"Não se trata só de não contrair dívidas, em países como a Grécia, Espanha e Portugal, as pessoas não devem poder ir para a reforma mais cedo do que na Alemanha."
"Todos temos de fazer um esforço, isso é importante, não podemos ter a mesmo moeda, e uns terem muitas férias e outros poucas."
As frases acima transcritas, proferidas ontem por Angela Merkel, revelam toda uma agenda ideológica xenófona e nacionalista que conduzirá a União Europeia para o abismo
O projecto de "desconstrução europeia", protagonizado por Merkel e por toda a direita europeia (incluindo a portuguesa), mais não é do que um ataque concertado e sistemático aos direitos dos trabalhadores e ao Estado Social.
A chanceler alemã exige que se punam os "infractores", preferencialmente de forma exemplar. Os restantes líderes europeus secundam, a banca e o patronato aplaudem.
Como não poderia deixar de ser, António Saraiva, presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), apressou-se a considerar que é "natural" que Angela Merkel profira estas afirmações. Há que reduzir o período de férias para diminuir o custo unitário do trabalho e aumentar a competitividade, acrescenta o presidente da CIP...
Este é o momento de enfrentarmos Merkel, António Saraiva e todos os protagonistas europeus que nos têm imposto esta via de sentido único que nos conduziu até aqui.
Sigamos-lhes o exemplo.
(imagem retirada de oblogouavida)
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