terça-feira, 28 de agosto de 2012

Protesto contra encerramento da RTP 2 e concessão da RTP 1 a privados (domingo, 02 de Setembro, 15:00h)

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Domingo, 02 de Setembro de 2012, 15:00 h

15h - ROSSIO
17h - VIAGEM ATÉ À RTP (metro, carro, etc.)



Um grupo de cidadãos convoca protesto de apoio à RTP.
Durante décadas a RTP foi o pilar da informação televisiva em Portugal. Hoje, o governo quer acabar com a cultura e entregar aos privados o que é do povo. Não deixaremos!

Este governo não tem ponta por onde se lhe pegue. Não se admite em plena crise economia que Cavaco Silva seja dos maiores despesistas como Presidentes da República (
http://www.vidaeconomica.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ve.stories%2F81307). Não se admite que Miguel Relvas tenha a RTP como tutela (http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=574855) quando muito possivelmente qualquer jornalista licenciado o fez de forma mais transparente que a licenciatura deste Ministro.
Da mesma forma, não se admite após a notícia de 24 de Agosto de que a RTP está a gerar lucro (
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=581671&tm=9&layout=122&visual=61) o Governo ainda queira entregar um lucro a privados.
No último ano, este governo e as suas más práticas de austeridade tem vindo a ser fortemente criticadas por grupos e plataformas de cidadãos que estão verdadeiramente indignados com o rumo da má despesa pública e da má gestão do estado sobre os poucos recursos que ainda não são de privados. Esta é mais um caso, onde vários grupos de cidadãos e pessoas individuais se unem transversalmente para mostrar que este governo não está a zelar pela nossa soberania mas sim a cavar a sepultura onde os nossos filhos e netos irão deitar sem poder de escolha.
Cada um de nós, enquanto contribuinte, paga este serviço público desde a sua existência.
Somos contra a eliminação de um canal cultural com informação que não passa em mais local algum, se não, em parte, nas redes de canais por cabo que estão cada vez mais caras, o que contrasta com cada vez menos poder de compra dos Portugueses.
Somos contra a entrega do primeiro canal de televisão em Portugal a privados para acontecer o mesmo que aconteceu com tantas outras privatizações e “entregas” desastrosas da nossa cultura e dos nossos edifícios a quem não tem por obrigação os preservar mas sim a obtenção de lucro.
Assim, organizamos um protesto que começa no Rossio às 15h e continua depois das 17h na sede da RTP, sita na Avenida Marechal Gomes da Costa, 37.
No próximo dia 2 de Setembro pelas 15h o povo sai à rua
para protestar e unir Portugal numa tentativa de travar, mais uma vez, a remoção abrupta de erário público sem consulta popular e estudos disponibilizados ao público, numa clara atitude de falta de transparência e honestidade vinda de um governo com iguais valores repudiáveis.  

 Os subscritores (em actualização permanente):
Tugaleaks
Anonymous Legion Portugal
 
  

2 comentários:

  1. RTP – Comissão de Trabalhadores (Comunicado)
    COMUNICADO Nº. 28/12:
    É SEMPRE POSSÍVEL UM CENÁRIO PIOR
    Quem pensasse que este governo já não seria capaz de inventar mais infâmias, estava redondamente enganado. A fantasia delinquente do executivo Coelho-Gaspar-Portas é inesgotável. Prova-o a notícia vinda a público através da TVI, segundo a qual o Governo projeta extinguir uma das duas licenças de televisão da RTP e concessionar a outra, durante 20 anos, a uma entidade privada (será por acaso a participada da NewsHold, cuja criação se anunciou ontem, em timing tão conveniente que parece propositado?). Mais se afirma que o canal concessionado conservará 1.500 trabalhadores - ou dito de outra forma, despedirá, para começar, “apenas” uns 800. E o silêncio sobre a rádio não augura nada de bom.

    Pode o Governo descer tão baixo? Pode o futuro ser tão apocalíptico como o pinta o noticiário da TVI - e como o “Sol” na sua edição de sexta-feira irá pintá-lo também? Não se tratará de puro alarmismo?

    Esta Comissão de Trabalhadores também não acredita cegamente nos noticiários da TVI nem nos artigos do “Sol”. Mas acredita que as coisas têm a sua lógica. Quando o Conselho de Administração da RTP aceita os cortes salariais para mais de 2.000 pessoas e pede uma exceção para si próprio, tem lógica admitir que, na hora de naufragar o Titanic, esse CA só se preocupe em garantir um bote salva-vidas com três lugares. Quando o ministro Relvas, desacreditado no “secretasgate”, já não tem cara para defender um processo de privatização todo ele apontado para o favorecimento dos seus amigos da Newshold, tem lógica que ele mande apresentar esse processo por António Borges, que tem cara para tudo, e por sinal de pau. O ministro esconde-se cobardemente atrás de um testa-de-ferro de grandes grupos negocistas, desprovido de qualquer legitimidade democrática, e recordista, pelo contrário, de promiscuidades que só a sua cara de pau pode sustentar.

