A luta, amanhã, não tem geração nem idade.
A luta, amanhã, é de todos nós!
E tu, vens connosco para a rua?
Braga – Avenida Central, junto ao chafariz
Castelo Branco – Alameda da Liberdade (Passeio Verde)
Coimbra – Praça da República
Faro – Largo S. Francisco
Funchal - Praça do Município
Funchal - Praça do Município
Guimarães – Largo da Oliveira
Leiria – Fonte Luminosa
Lisboa – Avenida da Liberdade > Praça Luís de Camões
Ponta Delgada – Portas da Cidade
Porto – Praça da Batalha > Praça D. João I
Viseu – Rossio, em frente à Câmara Municipal
A luta, amanhã, é de todos nós!
ResponderEliminarA luta, amanhã, é tua.
A luta, amanhã, é dos teus irmãos.
A luta, amanhã, é dos teus filhos.
A luta, amanhã, é dos teus pais.
A luta, amanhã, é dos teus avós.
A luta, amanhã, é de todos nós!
A luta, amanhã, é dos desempregados.
A luta, amanhã, é dos precários.
A luta, amanhã, é dos bolseiros e dos estagiários.
A luta, amanhã, é dos que têm emprego e cada vez menos direitos.
A luta, amanhã, é dos que ainda têm emprego mas cada vez menos salário.
A luta, amanhã, é dos reformados que vivem com pensões de misérias.
A luta, amanhã, é de todos nós!
A luta, amanhã, é por ti.
A luta, amanhã, é por eles.
A luta, amanhã, é por todos nós!
A luta, amanhã, faz-se na rua.
A luta, amanhã, não tem geração nem idade.
A luta, amanhã, é de todos nós!
A rua, amanhã, é dos que resistem.
A rua, amanhã, é dos que não se conformam.
A rua, amanhã, é dos que exigem mudança.
A rua, amanhã, é dos que se revoltam.
A rua, amanhã, é dos que dizem chega!
A rua, amanhã, é dos que dizem basta!
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A luta, amanhã, é tua, dos teus irmãos, dos teus filhos, dos teus netos, dos teus pais, dos teus avós.
A luta, amanhã, é de todos nós!
A luta, amanhã, é dos desempregados, dos precários, dos bolseiros, dos estagiários.
A luta, amanhã, é dos trabalhadores que têm cada vez menos direitos e menos salário.
A luta, amanhã, é dos reformados que vivem com pensões de misérias.
A luta, amanhã, é de todos nós!
A luta, amanhã, é por ti.
A luta, amanhã, é por eles.
A luta, amanhã, é por todos nós!
A luta, amanhã, faz-se na rua.
A luta, amanhã, não tem geração nem idade.
A luta, amanhã, é de todos nós!
A rua, amanhã, é dos que resistem.
A rua, amanhã, é dos que não se conformam.
A rua, amanhã, é dos que exigem mudança.
A rua, amanhã, é dos que se revoltam.
A rua, amanhã, é dos que dizem chega!
A rua, amanhã, é dos que dizem basta!
E tu, vens connosco para a rua?
Até já
ResponderEliminarpor Miguel Cardina
"Se eu fosse os mercados / assobiava para os lados
como sou explorado / não fico calado"
Espera-se que a manifestação de mais logo possa mostrar uma vitalidade da rua como há muito tempo não se via em Portugal. Os números poderão não ser inéditos. Houve nos últimos anos várias manifestações com larguíssimos milhares de pessoas. E não é preciso retroceder ao milhão em Lisboa no 1.º de Maio de 1974; basta olhar para a grande adesão alcançada na última greve geral. Porém, já se percebeu que esta manifestação traz algo de novo. Desta vez não são só os cidadãos mais ou menos activos politicamente que irão ocupar as ruas. Há uma fímbria de desconfiança acumulada que ameaça romper-se. Gente tradicionalmente desmotivada, sem vínculo político, com poucas experiências anteriores de protesto cívico decidiu agora vir para a rua. Gente que o faz porque sente na pele a injustiça de um modelo de sociedade que aposta na precariedade, com todos os reflexos que isso tem na vida de cada um e de cada uma. Gente que entendeu que o país, o governo e as elites que temos deixa muito a desejar e resolveu sair da modorra. Ainda bem que assim é: o rancor e o cinismo nunca mudaram as coisas. Mais: é precisamente quando o queixume azedo se vê ultrapassado pela capacidade de exigir a mudança, de imaginar o novo, de reconfigurar o possível que a política reaparece. Amanhã a política estará na rua, como já não estava há muito tempo. Os socratistas de serviço e os adeptos do medo não gostam. À falta de argumentos, uns e outros ensaiam a mil vezes desmentida tese de que esta manifestação é pela "demissão de toda a classe política". Também não será pela demissão de toda a política de classe, é verdade. Mas clamar contra a precariedade, denunciar a exploração nas relações laborais e perceber que os sonhos e a vida de cada um não são independentes dos sonhos e da vida dos outros está bem mais perto da luta por justiça social do que dos fantasmas totalitários agitados pelos nossos quixotes de pacotilha. É hora, como diz o camarada Aníbal, de provocar um sobressalto cívico. Vamos?