No dia em que foi conhecida a atribuição do Prémio Nobel da Paz ao activista Liu Xiaobo, escrevemos que nos era incompreensível que alguma esquerda fosse conivente com os sistemáticos ataques aos direitos humanos cometidos pelo regime chinês.
Após um longo silêncio de três dias, infelizmente confirmando aquilo que havíamos escrito, o PCP resolveu emitir o seguinte comunicado:
A cegueira ideológica do PCP não é nova nem nos causa grandes surpresas.
O que nos repugna é que o PCP, nesta sua cegueira, não se iniba de caucionar um regime ditatorial que supostamente deveria criticar.
O que nos causa asco é que as violações dos direitos humanos tenham, para o Comité Central do PCP, dois pesos e duas medidas (como sempre tiveram nas últimas décadas, em função dos países/regimes em que ocorressem).
O que nos revolta é que o PCP encare a China como uma referência do socialismo, quando todos conhecemos a realidade do trabalho escravo naquele país.
O que nos entristece é que o PCP nada tenha aprendido com os seus erros históricos, insistindo nesta sua caminhada para a completa erosão.
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