Stachka - A Greve (1925)
Título: Stachka - A Greve (1925)
Realização: Sergei Eisenstein
Argumento: Grigori Aleksandrov, Sergei Eisenstein, Ilya Kravchunovsky, Valeryan Pletnyov
Intérpretes: M. Shtraukh, G. Alexandrov, M. Gomorov, I. Ivanov, I. Klyukin, A. Antonov...
Duração: 82 minutos
À luta!
ResponderEliminarOu lutamos agora ou entramos pelo cano!
ELES, “OS MERCADOS E A BANCA” , CONTINUARÃO A ROUBAR-NOS…
A pátria deles é o lucro; desconfia sempre que ouvires falar em interesse nacional.
Eles não têm pátria..
Força!
Os amigos do governo mobilizam(se) contra a greve geral
ResponderEliminarA greve geral de dia 24 separa as águas. Com a greve estão os que dizem não a este orçamento, contra a greve estão todos aqueles para quem este orçamento é um verdadeiro brinde.
opiniao | 21 Novembro, 2010 - 16:51 | Por João Semedo
A greve geral de dia 24 separa as águas. Com a greve estão os que dizem não a este orçamento, contra a greve estão todos aqueles para quem este orçamento é um verdadeiro brinde.
Com a greve estão todos os que recusam a austeridade para quem vive do seu trabalho ou dele viveu, a recessão económica, o desemprego e os cortes nos apoios sociais e serviços públicos. Contra a greve batalham os que beneficiam da exploração do trabalho, das desigualdades sociais, os que vivem da especulação financeira e dos negócios realizados à custa e à sombra do estado.
Do lado da greve estão os que defendem a justa remuneração do trabalho, os direitos dos trabalhadores, a coesão e o estado social. Contra a greve levantam-se os que querem esmagar os salários, impor a precariedade e o trabalho sem direitos, privatizar empresas e serviços públicos.
Os campos estão bem definidos. Contra a greve levantam-se os amigos do governo e deste orçamento: banqueiros e patrões fazem coro com os ministros do PS, perorando contra a greve e, à medida que se aproxima o dia 24, pressionando e ameaçando os trabalhadores.
As habituais trompetes de serviço afinam e sintonizam títulos, editoriais e comentários pela onda do governo. Neste particular, o JN tem direito a medalha e prémio do melhor oficioso.
Tudo amigos do governo e do orçamento. O que não pode deixar de incluir os dirigentes e barões do PSD que, depois de muita conversa e zig-zag para “inglês ver”, apoiam o orçamento do PS que, de facto, não lhes merece qualquer reserva de fundo. Pelo contrário, este é também o seu orçamento.
O PSD está com o orçamento e contra greve geral. Que melhor motivação, que melhor inspiração que não o combate à greve geral, podia ter tido Rui Rio para mais uma das suas investidas fascizantes, desta vez, mandando os serviços municipais arrancar o painel da greve geral que cobria a fachada de um sindicato no Porto?
Esta atitude de Rui Rio – nada surpreendente face ao seu longo historial de abuso e prepotência contra direitos e liberdades, traduz bem a fraqueza e o medo com que os amigos do governo olham para a greve geral.
E nesse ponto têm razão: no dia 24 os trabalhadores, no Porto e por todo o país, vão responder à violência social do governo e da direita com a intensidade e a força da sua mobilização e da sua luta por um país mais solidário, mais desenvolvido, mais igual, mais decente e mais democrático.
No dia 24, os trabalhadores vão mostrar a todo o país que são a força da mudança e da alternativa, a força com que o país pode contar para sair da crise.
Bruto da Costa: Pobreza é uma violação dos direitos humanos
ResponderEliminarEx-Presidente do Conselho Económico e Social defende que a pobreza é uma violação dos direitos humanos e que os cidadãos devem ter a possibilidade de recorrer à justiça para reclamar os seus direitos.
Artigo | 27 Outubro, 2010 - 00:25
Em 2008, a Assembleia da República aprovou, por unanimidade, projecto de resolução que recomendava ao governo declarar solenemente que a pobreza conduz à violação dos Direitos Humanos. O presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz e Ex-Presidente do Conselho Económico e Social, Alfredo Bruto da Costa afirmou, durante a apresentação do seu livro “O Direito Internacional da Pobreza – Um discurso emergente”, que “antes do mais, o problema da pobreza é um problema político”.
O sociólogo aproveitou a ocasião para defender que a pobreza deve ser entendida como uma violação dos direitos humanos, para que os cidadãos possam reclamar o exercício dos seus direitos junto dos tribunais.
AR aprova projecto de resolução por unanimidade
Em Julho de 2008, a Assembleia da República aprovou, por unanimidade, um projecto de resolução que recomendava ao governo declarar solenemente que a pobreza conduz à violação dos Direitos Humanos.
Neste documento, subscrito por deputados de todas as bancadas parlamentares, era ainda recomendada a definição de um limiar de pobreza em função do nível de rendimento nacional e das condições de vida padrão na nossa sociedade, que sirva de referência obrigatória à definição e à avaliação regular das políticas públicas de erradicação da pobreza.
Embora o projecto de resolução tenha sido aprovado há mais de três anos, e tenha merecido a concordância de todos os grupos partidários, ainda não foram tomadas, até à data, e em detrimento de um efectivo combate à pobreza, medidas que ponham pôr em prática as recomendações previstas.
ONG’s e académicos alertam: corte no abono de família aumenta pobreza infantil
ResponderEliminarVárias organizações e académicos vêm alertar para as consequências profundas dos cortes do abono de família no que diz respeito ao aumento da pobreza infantil.
