"Não existem alternativas", "os partidos de esquerda são apenas forças de protesto e demitem-se de apresentar propostas", "a austeridade é a única saída para a crise", "necessitamos de um amplo consenso e de um governo de salvação nacional formado pelo PS-PSD-CDS", "vivemos acima das nossas possibilidades", "o Estado Social é demasiado generoso"...
Chavões e mais chavões veículados diariamente por uma comunicação social acrítica e acéfala, dominada pelo discurso austeritário dos opinion makers do costume.
E se, por uma vez, começássemos a discutir seriamente algumas das propostas avançadas, em entrevista à RTP, por Francisco Louçã?
E se, por uma vez, começássemos a discutir seriamente a questão da auditoria e renegociação da dívida?
E se, por uma vez, começássemos a discutir seriamente a questão da criação de um fundo de resgate?
A quem não interessa a discussão destas propostas concretas?
Não interessa certamente aos banqueiros e ao patronato.
Não interessa certamente a Cavaco Silva, a José Sócrates, a Passos Coelho e a Paulo Portas.
Não interessa certamente a António Carrapatoso e à matilha ultra-liberal reunida em torno do fórum "Mais Sociedade".
Ao contrário do que nos querem fazer crer, as inevitabilidades não existem.
Compete-nos a nós colocar em causa este discurso dominante de sentido único, apresentando propostas e forçando a discussão em torno de efectivas alternativas políticas e económicas.
E se insistirem em não nos ouvir, as ruas estarão aí à nossa espera...
Hoje é um bom dia para começar esta luta.
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