Depois de nos venderem um discurso hegemónico de que as medidas resultantes do PEC são inevitáveis, como se não existissem outras alternativas e propostas, tornou-se hoje claro que a flexibilização das leis laborais serão a próxima "inevitabilidade" para nos fazer sair da crise.
As declarações do comissário europeu Olli Rehn, que pediu a Portugal e Espanha novas reformas na Segurança Social e no mercado de trabalho, aliadas à receptividade do PS às intenções expressas pelo PSD, ao silêncio conivente do PP e ao rejubilar ruidoso das associações patronais, fazem-nos desde já antever quais as "medidas inevitáveis" que iremos enfrentar num futuro próximo.
Sabemos exactamente o que pretendem. Sabemos exactamente o que querem dizer quando repetem até à exaustão que já não existem empregos para a vida. Sabemos exactamente o que entendem por flexibilização do mercado de trabalho...
Sabemos exactamente que esta nova inevitabilidade, no fundo, apenas nos conduzirá a salários mais baixos, a vínculos contratuais ainda mais precários e a despedimentos em versão simplex.
Já percebemos exactamente o que pretendem fazer a seguir...
O PSD e o PS querem condições e (des)regras de trabalho iguais às da Índia, da Indonésia e da China...
ResponderEliminarÉ o que os portugueses querem?!
Eu não!