Artigo | 31 Outubro, 2010 - 15:29
Segundo o INE, a taxa de risco de pobreza para os indivíduos com menos de 18 anos é das mais elevadas, registando um valor de 22,9%,o mesmo acontece com os agregados com crianças dependentes, que registam uma taxa de 20,6%. Esta realidade não impediu o governo de cortar no abono de família.
Amélia Bastos, economista do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) que se tem dedicado à investigação da pobreza infantil em Portugal, alerta: "O impacto das prestações sociais ao nível da pobreza infantil é dos menos eficazes. Ora a retirada dos apoios vai agravar ainda mais essa baixa eficácia". A investigadora adianta ainda que as consequências vão além da questão monetária, podendo traduzir-se no aumento do abandono escolar e impedir a quebra do ciclo da pobreza.
José Pereirinha, economista e investigador do Centro de Investigação Sobre Economia Portuguesa no ISEG, também considera que este é um "sinal contraproducente” sem qualquer justificação, que não razões puramente economicistas.
A Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN) critica a contradição entre o discurso no sentido de incentivar a natalidade e a redução dos apoios dados às famílias. Ana Cid Gonçalves, secretária-geral da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas, garante que para "muitas famílias o abono de família é essencial para chegar ao final do mês com alimentos em cima da mesa".
Também a Associação Portuguesa de Deficientes (APD) já veio criticar o Governo por ter feito "um corte cego" no montante dos abonos de família, sem considerar o número de filhos ou se algum deles tem uma deficiência.
A partir de Novembro é eliminado o aumento extraordinário de 25% do abono de família nos 1.º e 2.º escalões, com rendimentos individuais mensais não superiores ao valor do Indexante dos Apoios Sociais, equivalente a 419,22€, e apenas passarão a ter direito ao abono de família os agregados familiares com um rendimento anual máximo de 8.803,62€. Para uma família constituída por dois adultos e uma criança ter acesso ao abono, cada adulto não poderá auferir mais do que 628,83€ brutos mensais, antes era de 2096,10€ brutos mensais.
1/5 dos que recebem apoio social não têm o que comer.
ResponderEliminarExistem quase cinco mil pessoas na fila de espera e a maioria esmagadora das 200 mil que recorrem ao Banco Alimentar são mulheres. Metade dos que procuram comida ganha menos de 250 euros.
Artigo | 22 Novembro, 2010 - 12:10
Mais de um quinto das pessoas que procuram instituições de solidariedade sente falta de alimentos pelo menos uma vez por semana, segundo um inquérito realizado pela Universidade Católica, em parceria com o Banco Alimentar e a Associação Entreajuda.
Do universo de 4691 utentes de mais de 500 instituições que responderam aos questionários, 27 por cento mencionaram estar um dia inteiro sem comer algumas vezes por semana ou pelo menos uma vez.
“Vinte por cento diz não ter comida até ao final do mês, 32 por cento diz que tal acontece às vezes e 49 por cento diz ter sempre comida até ao fim do mês”, refere ainda o estudo divulgado este domingo.
Sessenta e seis mil famílias recorrem à rede do Banco Alimentar Contra a Fome (BACF) o que corresponde a mais de 200 mil pessoas, segundo a análise da Universidade Católica. Na amostra recolhida para o estudo há 75 por cento de mulheres, o que “pode dever-se ao facto de serem elas que, dentro do agregado familiar, mais se dirigirem às instituições a pedir ajuda”.
No que respeita ao apoio em medicamentos, pode concluir-se que actualmente são 6600 as famílias ajudadas, num total de quase 16 mil pessoas. Estima-se ainda que as instituições que pertencem à rede do BACF dão igualmente apoio monetário a 5700 famílias e 11 968 pessoas.
Numa análise mais detalhada por faixa etária, o questionário mostra que são pelo menos 74 mil as crianças que recebem apoio alimentar da rede do BACF, número que o próprio estudo admite estar aquém da realidade.
Nos últimos três anos, mais de 70 por cento das instituições de solidariedade social registaram mais pedidos de apoio para alimentação, situação atribuída sobretudo pelo aumento do desemprego. É a vulnerabilidade económica decorrente quer do aumento do desemprego, quer das baixas reformas, que, a par de rupturas familiares, estão na base do aumento da procura alimentar”, conclui a análise.
O inquérito do Centro de Estudos e Sondagens da Católica foi respondido por 1500 organizações de solidariedade que integram a rede do Banco Alimentar, num universo de mais de 3200 instituições.
A pobreza que vem com a sobrevivência e não com o luxo
Segundo o estudo, cerca de um terço dos inquiridos contraiu empréstimos, a esmagadora maioria para a compra de casa, mas só menos de metade dizem pagar sempre as mensalidades.
Além da compra de casa (53 por cento), o carro (19 por cento) e os electrodomésticos (16 por cento) são os bens que mais frequentemente são comprados a crédito. Apenas seis por cento diz ter recorrido a crédito para adquirir um televisor, verificando-se a mesma percentagem para consolas de jogos.
Da análise resulta ainda que quatro em cada dez pessoas só compram os medicamentos quando têm dinheiro ou optam pelos mais baratos, não conseguindo adquirir sempre os remédios que são receitados pelo médico.
Numa auto-avaliação à sua situação económica, 72 por cento dos inquiridos sentem-se pobres, com uma larga maioria a atribuir a culpa da sua situação à própria sociedade (situações de desemprego ou rendimentos baixos).