fosse o caso. Como é óbvio, não estou a colocar em causa o amor do primeiro-ministro relativamente aos seus herdeiros directos. O mesmo não me passou pela cabeça quando Relvas afirmou que queria chegar a casa e sentir que a sua filha estava orgulhosa do que o pai andava a fazer. Espero que a filha de Relvas ainda não tenha sufocado no próprio vómito.
O que importa sublinhar é que Coelho está a transformar este país naquilo que ele já foi antes do 25 de Abril, um país onde os filhos de Passos Coelho não terão certamente as mesmas oportunidades que os meus filhos e a maioria dos filhos dos cidadãos portugueses. A ponto de, a breve trecho, ninguém poder jurar nada pelos filhos, pois quando o assunto é a sobrevivência tudo se hipoteca.
Ora pense lá se for capaz, Sr. Passos, quem poderá planear ter filhos hoje em dia? Mas que jovens casais poderão sequer sonhar com ter filhos hoje em dia? Onde arranjarão dinheiro para os criar, alimentar, vestir, para lhes comprar os manuais escolares e os manter na escola?
Passos Coelho sugere aos jovens que emigrem ao mesmo tempo que se dirige aos portugueses enquanto pai. Isto já não é mera hipocrisia, é pura crueldade. Mais grave, é uma crueldade que não tem consciência de si própria. Eu não acredito que Passos Coelho seja sensível o suficiente para ter consciência do que anda a fazer, estou mesmo convencido de que se trata verdadeiramente de um lunático, muito mais do que cínico.
É por isso que estes episódios nunca me pareceram meros episódios, são reveladores do carácter de um homem:
- http://www.youtube.com/watch?v=yOVgudMFDaA&feature=player_embedded
- http://www.youtube.com/watch?v=yOVgudMFDaA&feature=player_embedded
- http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=xrJWGp1nOeQ
* psicólogo e presidente da Associação dos Psicólogos
QUEM DISSE ISTO EM CAMPANHA ELEITORAL ?
ResponderEliminar"Se nós temos um Orçamento e não o cumprimos, se dissemos que a despesa devia ser de 100 e ela foi de 300, aqueles que são responsáveis pelo resvalar da despesa também têm de ser civil e criminalmente responsáveis pelos seus actos e pelas suas acções". (...)
“Com certeza quem apresenta maus resultados deve pagar eleitoralmente pelos maus resultados, mas o
país não desenvolve uma cultura de responsabilidade só com o resultado eleitoral” (...)
"Não podemos permitir que todos aqueles que estão nas empresas privadas ou que estão no Estado fixem objectivos e não os cumpram. Sempre que se falham os objectivos, sempre que a execução do Orçamento derrapa, sempre que arranjamos buracos financeiros onde devíamos estar a criar excedentes de poupança, aquilo que se passa é que há mais pessoas que vão para o desemprego e a economia afunda-se." (...)
"não se pode permitir que os responsáveis pelos maus resultados "andem sempre de espinha direita, como se não fosse nada com eles". "Quem impõe tantos sacrifícios às pessoas e não cumpre, merece ou não merece ser responsabilizado civil e criminalmente pelos seus actos?"
ASSINALE :
A) Um irresponsável esquerdista
B) Um responsável político islandês
C) Um cretino sem emenda
D) Um populista demagógico e mentiroso
Telmo Vaz Pereira Ao deixar derrapar a execução orçamental, ao afundar a economia nacional e ao não cumprir os objetivos que se propôs, designadamente não atingindo a meta do défice (4,5%) com que se comprometeu, o Governo incorreu em responsabilidade criminal. Proféticas palavras! Pois se assim é, aguarda-se que o sr. Passos Coelho seja por uma vez coerente e vá entregar-se no posto da G.N.R. de Massamá, perdão, no Parque Expo, porque o pote já lhe deu o suficiente para ter um duplex de luxo onde vive agora.
Percurso / Troikistas / Tachos e buzinas
ResponderEliminarNo próximo sábado seremos muitos milhares nas ruas e praças de todo o país. Acordámos e não mais os deixaremos descansar.
Percurso | A manifestação do em Lisboa partirá da Praça José Fontana, descendo a Avenida da República e passando pela representação permanente da troika, a meio da avenida. Seguiremos pela Avenida de Berna, terminando na Praça de Espanha. Esta praça, além do seu tamanho que permitirá receber em segurança as muitas pessoas esperadas, é onde se encontra a reisdência oficial do embaixador de Espanha, país em que, no mesmo dia, milhares se juntarão também nas principais cidades para contestar as medidas de austeridade e a troika, constituindo portanto esta data um protesto ibérico contra a troika, um protesto inédito quer pelas suas dimensões quer pelas suas características, e que tudo leva a crer será um ponto de viragem na nossa História recente.
Que se lixem os troikistas | A troika, sendo o principal motor de todas as medidas de austeridade, não está sozinha e utiliza os governos como o de Passos Coelho, Vítor Gaspar e Miguel Relvas para impor a nível nacional as medidas de destruição das nossas vidas. Estabelecemos uma linha. Que se lixe a troika mas que se lixem os troikistas também. Que se lixe a troika e qualquer governo que queira governar com a troika e a austeridade. Passos e Gaspar, mais troikistas que a troika, são fantoches bem-mandados que executam as ordens vindas do FMI, BCE e Comissão Europeia. Não servem.
Tachos e buzinas | Pedimos a todas e todos os participantes que no dia 15 tragam tachos e colheres de pau para a manifestação, para realizarmos a maior caçarolada da história do país e que a nossa indignação e a nossa força ecoem bem alto nas ruas do país. A quem não possa participar na manifestação apelamos a um buzinão nacional a partir das 17h, contra a troika, contra os troikistas e pelas recuperação das nossas vidas.
Dividiram-nos para nos oprimir. Juntamo-nos para nos libertarmos. Está na hora de algo extraordinário.
QUE SE LIXE A TROIKA! QUE SE LIXEM OS TROIKISTAS!
QUEREMOS AS NOSSAS VIDAS!
15 de setembro: Manifestações em 18 cidades do país
ResponderEliminarMais de 50.000 pessoas já aderiram à convocatória no facebook das manifestações “Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas!” em 18 cidades do país no próximo sábado 15 de setembro. A indignação com as medidas anunciadas por Passos Coelho e Vítor Gaspar cresce e ganha expressão na adesão ao protesto.
ARTIGO | 12 SETEMBRO, 2012 - 15:09
Imagem do blogue queselixeatroika15setembro.blogspot.pt
Segundo o blogue queselixeatroika, estão convocadas manifestações para 18 cidades do país (ver lista e links abaixo) para o próximo sábado à tarde.
“Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas!” é o lema desta convocatória que começou por ser um protesto convocado para a cidade de Lisboa e que se transformou já num movimento nacional.
A adesão ao protesto ganhou grande expressão com a indignação provocada pelas medidas anunciadas na passada sexta feira pelo primeiro-ministro Passos de Coelho, de novas medidas de austeridade contra a maioria da população portuguesa, nomeadamente a decisão de aumentar os descontos para a segurança social de quem trabalha (num montante de um salário por ano) e de redução dos descontos por parte das empresas.
As medidas anunciadas ontem pelo ministro das Finanças, que agravam ainda mais os cortes anunciados por Passos Coelho, estão a ter resposta popular, para já no facebook, com uma onda de indignação e de apoio aos protestos convocados para o próximo sábado.
Para além das manifestações anunciadas para 18 cidades, está ainda convocado um protesto para a cidade de Fortaleza no Brasil.