    Quando o Governo mantem uma fixação obsessiva em privatizar a RTP, com total indiferença face ao futuro do serviço público e dos seus trabalhadores, tem lógica admitir que esse Governo apenas se tenha preocupado em neutralizar o desagrado de Balsemão e Pais do Amaral, garantindo-lhes que o canal concessionado não possa competir no mercado publicitário. Se a notícia da TVI e do “Sol” não for verdadeira nesse ponto, será forçoso admitir que o Governo tudo fez para dar-lhe pelo menos todo o ar de coisa lógica e expectável.

    Voltemos então ao princípio: não será o cenário destas notícias, apesar de tudo, demasiado negro? Serão elas notícias fiáveis e verdadeiras? Não pomos as mãos no fogo por isso. E não pomos as mãos no fogo, porque tudo pode ser ainda pior: o canal que se pretende concessionar, mesmo com taxa audiovisual, perderá as duas outras fontes principais de financiamento e terá desde a origem o desenho de um canal residual - mero tapa-rabos para o incumprimento da Constituição no que diz respeito ao SPT [Serviço Público de Televisão]. E, num canal residual, não ficarão 2.300 trabalhadores nem 1.500. Todos esses números só podem ser cortinas de fumo lançadas por um governo que, segundo toda a lógica, estará a preparar-se para fazer uma razia como aquela anunciada ontem na televisão valenciana: quase 1.300 despedimentos num total de 1.800 trabalhadores.

    O naufrágio do Titanic não pode ser impedido com meias-tintas, nem pode ser delegado a organizações representativas - sejam elas os sindicatos ou esta CT. Nada se resolverá se não despertarmos, todos, desta letargia, enquanto é tempo. A CT declara-se disponível para reunir nos próximos dias com todos os colegas que queiram fazê-lo e convoca desde já um plenário para quarta-feira, dia 28, pelas 14 horas em local a confirmar.
    comissao.trabalhadores@rtp.pt
    POSTED BY JOANA LOPES

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  2. RTP: “Trabalhadores não são o capacho destes negócios”
    Plenário de 600 trabalhadores decide fazer um comité de luta aberto para realizar ações contra o desmantelamento da RTP. Comissão de Trabalhadores destaca a grande participação e diz que estação pública “não pode ser destruída como uma cena de supermercado.”
    Artigo | 29 Agosto, 2012 - 19:25

    Trabalhadores desceram a rampa para falar com a comunicação social. Foto de Comissão de Trabalhadores Mais de 600 trabalhadores participaram do plenário realizado esta tarde nas instalações da RTP, e que foi considerado “um sucesso” por Camilo Azevedo, da Comissão de Trabalhadores, ouvido pelo Esquerda.net. Os trabalhadores decidiram constituir um comité de luta aberto a todos os voluntários que participarão de ações contra o desmantelamento da empresa. No final da reunião, e como a Administração da empresa não permitiu a entrada da comunicação social, “centenas de trabalhadores desceram a rampa e deram entrevistas aos jornalistas na cancela da entrada”, relatou Camilo Azevedo. O realizador reafirmou que “os trabalhadores não são o capacho destes negócios que estão por detrás do desmantelamento da RTP”, insistindo que a estação pública “faz parte do património e da memória dos portugueses e não pode ser destruída como uma cena de supermercado.” A Comissão de Trabalhadores destacou a grande participação dos trabalhadores, e os apoios que tem recebido.

    Camilo Azevedo disse ainda que os trabalhadores da RTP sabem que “a sociedade portuguesa está connosco”, o que provocou “esta fuga do ministro Miguel Relvas para Timor, a pretexto de uma suposta visita de Estado”.

    “Concessão compromete a existência das outras televisões"

    Na primeira parte do plenário, falaram Coelho da Silva, presidente do conselho de opinião da RTP, António Pedro Vasconcelos, realizador e autor do manifesto contra a privatização da RTP, João Lourenço, encenador e vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Autores, Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP, e João Proença, secretário-geral da UGT.

    Todos se opuseram ao modelo da concessão do serviço público a um privado, anunciada recentemente pelo conselheiro do governo para as privatizações, António Borges.

    Para o secretário-geral da UGT, João Proença, o modelo de concessão "compromete a existência das outras televisões", já que promove "uma situação de privilégio à nova televisão e põe em causa o serviço público", questionando “se isto é um puro balão de ensaio para levar à prática privatizar um canal e manter um público".

    Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP, por seu lado, disse que a sua central não concorda e tudo fará “para combater qualquer tipo de privatização de empresas estratégias, quer nos transportes, quer na Energia ou na Comunicação Social". Para ele, os trabalhadores presentes no encontro, são a "prova evidente de determinação, mas também de grande espírito cívico na defesa de uma empresa que é publica e que quer continuar a melhorar o serviço público, o que é indissociável do desenvolvimento da democracia em Portugal".

    Arménio Carlos disse ainda que "esta proposta do governo foi um tiro que saiu pela culatra. A ideia de António Borges mandatado pelo governo era criar uma ideia favorável à privatização e a este negócio de amigos, mas isso não está a acontecer".

    Em Londres, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, garantiu que o governo vai estudar "sem tabus" tudo o que se relaciona com "o processo de alienação" da RTP . “Tudo será estudado de forma a habilitar o governo a uma decisão bem informada", disse.

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