Em pleno estio e enquanto a maioria da população anda mais ou menos distraída, o Conselho de Ministros deu ontem o tiro de partida para o plano de privatizações previsto no PEC.
De uma só penada, o governo dá a conhecer o modelo de reprivatização do BPN e também, como se de uma nota de rodapé se tratasse, anuncia as novas fases de privatização da Galp e da EDP.
Em relação ao BPN, tal como prevíamos, a equação é simples: o governo encaixa cerca de 180 milhões de euros através da venda da rede de balcões e todos nós pagamos os 4000 milhões de euros desembolsados pelo Estado, através da Caixa Geral de Depósitos, no processo de "viabilização" do banco.
Em síntese, a factura correspondente à nacionalização dos prejuízos de BPN, resultantes das fraudes financeiras e da gestão danosa cometida pelos responsáveis do banco, será paga por todos os contribuintes.
Esta é apenas mais uma das "inevitabilidades" contidas no PEC...
O anúncio das novas fases de privatização da Galp e da EDP, também elas previstas no pacto aprovado pelo PS e pelo PSD, mais não são do que o avesso da privatização do BPN.
Aqui privatizam-se os lucros, descapitaliza-se o Estado e entregam-se interesses estratégicos às mãos dos privados.
Esta é apenas outra das "inevitabilidades" contidas no PEC...
Nós, como já aqui dissemos, estamos a ficar demasiado fartos de inevitabilidades...
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