Como nos maus livros policiais, onde o leitor descobre o criminoso logo nas primeiras páginas, o folhetim em torno da viabilização do Orçamento de Estado tinha um final mais do que previsível.
Depois de pseudo-avanços e recuos, falsos amuos e arrufos, encenadas dramatizações e declarações bombásticas, a palhaçada chega finalmente ao fim.
O expectável anúncio de acordo, entre o Governo e o PSD, mais não é do que o epílogo de um mau número circense, onde nem os palhaços são de boa qualidade.
Os políticos, esses bandidos...
ResponderEliminarQuinta-feira, 4 de Novembro de 2010
A classe política nunca gozou de grande popularidade junto da opinião pública. Mas é nestes momentos de crise, agravados por acordos que abafam distinções políticas, que a sua impopularidade atinge níveis deveras preocupantes. Da vizinha do 2º andar ao taxista, ao senhor do café e à senhora da frutaria, a ideia de que "são todos uns malandros e inúteis" intensifica-se fortemente.
Ontem, ao passar por um carrinho de castanhas na Baixa, ouvi um cliente a dizer ao vendedor: "E veja só aquela escumalha que temos na Assembleia da República?! Era queimá-los todos, esses filhos da p....!" Não é evidentemente representativo, mas julgo que vivemos daqueles momentos em que se sente os pilares da democracia a estremecerem...
(Imagem: Vote 08)
Read more... Publicada por João Ricardo Vasconcelos em 4.11.10 , 2 comentários